— Harry? Alcançou ele — Elena chama no fone.
— Ainda não, princesa — Harry responde, ofegante, enquanto persegue uma criatura enorme pelo centro da cidade. — Ai, Mike, fecha o cruzamento da rua e eu o pego.
— Beleza! — Mike grita, preparando-se para bloquear a rota de fuga.
Os dois cercam o monstro, um ser grotesco de escamas e garras afiadas, que destrói tudo em seu caminho. Com um esforço conjunto, conseguem derrubá-lo em uma luta feroz, mas não sem deixar um rastro de destruição e tragédia; duas pessoas inocentes foram mortas no tumulto.
Cinco anos se passaram desde o Oblivion, e a cidade de Nova York ainda luta para se recuperar. A mortalidade da agência, agora sob o comando de Elena, está no fundo do poço. A existência do mundo sobrenatural não é mais um segredo; os cidadãos estão cientes das criaturas que vagam pelas ruas e da constante luta dos heróis para manter a cidade segura.
Elena, agora uma líder forte e determinada, organiza as operações da agência com uma nova visão, mas os desafios são imensos. A população, traumatizada pelos eventos do passado, luta para confiar na proteção oferecida.
— Precisamos manter o foco — ela diz a sua equipe, observando os rostos cansados de seus aliados. — O mundo mudou, e nós também. Mas não podemos deixar que o medo nos paralise. Temos que ser a linha de defesa.
Enquanto isso, Harry e Mike se reúnem com Elena para discutir os novos desafios que enfrentam. O clima é tenso, a pressão aumenta e o peso das perdas passadas ainda está presente em suas mentes. Eles sabem que, apesar de suas vitórias, o custo foi alto, e os novos monstros são apenas a ponta do iceberg de uma ameaça ainda maior.
— O que vem a seguir? — Harry pergunta, olhando pela janela, observando a cidade que ainda estava se curando.
— Mano, hoje é Halloween e só eu e você somos a linha de frente — Mike aponta para Harry, com um olhar sério. — Kora e Madelyn estão atrás do Vitor, que está desaparecido... estamos fudidos.
Harry franze a testa, seu coração acelera ao pensar na gravidade da situação. As lembranças do Oblivion ainda o assombram, e a ideia de enfrentar novas ameaças com um time reduzido não o tranquiliza.
— O que vamos fazer, então? — ele pergunta, tentando manter a calma. — Se Vitor sumiu, isso significa que estamos com a linha de defesa comprometida. Precisamos encontrá-lo.
Mike balança a cabeça, o desespero em seus olhos.
— Exatamente! E se ele estiver em problemas, nós dois sabemos que ele não vai conseguir se proteger sozinho. Os monstros estão mais ousados hoje. O Halloween não é só uma data, é como se eles estivessem esperando por isso.
Elena entra na conversa, sua expressão determinada.
— Precisamos dividir as forças. Vou enviar a Kora e Madelyn para procurarem o Vitor. Enquanto isso, vocês dois precisam se preparar para qualquer coisa que possa surgir. E lembrem-se: a cidade está cheia de civis, não podemos deixá-los desprotegidos.
Harry e Mike se entreolham, conscientes do peso da responsabilidade.
— Não podemos falhar de novo — Harry murmura, determinado.
— Não vamos — Mike responde, batendo no ombro de Harry. — Temos que fazer isso juntos.
Enquanto se preparam para a batalha, o clima na cidade parece se intensificar. As sombras parecem mais longas, e os sons do Halloween ecoam pela rua: risadas distantes, gritos de crianças se divertindo, mas também sussurros sombrios que insinuam que a noite pode trazer muito mais do que apenas doces.