No dia em que um ômega bagunçou meu quarto (e meu coração)

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O capítulo de hoje é narrado do pov do Yeonjun, curiosos para saber como ele vai narrar o seu lado da história? 

Prometo que nessa atualização só terá coisas boas, cenas fofas para deixar o coração de vocês bem quentinho e sem mais delongas, boa leitura <3


De todas as ideias de Ryujin, a de pintar o meu cabelo de loiro com certeza foi a pior delas. Aquela garota intrometida encheu a minha cabeça com a ideia de dar um pouco mais de cor à minha aparência, mas eu fui o errado de dar ouvidos a ela.

Os seus cabelos azuis já eram por si só um erro, algo que chamava muito a atenção durante as nossas saídas. Se manter dentro do personagem de mulher ômega a deixou durante muito tempo frustrada em manter as aparências, conservar o cabelo longo e com a cor preta uniforme era um grande sacrifício.

O azul índigo em seus fios foi uma mudança que veio para ficar. Ryujin amava a praticidade dos cabelos curtos que depois de tantos anos já havia virado a sua marca registrada.

Agora me olhando no espelho, sinto que não posso dizer o mesmo. Parecia que alguém havia vomitado tinta amarela na minha cabeça e até mesmo alguém vindo de fora conseguia ver isso.

Mesmo sentindo vontade de matar Yeji, a criadora de todo esse desastre, aceitei as inúmeras súplicas de Ryujin de deixar essa aspirante a cabeleireira colocar as mãos no meu cabelo.

– Eu juro que a ideia era fazer mechas loiras. Não sei como a tinta se misturou e... – Yeji tentava a todo custo se justificar. Seus olhos esbugalhados indicavam um grande arrependimento, as mãos tremiam enquanto passavam pelo meu cabelo.

– Olha, você ainda pode consertar esse erro. – Ryujin tentava acalmar a ômega afagando o seu ombro. As suas mãos subiram para o pescoço dela, virando o seu rosto e deixando um selinho em seus lábios. – Ninguém aqui vai te punir por isso, não é Yeonjun?

Yeji foi trazida para cá há cerca de dois anos, quando ainda era apenas uma garota assustada com tudo à sua volta. Por algum motivo ela e a minha irmã se aproximaram com grande facilidade, quando percebi as duas andavam grudadas por aí.

Era bom saber que minha irmã fez uma amiga, pelo menos era isso que eu pensava até encontrar elas se agarrando no quarto de Ryujin. Por mais feliz que ela estivesse depois da chegada da ômega, a sua animação em ter encontrado a sua parceira era de deixar qualquer um com a glicose alta de tamanha quantidade de melação naquele relacionamento.

– Será que vocês podem ficar longe uma da outra por pelo menos cinco minutos?

– Se tiver achando ruim, lembra que eu ainda posso jogar tinta na sua cara. – Ryujin me ameaçou ao roubar o pote de tinta das mãos de Yeji que riu da situação.

– Só conserta logo essa cagada na minha cabeça. – Eu intervi antes que as duas tentassem se agarrar novamente.

– Por que você ficou tão afetado com o comentário daquele ômega idiota? Ele nem é tudo isso.

– Ah, pelo que você me disse, não acho que Beomgyu tenha falado isso por mal.

Ryujin levou as mãos ao peito, indignada pela constatação da namorada.

– Você escutou bem a parte onde eu disse que ele estava com uma faca nas mãos e queria me matar?

– Eu também aceitei o acordo para morar em um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas nas quais não sabia se poderia confiar cem por cento por não ter outra opção. Eu já estive no lugar dele, sei o quão apavorado ele deve estar, talvez as suas palavras só sejam um jeito de manter as pessoas afastadas.

Na Linha de Fogo (YEONGYU/BEOMJUN)Onde histórias criam vida. Descubra agora