01 - he is mine!

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— Irei ao banheiro. — Momo comentou se levantando.

Claro que os burburinhos iriam acontecer.

— Irmão, que garota gostosa é essa? — Donghae observou e arqueou as sobrancelhas, surpreso.

— Ela é linda. — Mark suspirou e passou a mão pelos cabelos.

— Ela é linda e gostosa, sim. Mas não esquece que você ainda está com a situação mal resolvida com Nayeon. — Jihyo relembrou e comeu um pedaço do sanduíche.

— Eu não tenho mais nada com a Nayeon.

— Não parecia ontem no corredor com vocês dois se beijando. — Dahyun riu e revirou os olhos.

Já no banheiro, Momo havia acabado de lavar as mãos após utilizar o sanitário. Estava prestes a sair, se não fosse por observar algumas garotas pararem na sua frente.

Eram três, especificamente.

— Tzuyu, Mina. Podem ir. — Nayeon falou com a entonação séria. Momo a encarou.

— Precisa de ajuda?

— Ajuda de uma novata? — Ela deu um ar de riso. — Só quero que fique longe do Mark. Ele é meu.

— Não sabia que era a sua propriedade.

— Eu já disse. Fique longe dele. Ou então...

— Ou então o quê?

— Não acho que uma novata como você queira bater de frente comigo. As consequências seriam muito sérias. Já imaginou terminar o último ano sem amigos? Sozinha? Com todos a odiando?

— Não teria motivos para eles me odiarem.

— Ei, garota. Você chegou tarde. Se eu inventar alguma coisa sobre você, uma desconhecida, em quem acham que iriam acreditar? Eu vi o que você fez no verão passado.

— Eu não fiz nada...

— Mas não é nisso que eles vão acreditar. — Sorriu. — Mantenha distância. Assim, serei ótima na convivência com você.

Ela avisou, se retirando do banheiro. Momo encarou o espelho do banheiro e respirou fundo. O sinal ecoava ao fundo, sinalizando que todos os alunos deveriam retornar para a sala de aula.

Mas naquele momento, era o que Hirai menos queria.

Quando conseguiu se recuperar, retornou para a sala de aula e sentou no mesmo lugar.

Agora estava reconsiderando se deveria ou não ir para a festa.

— Um trabalho em grupo é uma ótima maneira de nós trabalharmos nossa vida em sociedade. — A professora começou, escrevendo no quadro alguns tópicos.

Mas a reclamação foi alta.

— Professora, estamos no último ano. Logo vem a faculdade e nós vamos ter que fazer vários e vários trabalhos em grupo... será que não tem como dar um desconto? — Uma voz ao fundo questionou e muitos concordaram.

Ela suspirou.

— Mas a instituição não aprovaria que esse trabalho fosse feito individualmente, e também não acho que seja justo com vocês empurrar um trabalho tão grande como este em um curto período de tempo, até porque é uma pesquisa chata de fazer. — Ela olhou a lousa por um tempo. — Trabalho em dupla, então.

Logo, a comemoração começou.

— Mas, — prosseguiu — eu irei sortear as duplas.

— Isso nunca dá certo. - Uma voz feminina contou em ar de riso.

Os minutos seguintes das aulas foram ocupados pela professora cortando papéis com os nomes dos alunos e retirando dois por vez para saber quem ficaria com quem.

Por enquanto, Sana iria fazer trabalho com Dahyun, e Jihyo iria fazer trabalho com Donghae.

Yoonjae faria trabalho com uma garota da sala de aula, Hyun com um rapaz com quem jogava basquete, e Mark havia caído para ficar com...

— Jihoon. — A professora anunciou, e Nayeon revirou os olhos. — Muito bem, os próximos nomes são... — ela retirou os papéis e abriu um por vez. — Ah, perfeito! Nayeon fará dupla com a nossa novata.

Porém, mais uma reclamação geral.

— Ah, caralho. Eu queria fazer dupla com a novata gostosa. — Um garoto reclamou.

— Você viu os seios dela? Porra, são lindos.

— Turma! — A professora chamou a atenção de todos.

Era oficial.

Momo era a garota que todos queriam fazer trabalho.

Exceto, claro, Nayeon.

— Professora, não posso trocar a dupla?

— Não, Nayeon.

Ela cerrou os dentes. Estava indignada com tudo o que estava acontecendo. Ainda não estava acreditando.

— Ei, você vai na festa? — Chaeyoung sussurrou para Momo, que pensou melhor e concordou. Ela sorriu. — Ótimo, estavam perguntando. Irei avisar o pessoal.

Ela falou se virando para trás e confirmando a notícia.

Mas se dependesse de Nayeon, a fama da novata duraria pouco. Muito pouco.

Só precisava elaborar um plano para deixá-la fora de jogada. Ainda que não se metesse com Mark, também não queria que todos estivessem vidrados nela como estavam.

— Seus cabelos são lindos. Qual shampoo você usa? — Tzuyu perguntou na saída da aula.

— Tzuyu. Vamos. — Nayeon foi firme e segurou no pulso da amiga, que tratou de a acompanhar em passos apressados. Mina ia logo atrás.

— Você está fazendo sucesso. — Mark comentou rindo e se sentou ao lado de Momo. A sala ia esvaziando e só ficavam os dois.

— É, eu acho... — Ela riu.

— Você está bem?

— Ah, eu estou. Mas a Nayeon, ela... vocês são namorados?

— Namorados? Não. Nós não temos nada, não se preocupe com isso. Ela falou alguma coisa com você?

— Não estou preocupada, só curiosa. Não falou nada, era só uma dúvida minha pelo jeito que ela olhava para você.

— Ah. — Ele riu novamente. — Nós éramos amigos, só. Estou indo para casa, quer uma carona?

— Claro.

Momo aceitou e se levantou. Não deveria aceitar carona de estranhos, mas Mark era um estranho? Bem, era um amigo que ela iria para a festa.

— Por falar nisso... — ela continuou. — Quando vai ser a festa?

— Na sexta. É uma festa que fazemos todo início do ano letivo para comemorar o que vem por aí. E esse ano promete. É o último, então os nervos estão à flor da pele, todos estão preocupados em qual faculdade seguir ou se vão entrar para a universidade que desejam, então uma festa para acalmar é tudo o que a gente precisa agora. Até porque depois não sabemos quando vai ter uma que todos podem ir, a maioria vai estar estudando.

— Entendo... e que horas vai ser?

Os dois começaram a caminhar juntos novamente.

— Sete da noite. Eu te busco.

— E que horas vai terminar?

Mark riu com a pergunta.

— A hora que você quiser. A noite é uma criança, Hirai.

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