04 - that's my game

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— Aquela novata é uma filha da puta. — Nayeon comentou enquanto estava a sós com suas duas amigas.

— Mas ela não daria em cima do seu namorado, não acho que ela mexeria com você assim. — Mina tentou argumentar.

— Você não viu os olhos dela. Ela estava me ameaçando! — grunhiu. — E eu sei que se eu não tivesse ido na casa dele ontem, eles estariam mais próximos. E aquela festa, rola muita putaria lá. Todos reunidos, com bebida, música alta. Tenho certeza que rolaria alguma coisa entre eles dois.

— Não, ele ainda ama você. Ele não a beijaria. — Tzuyu suspirou.

— O pior é que ela é mesmo bonita. Por isso estão todos desse jeito. Ela não tem aquela beleza normal, ela é uma garota muito atraente. — Mina olhou as próprias mãos.

Nayeon a encarou, mas no fundo, lá no fundo, concordava: ela era mesmo atraente.

— Se ela der em cima do meu namorado, irei tomar as providências. Ela não mexeria comigo... vocês estão certas. — Nayeon respirou fundo e Mark se aproximou delas, se sentando ao lado delas e puxando Nayeon para o seu colo.

— Amanhã você quer uma carona?

— Para ir na casa daquela garota? — Nayeon perguntou o olhando.

— Isso. Eu sei o endereço, posso te levar e até te fazer companhia.

— Não, amor. Irei sozinha, não se preocupe. — O que menos queria era que eles tivessem mais alguma interação.

— Por que não a chama para o time de vocês de líder de torcida?

— Não. — Nayeon riu. — Já temos uma equipe formada. Mas ela pode tentar em outros times. Você está mesmo querendo ajudá-la, não é?

— Bom, ela é estrangeira. Seria bom ter apoio em um país desconhecido.

— Ah, que lindo! Meu namorado sempre querendo ajudar quem precisa. — Havia observado que Momo estava se aproximando por trás dele, por conta disso, o beijou novamente.

Nayeon estava se sentindo ameaçada. Estava sentindo que alguém poderia atrapalhar o seu jogo, e por isso precisava intervir, e rápido.

Não terminaria o último ano sem ser lembrada.

Passou anos construindo sua reputação, sua fama, e não era para ser abandonada de última hora.

Momo passou o intervalo inteiro conversando com Sana, Dahyun e Jihyo.

— Ela acabou de o beijar. — Momo comentou rindo enquanto chegava na mesa das garotas novamente.

— Ela é uma vadia. — Sana ditou horrorizada. — Ela voltou com ele porque não queria ser esquecida. Porque não queria que ele seguisse em frente. — Disse balançando a cabeça em negação.

— Olha a boca. — Dahyun resmungou. — Vai que ela escuta.

— Ela sabe que ela é. Ela mesmo se refere a si própria como uma vadia. — Revirou os olhos.

— Mas você fez bem em encarar. Ela precisa entender que não temos medo dela. Senão ela passaria o ano inteiro tentando amedrontar você, mas é você quem precisa amedrontar ela. — Jihyo incentivou.

— Só que agora você vai precisar fazer o trabalho com ela amanhã, então boa sorte. — Dahyun falou baixinho e deitou a cabeça no ombro de Sana; logo, teve os cabelos acariciados pela garota.

Dahyun levantou a cabeça para poder pegar um cupcake que estava em cima da mesa e Sana olhou para Momo.

— Mas você é linda. Foque nisso. — Logo, Sana se sentiu à vontade para dar um beijinho molhado no pescoço de Momo.

Momo não esperava por aquilo, então apenas riu, o que incentivou Sana de dar mais e mais beijos no pescoço da garota.

— Vocês duas estão parecendo namoradas. — Jihyo soltou uma risada.

— O quê? Ciúmes? — Sana perguntou rindo. — Momo é uma das únicas que me deixa ser carinhosa com ela, além da Dahyun, pelo visto.

— Ah, é? E o beijo? — Jihyo gargalhou.

— Beijo? Quer beijo? Então vai ter beijo. — Momo fez um biquinho com os lábios e Sana riu, fazendo um biquinho com os dela também, mas Momo desviou antes que o selinho pudesse acontecer, ocasionando apenas em um beijo no canto dos lábios da garota, na qual as quatro riram.

— Achei que iam beijar de verdade. — Dahyun continuou rindo.

— Água. Preciso de água. — Sana contou pegando a garrafa que estava em cima da mesa e bebeu o líquido de pouco em pouco.

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