12 - girls club

13 4 0
                                    

O som das gargalhadas ecoava no quarto de Sana, onde todos se divertiam com o que ouviam.

— Não acredito que você colocou a mão nos seios dela. — Jihyo falou entre risadas.

— O pior é que eles são macios. — Momo resmungou.

— Ah, amiga. Mas ela não parecia ter silicone mesmo. — Sana falou se deitando no meio das outras três garotas e colocando os braços ao redor dos ombros de Momo e Jihyo.

— Mas vamos mudar de assunto. Que beijo foi aquele, hein, senhorita Jihyo? — Momo sorriu.

— Ele beija muito bem. — Ela respondeu abanando as mãos para o alto e rindo. — Eu já estava prestando atenção nele ultimamente, mas ontem as coisas foram esquentando...

— E sem bebida nenhuma. Jihyo simplesmente atacou! — Dahyun gargalhou.

— Ele foi chegando perto, garotas. Quando eu olhei a boca dele eu não pensei duas vezes. — Explicou escondendo o rosto com a mão. — Mas eu vi quando a Sana beijou você também, viu, Dahyun?

— Aaahh... não foi exatamente um beijo. — fez um bico com os lábios. — Fez parte do desafio.

Sana ficou em silêncio e passou a mão pelos cabelos enquanto encarava o teto.

— Estou ficando com sono. — A japonesa ditou se ajeitando na cama e virou para o lado de Sana. Dahyun ficou de conchinha com ela, enquanto Jihyo ficou virada para cima.

Mas Sana ficou acariciando o rosto de Momo quando as luzes se apagaram, e ela cedeu às carícias. Sana era sempre muito carinhosa com todas as garotas.

Hirai deu um beijinho na ponta do nariz da garota, que sorriu e devolveu o beijinho, mas na testa. As duas dormiram bem abraçadas.

Na manhã seguinte, Jihyo já não estava na cama, havia ido preparar o café da manhã para as garotas, e enquanto isso, Dahyun acordava as duas com beijinhos pelo rosto delas enquanto se jogava em cima de ambas.

— Bom dia, bom dia!

Falou dando mais beijinhos, e Momo riu.

— Estou indo tomar banho. Jihyo daqui a pouco vai voltar. — Avisou enquanto se levantava e Sana se concentrou em Momo.

— Vai me contar ou não? — Ela questionou franzindo as sobrancelhas.

— Contar o quê?

— Você. A Nayeon. Por que você sentiu essa necessidade de...

— Eu preciso mostrar a ela que não tenho medo dela. Você mesma me incentivou a fazer isso.

— Mas eu não estava falando de começar a segurar os seios dela, por exemplo.

— Que isso? Ciúmes? — Momo provocou. Sana revirou os olhos.

— Só estou falando que Nayeon pode acabar dizendo para o Mark que você está dando em cima dela. Não sei, não confio nela.

— Mas eu não estou. Ele mesmo levou na esportiva quando viu toda aquela cena.

— Certo, mas... só tome mais cuidado. — Resmungou dando alguns tapinhas na bunda da japonesa, em seguida acariciando o local. — Me preocupo com você, você é minha amiga agora, e não quero ver você sendo difamada ou algo do tipo por aí. Tudo bem?

A garota de franja balançou a cabeça em concordância e sorriu.

— Eu sinto que ela está ficando recuada comigo. — Contou. — Ela estava toda estranha comigo ontem, sério. Nem me insultou.

Sana arregalou os olhos, surpresa. Não era o que imaginava que Nayeon fosse fazer.

— Eu achei estranho quando você disse que ao invés de empurrar você, colocou a sua outra mão no corpo dela. Será que ela não é lésbica? Ou bissexual?

— Não... Mark disse que não.

— Vai ver se irritou tanto com a sua provocação que quis provar que estava certa, então. Pensando bem, isso é do feitio dela. — Sana disse rindo e ouviu passos se aproximando.

— Você gostou de beijar o pescoço da Dahyun?

— Eu faço isso o tempo inteiro com minhas garotas. Minha linguagem do amor é toque físico. Eu gosto de abraços, de carinho, de beijos. De todo tipo de aproximação.

— Achei que você gostasse dela.

Sana riu.

— Você é meio doidinha.

Sussurrou e se sentou na cama quando Jihyo finalmente apareceu com os cafés da manhã. Em seguida, ela puxou Momo para se sentar no colo dela e ficou acariciando a cintura da garota enquanto ela mesma levava o biscoito até os lábios da novata.

— Estava ouvindo a conversa de vocês. Eu acho que a Dahyun gostou do beijo no pescoço. Nunca a vi tão... mole daquele jeito.

— Não, a Dahyun... não sei. — Sana deu de ombros. — Acho que todo mundo se comportaria daquele jeito se ganhasse um beijo no pescoço. Ela está com a marca até agora, no caso.

A mencionada, então, saiu do banheiro e olhou para Momo no colo de Sana e ficou alguns segundos analisando o cenário, até então começar a se trocar para ir para a escola.

— Dahyun, quer dormir na minha casa hoje depois da escola? — Sana perguntou para ela, e rapidamente a garota virou para ela.

— Claro. — Ela sorriu e umideceu os lábios. Em seguida, pegou uma maçã que estava em cima da bandeja. — Eu estou indo na frente, preciso chegar mais cedo. Bom café para vocês.

Ela disse sorrindo e pegando a bolsa para ir embora, e assim, foi.

— Eu e a Dahyun somos amigas desde sempre. Nossas famílias se conhecem, eu cresci junto com ela. — Explicou colocando a mão por dentro do short de Momo e acariciando a região das nádegas da garota. — Mas a gente sempre foi próxima assim. Acho que as pessoas no geral achavam que a gente namorava e os pais dela não gostavam muito da nossa proximidade, mas depois se acostumaram.

— Sério? — Nem Jihyo sabia dessa parte.

— Sim, porque quando a gente era bem mais nova, eu roubei um selinho dela. — Comentou rindo. — Acho que só foram dois que eu dei nela.

— Já beijou mais alguma garota da escola? — Perguntou Momo em curiosidade.

— A Nayeon.

— O quê? — Perguntaram em uníssono.

— Sim, gente. Mas foi sem querer. Éramos amigas, acreditem se quiser. Eu fiz um biquinho, ela fez um, a gente foi se aproximando e aconteceu. Nem eu, nem ela imaginaria que aconteceria. Simplesmente aconteceu. Ela finge que nada aconteceu até hoje, se você perguntar, ela vai dizer que nunca deu selinho nenhum em nenhuma garota. Mas se ela não tivesse aproximado ainda mais o rosto, não teria acontecido.

— Por que vocês não se tornaram mais amigas?

— Porque ela começou a namorar com o Mark. Ela se afastou de todo mundo quando isso aconteceu, principalmente de mim.

Sparkles.Onde histórias criam vida. Descubra agora