O sol começava a se erguer, filtrando-se pelas cortinas do quarto de Carol, onde o clima era de tensão e expectativa. Carol estava em frente ao espelho, ajustando o uniforme da polícia enquanto Rosa, visivelmente nervosa, saía do banheiro com uma toalha enrolada no cabelo.
"Isso vai funcionar, ok?" Carol disse, tentando transmitir confiança, mas sua voz tinha um leve tremor que não passou despercebido por Rosa.
"Nós já dissemos isso antes de fazer o vídeo e eles não acreditaram em nós," Rosa respondeu, seus olhos refletindo uma mistura de apreensão e desespero. Ela caminhava de um lado para o outro, as mãos inquietas.
"É normal. Somos policiais. Eles não acreditam em nada. Eles querem provas e nós vamos dar a eles," Carol respondeu com firmeza, apesar da dúvida que a consumia por dentro. Ela se virou para Rosa, tentando encontrar segurança nos olhos dela.
"Você acha que será suficiente agora?" Rosa perguntou, a voz baixa, quase um sussurro. O medo era palpável.
"Não tenho certeza de nada, mas essa é nossa melhor chance de fazê-los acreditar que você não é mais uma ameaça," Carol disse, seu tom determinado, embora sentisse um frio na barriga.
"Não, existe outra maneira... eu deveria ir embora," Rosa insistiu, a angústia transparecendo em seu rosto.
"De jeito nenhum. Eu não vou deixar você, Rosa," Carol respondeu com firmeza. Ela se aproximou e segurou os ombros de Rosa, transmitindo um pouco da coragem que ainda lhe restava.
"Desculpa, eu não deveria ter envolvido você nisso..." Rosa murmurou, olhando para o chão enquanto andava nervosamente pelo quarto.
"Já é tarde demais," Carol disse com um riso nervoso. "Seguiremos até o fim, juntas."
"Isso é arriscado, Carol. Eu já disse que não me importo comigo, mas com você," Rosa retrucou apreensiva, sua preocupação evidente em cada palavra.
"Eles sabem que estamos juntas. Se descobrirem que sou a hacker, saberão que você me ajudou e você estará destruída," Rosa completou com lágrimas nos olhos.
"Não se preocupe, baby. Estaremos sempre à frente deles. Vai dar certo," Carol disse suavemente enquanto segurava firme a mão de Rosa. O toque era reconfortante e carregado de promessas silenciosas.
"Eu preciso ir para o trabalho. Quando chegar em casa falamos do caso," disse Carol finalmente, percebendo que o tempo estava passando rapidamente.
"Eu te amo," ela declarou olhando intensamente nos olhos de Rosa antes de se inclinar para dar um beijo apaixonado. O momento foi breve mas intenso; uma conexão que parecia desafiar todas as adversidades à frente.
Na delegacia, Martin recebia um envelope misterioso das mãos de um colega. Ele abriu lentamente e encontrou uma chave dentro. O olhar dele encontrou Carol por um instante; ela observava tudo sem dizer nada — era esse o plano dela.
“Josy, desculpe, não tive tempo de arrumar o lugar,” dizia o bilhete que acompanhava a chave. “Embaixo vá nesse endereço.”
Josy leu o bilhete em voz alta enquanto Martin e Carol trocavam olhares significativos; havia uma tensão palpável no ar. Em poucos minutos, eles estavam todos a caminho do endereço indicado no bilhete: um armazém abandonado nos subúrbios da cidade.
Ao chegarem ao local indicado pela chave misteriosa, os policiais entraram cautelosamente no armazém escuro e empoeirado. A luz fraca revelava pilhas de caixas e equipamentos eletrônicos espalhados pelo chão — armas e celulares estavam à vista.
“Isso é muito suspeito; por que ela não jogou tudo isso fora?” Josy questionou com desconfiança enquanto examinava os itens.
“Não sei… Para mostrar boa fé?” respondeu Carol tentando manter a calma diante da crescente tensão.
“Não! Isso seria muito fácil,” Josy afirmou com seriedade nas palavras enquanto analisava a cena ao redor.
“Se ela pensa que vou parar, está totalmente enganada,” disse Josy decidida. Enquanto isso Martin pegava seu celular para ligar para a perícia.
“Isso é o que ela quer: criar um desvio para preparar um ataque,” comentou Josy desconfiada enquanto observava as reações dos outros policiais ao seu redor.
Martin concordou com Josy enquanto ambos avaliavam as circunstâncias complicadas à frente deles — os planos de Carol pareciam estar se desmoronando bem diante dos seus olhos inquietos. O peso da responsabilidade pairava sobre todos ali; cada movimento poderia mudar tudo para sempre. E no fundo de seu coração, Carol sabia que precisaria agir rápido para garantir a segurança de Rosa e delas mesmas antes que fosse tarde demais.
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caminhos que se cruzam
Fiksi PenggemarEm um dia agitado na delegacia, a policial Carol Gattaz busca uma pausa para o almoço e acaba se deparando com Rosamaria, uma jovem ansiosa por uma oportunidade de trabalho em um pequeno restaurante. Enquanto tentam lidar com suas frustrações e inse...