08 - twist and shout

95 18 7
                                        

Enquanto esperava Mark no quarto dele, Momo estava sentada na ponta da cama. A bebida gritava dentro de si.

As luzes, apagadas.

A porta foi aberta e a música se fazia presente, abafada. Os passos vinham em sua direção e suas mãos suavam. Nem acreditava que estava mesmo fazendo aquilo, mas a bebida foi o impulso que ela precisava.

Sentiu o corpo ser empurrado, o que fez com que ela se deitasse na cama. Se ajeitou na região e sentiu um peso contra o seu próprio corpo, sentindo um calor subir.

Aos poucos, sentiu os lábios roçarem contra os seus e o perfume alheio adentrava as suas narinas e se envolviam com o seu próprio. Mark estava friccionando sua intimidade contra a da garota, e ela estava precisando fazer um esforço para controlar a própria respiração.

Iniciou um beijo entre ambos e sentiu as línguas se envolverem em sincronia. O beijo havia se encaixado perfeitamente, como um passe de mágica. Mas foi quando desceu a mão para o peitoral que percebeu que havia algo muito estranho.

— Mas que...

Se sentou rapidamente na cama e procurou o interruptor com a mão, mas não encontrou. Puxou a cortina até ver que, na verdade, não era Mark.

Não havia beijado Mark.

— Mas que porra você está fazendo no quarto do meu namorado?! — Nayeon perguntou com a respiração ofegante e a empurrou.

— Você beija qualquer um assim sem saber quem é antes, sua louca?!

— Eu beijo qualquer um? Eu achei que fosse o Mark! Você está no quarto dele e eu quem sou a errada?! — Perguntou indignada.

— Que isso não saia daqui. — Respondeu se levantando depressa e, pela primeira vez, Nayeon concordou com Momo.

— Que não saia daqui. — Ela falou estressada e desceu as escadas, Momo foi logo em seguida. Nem sabia onde estava Mark, mas isso não importava.

Não agora.

Puxou Sana pelo braço e avisou que estava indo embora. Não tinha como ela ficar em uma festa depois de beijar uma garota.

Principalmente quando essa garota se tratava de Nayeon.

— Nayeon, você viu a Momo por aí? — Uma garota perguntou.

— Por quê? — Ela questionou, assustada.

— Não, nada. Ei, seu batom está borrado. Quer um espelhinho? — Ela sugeriu e Nayeon pegou de imediato enquanto tentava limpar os resquícios.

Só passava uma coisa pela sua cabeça: que nojo!

— Amor. — Mark apareceu e segurou na cintura de Nayeon. — Onde você estava?

— Banheiro. — Respondeu rapidamente e sorriu fraco. — E você?

— Ah, por aí. — Ele riu e deu de ombros.

Nayeon estava altamente desconfiada. Com medo de alguém ter visto ou escutado algo. Ninguém naquele lugar podia descobrir o que tinha acontecido.

Sparkles.Onde histórias criam vida. Descubra agora