Bond By Revenge {JUNGKOOK}

21. Uma casa feita de cartas e, estupidamente, nós.

#LaçosdeVingança 🥀

Jungkook.

Eu observava Yuna dançar e me sentia feliz porque mesmo depois do susto que tivemos, ela parecia estar aproveitando bem a festa. Por outro lado, eu ainda sentia a raiva correndo através de minhas veias. Ver Joon Ho em minha frente e não poder meter uma bala bem no meio da sua testa foi como um golpe para mim.

Enquanto eu girava lentamente a bebida em meu copo, sequer reparei quando Hoseok parou ao meu lado até que ele falasse comigo.

— Sua expressão não é a de um homem que acabou de se casar e está ansioso para a noite de núpcias. — Ele brincou.

— Acredite, eu nunca estive tão feliz e ansioso, mas eu estaria ainda mais se estivéssemos dançando sobre o sangue de Joon Ho. — Respondi, dando um gole generoso no meu copo de whisky.

— Se me permite a pergunta, por que não deixou que nós o matássemos? — Perguntou, com uma sobrancelha levemente arqueada.

Eu respirei fundo, tentando acalmar a tempestade de emoções que rugia dentro de mim.

— Eu simplesmente não poda. — Suspirei. — Não só porque prometi a Yuna que não faria e porque não queria acabar com o dia do nosso casamento, mas também porque o conselho decidiu a missão dela e me contataram antes do casamento. Eles querem que ela mate o próprio pai para colocar um fim nisso tudo e provar que é leal ao Órion.

Hoseok franziu o cenho, surpreso com minha revelação. Era compreensível sua reação; matar o próprio pai não era uma tarefa fácil, mesmo no mundo impiedoso em que vivíamos.

— Matar o próprio pai... Isso é pesado, mesmo para os nossos padrões. — Ele murmurou, visivelmente perturbado com a ideia. — Acha que Yuna conseguirá?

— Não faço ideia, mas de qualquer maneira já estou pensando em outras maneiras. — Respondi, resignado com a situação e voltei a observar Yuna dançando desengonçadamente. — Ela já disse que não se importa de ir até o fim com isso, mas eu, como seu marido, não quero levá-la além dos seus limites, então se for necessário, eu desisto de tudo e nos mudamos para outro país. Talvez seja uma oportunidade para recomeçarmos juntos.

A ideia de desistir de tudo e recomeçar em outro lugar parecia tentadora, mas eu sabia que não era tão simples assim. Nossa vida estava entrelaçada com a máfia de uma forma que não podíamos simplesmente ignorar. Além disso, eu tinha dedicado a minha vida inteira para proteger e fortalecer nossa família. Desistir agora significaria jogar fora todo o trabalho árduo e os sacrifícios que fiz ao longo dos anos. Mas se aquela fosse a única escolha que eu tinha salvar Yuna, eu faria.

Hoseok pareceu ponderar minhas palavras por um momento antes de responder.

— Entendo sua preocupação, mas fugir não é a solução. Você sabe disso e sabe que não é tão fácil assim. Além do mais, Yuna parece ser mais forte do que pensamos. Ela é determinada e corajosa, o que já é meio caminho andado, e se essa for a missão que o conselho lhe deu, eu acredito que ela fará o que for preciso para completá-la. Mas cabe a você apoiá-la e ajudá-la a lidar com as consequências.

Assenti, reconhecendo a sabedoria em suas palavras. Hoseok estava certo; fugir não resolveria nada, e eu precisava estar ao lado de Yuna, não importava o que acontecesse.

Logo depois que ele acabou de falar, percebemos que algo estava acontecendo. Um pequeno grupo de pessoas que juntava ao redor de Yuna, que estava abaixada, aparentemente pressionando o pé de Soojin com guardanapos.

— Algo está errado. — Eu disse, colocando meu copo sobre a mesa.

— Soojin está arranjando confusão de novo. — Hoseok bufou, largando o próprio copo também, a preocupação começando a estampar seu rosto.