★𝓣𝓱𝓮 𝓤𝓷𝓲𝓿𝓮𝓻𝓼𝓮 𝓐𝓫𝓸𝓾𝓽 𝓤𝓼★ Agathario × Wanda.

Impressions.

Boa leitura★

___________________________________________

Wanda pov

Natasha acabou por dormir aqui em casa, eu me sinto sozinha, por mais que Visão não seja má pessoa, ele ainda assim é um homem.

— Você ronca demais, ruiva. - Nath resmunga acordando.

— Só se for nos seus sonhos! Eu durmo feito um neném.

— Que horas são? Hoje a Vidal vai dar palestra.

— Nem me fale dessa mulher. - Wanda pega o celular que já marcava onze horas da matina. Puta que pariu! - Levanta rapidamente.

{...}

Chegamos a tempo, porém por um fio de não nos deixarem entrar, culpa de Natasha!

— Se aquele moço não nos deixasse entrar, eu ia fazer picadinho dele. - Nath fala em um sussurro, pelo fato da palestra estar prestes a começar.

— Vê se você se comporta. - Sussurro de volta.

— Olá, pessoas! Para os que não tem aula comigo, oi, meu nome é Rio Vidal e eu dou aula de Teologia da Sexualidade para, obviamente, o curso de teologia. - Vidal está atrás de um púlpito, seu terno preto bem alinhado dá à ela um ar de superioridade, o olhar dela carregava pura luxúria. - Hoje, a nossa palestra irá girar em torno da apresentação da nossa nova diretora e o porquê ela decidiu escolher nossa escola para cuidar, como bem fazia o nosso antigo diretor Nick Fury, que infelizmente morreu de causas desconhecidas. - O falso tom de tristeza era quase imperceptível. - Agora sem mais delongas, a nova diretora, Agatha Harkness.

Após a fala, todos aplaudem, durante todo discurso os olhos de Vidal queimavam sobre minha pele, olhos famintos. Eu preferia acreditar que era coisa da minha cabeça e seguir minha vida.

Agatha vai até o púlpito, seus cabelos estão soltos, ela exala elegância, o terno bem alinhado transforma toda sua energia em algo mais chamativo, ela está incrivelmente gostos… digo, bem vestida.

— Obrigada, Vidal. Bom, meu nome é Agatha Harkness, eu venho de Washington, eu tenho um filho pequeno, Nicholas Harkness. Logo ele estará trilhando o próprio caminho acadêmico como vocês estão fazendo, sei que a jornada é complicada mas não podemos desistir na metade… - Agatha fala com sua voz firme.

Metade do discurso da mais velha foi descartado pela minha mente que só se concentrava na maneira que as mãos dela pareciam macias, as veias ressaltadas davam à ela um lado mais… sexy.

Ao final só discurso de Harkness, Rio volta ao microfone.

— E para finalizar, quero que uma aluna venha aqui em cima para falar para a diretora e para os calouros como funcionam nossas aulas aqui. Pode subir Wanda Maximoff. - Rio diz, me encarando, o olhar da diretora paira sobre mim, e logo todos estavam me encarando.

Sem escapatória, decido ir, subindo ao palco Rio me dá o microfone e dá um sorriso diabólico pra mim.

— Estão todos esperando, My Star. - O tom irônico de Rio foi inevitável.

Começo o discurso, o bom de ter gambiarra comunicativa é que você só precisa de um tema e uma boa oratória que pareça minimamente convincente.

— E por fim, quero desejar as boas-vindas à nossa universidade diretora, e agradecer a professora Vidal por ter me dado essa grande honra. - A última frase saí ríspida.

{...}

— Maximoff? - Uma voz soa ao longe.

— Depende. - Viro para trás e miro a dona dos olhos azuis hipnotizantes. - Agatha. - Cumprimento.

— Maximoff, espero que a apresentação tenha sido de seu agrado. - A simpatia da mais velha era contagiante.

— Foi sim! A senhora sempre fala tão bem.

— Dispense formalidades, meu bem. Estamos fora do horário letivo. Percebi que estava à pé hoje mais cedo, o que acha de uma carona? - O sorriso doce me invade.

— Eu amaria, senhor– Digo, Agatha. - Dou um sorriso sem jeito.

— Boa garota. - Ela se vira e vai até o carro.

Seguindo o caminho, Agatha começa a puxar alguns assuntos comigo, estranhamente interessada na minha vida.

— Sabe, quando eu era jovem, eu costumava sair muito! Minha mãe tinha uma dor de cabeça comigo. - O comentário de Agatha me faz rir baixinho. - Sua mãe tem esse problema com você?

— Minha mãe foi embora quando eu tinha dois anos. Meu pai se mudou para o Texas com minha madrasta.

— Oh, eu sinto muito, Wan. - O tom triste dela passou despercebido por mim, diferentemente do apelido que martelava minha mente, mas a coisa mais importante era que ela estava com a mão repousada na minha coxa.

— Não se preocupe, Aggs. Isso faz bons anos. - Meu tom saiu trêmulo, meu corpo claramente me traindo, meu rosto estava queimando e minha pele totalmente arrepiada.

— Algum problema, “Star”? - Agatha imita o apelido dado por Vidal. - O que foi? Acha que eu não percebo o joguinho de vocês?

— Não tem nada para perceber, Agatha. Rio só é muito intimidadora. - Mentir era inútil, mas o bom foi ver o olhar de Agatha exalando ódio. Ciúmes?

— Não tente mentir pra mim, Wanda. Ela está claramente querendo algo com você e eu não vou deixar isso acontecer. - A voz, antes doce, dá lugar para uma voz rouca e firme, quase ameaçadora.

— Não entendi a parte a qual isso lhe interessa. - O desafio fez o sangue dela ferver.

Sem mais delongas, a mulher puxa a mais nova pelos ombros, os olhares conectados, as respirações se misturando Agatha pergunta, sem palavras, se Wanda permite que aquilo aconteça. Sem nenhum gesto explícito, Wanda apenas fecha os olhos e as duas iniciam um beijo.

No início calmo, logo se torna fervoroso. O beijo apressado, mãos percorrendo aqui e ali, briga por dominância, no fim Agatha venceu.

— Wanda? - Uma voz soa ao longe. - Wan, acorda! A gente já chegou. - Agatha acaricia meu cabelo, me acordando de forma doce.

— O que houve? - Solto um resmungo.

— Você acabou dormindo, acho que você não tem tido um sono de qualidade, você adormeceu assim que entrou no carro.

Lembrando do sonho, minhas bochechas esquentam e meu coração começa a acelerar.

— M-muito obrigada, Agatha! - Saio do carro tentando esconder minha vergonha.

— Disponha, querida. E da próxima vez que sonhar comigo… tente não gemer meu nome tão alto. - O tom da mais velha foi provocativo, e logo ela sai com o carro.