12: o sopro da morte

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A noite estava pesada enquanto eu me afastava da vala onde deixara o corpo de Derek

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A noite estava pesada enquanto eu me afastava da vala onde deixara o corpo de Derek. O cheiro da decomposição ainda impregnava minhas roupas e, embora houvesse uma adrenalina pulsando em minhas veias, uma onda de nervosismo começou a me consumir. A pressão de manter as aparências me cercava, e eu sabia que cada passo que dava era uma dança na borda do abismo.

Ao abrir a porta do meu carro, o aroma fétido escapou do porta-malas, e meu estômago revirou. O que eu tinha acabado de fazer era grotesco, mas a euforia de ter eliminado mais uma ameaça me fez ignorar os arrepios que percorriam meu corpo. A luz da lua filtrava-se entre as árvores, e o silêncio da noite parecia intensificar os meus pensamentos. Se eu pudesse me livrar de todos que colocavam em risco minha relação com Kylie, não hesitaria. Derek foi apenas o começo.

Enquanto me sentava no carro, o som de pneus rangendo no asfalto me alertou. Olhando pelo retrovisor, vi Kourtney e Khloé parando ao lado do meu carro, suas expressões carregadas de curiosidade. Meu coração acelerou; a última coisa que eu precisava era que elas aparecessem ali agora. Mas havia algo na maneira como elas olhavam que me dizia que a desconfiança estava começando a crescer.

— Oi, Mia! — Kourtney chamou, seu tom era descontraído, mas seus olhos brilhavam com uma perspicácia que me deixou nervosa. — O que você está fazendo aqui a esta hora?

Desci a janela com um sorriso forçado. — Oi, meninas! Meu carro quebrou — disse, tentando manter a voz leve. — Estou esperando o guincho.

As irmãs se entreolharam, e pude ver a dúvida em seus rostos. Khloé inclinou-se um pouco mais para dentro do carro, o nariz enrugado. — O que é esse cheiro? Está tudo bem? Parece que tem algo podre aqui.

Senti um frio na espinha, mas forcei uma risada. — Ah, é só... meu almoço! Eu deixei um lanche de ontem no porta-malas e, bem, vocês sabem como é. Estragou.

Kourtney arqueou uma sobrancelha, mas aparentemente decidiu ignorar minha explicação. — Estávamos voltando da festa na casa da Kim. Você não acredita no que aconteceu lá! — disse ela, e a conversa começou a fluir enquanto tentava desviar a atenção delas do que havia no porta-malas.

O cheiro pungente era inegável, e cada respiração que elas tomavam parecia uma adição à tensão que crescia entre nós. A conversa delas sobre a festa me parecia distante, como se estivessem falando de outro mundo. A única coisa que eu conseguia pensar era em como a desconfiança se tornava uma arma que poderia ser usada contra mim.

— Você deveria ir! Kim está organizando outra festa no próximo mês — Khloé continuou, mas eu estava mais preocupada em como desviar a conversa.

— Ah, estou meio ocupada com o trabalho e tal — eu respondi, mantendo um sorriso em meu rosto, mas o nervosismo crescia dentro de mim. Queria que elas se fossem logo.

A conversa se arrastava, e eu sentia o tempo se estendendo. As irmãs trocavam olhares, e era evidente que estavam pensando mais do que diziam. Não podiam saber o que havia realmente acontecido. Eu não permitiriam isso.

— Bem, espero que você consiga resolver isso logo — Kourtney disse, mas sua voz tinha um tom que me deixou ainda mais alerta. — E lembre-se, você é bem-vinda nas nossas festas. — Um sorriso amarelo se formou em seu rosto, mas seus olhos não deixavam de me avaliar.

Agradeci, mas minha mente estava longe. Assim que elas finalmente se afastaram, eu deixei escapar um suspiro de alívio, mas sabia que precisava ser mais cuidadosa. As irmãs de Kylie estavam se tornando um obstáculo em meu caminho e, se não conseguisse manipulá-las, a situação poderia rapidamente sair do meu controle.

Dirigi lentamente, a sensação de liberdade e controle voltando a mim, mas não por muito tempo. A ideia de ter que lidar com Kourtney e Khloé novamente me deixava inquieta. Com o tempo, teria que descobrir uma maneira de afastá-las da vida de Kylie ou encontrar um jeito de conquistá-las para que não se tornassem uma ameaça.

Quando finalmente cheguei em casa, joguei meu casaco em uma cadeira e fui para o banheiro. Olhei-me no espelho e vi os vestígios de alguém que estava em constante batalha consigo mesma. O sorriso que eu forçava não era o que eu sentia por dentro.

Naquele instante, percebi que precisava ser mais astuta, mais envolvente. Se eu quisesse ter Kylie ao meu lado, teria que controlá-la e a todos ao redor dela. Cada passo que eu dava precisava ser cuidadoso, e cada decisão tinha que ser perfeita.

E, enquanto a imagem de Derek, agora enterrado e esquecido, passava pela minha mente, uma sensação de triunfo se formou. Um novo nível de controle estava em meu futuro, e não havia como voltar atrás.

Com a obsessão por Kylie crescendo, eu não estava apenas apaixonada; estava em uma caçada, e quem quer que se atrevesse a se opor a nós teria que lidar com as consequências.

Com a obsessão por Kylie crescendo, eu não estava apenas apaixonada; estava em uma caçada, e quem quer que se atrevesse a se opor a nós teria que lidar com as consequências

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