001. reencontro

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Havia se passado três ano desde o beijo arrebatador entre Agatha e Rio

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Havia se passado três ano desde o beijo arrebatador entre Agatha e Rio. Billy, finalmente reunido com sua mãe e irmão, havia ressuscitado Agatha, devolvendo-lhe a vida e, mais importante, seus poderes. Era uma noite densa em Westview; o jardim, repleto de orquídeas roxas, exalava um aroma intrigante sob o luar prateado. Agatha estava acomodada em seu sofá, os olhos fixos numa novela qualquer que mal lhe prendia a atenção, quando o som estrondoso da porta sendo violentamente aberta rasgou o silêncio.

- Então você voltou, mais uma vez desafiando as leis da ordem natural - Rio Vidal, a morte adentrou o cômodo com uma postura soberana e intimidadora. Seus olhos cintilavam, e a tensão entre as duas era quase palpável. Agatha se ergueu do sofá com uma calma estudada, os olhos frios, mas o espírito em chamas.

- Você vai consertar minha porta - declarou Agatha, a voz revestida de um sarcasmo afiado. Seu olhar encontrou o de Rio, e o brilho hipnotizante e perigoso que sempre a caracterizara continuava o mesmo. - E, já que está aqui, que tal remover a poeira da minha sala? - completou ela, um sorriso cínico surgindo em seus lábios.

Rio inclinou a cabeça, um sorriso carregado de malícia desenhando-se em seu rosto. - Tirar poeira? - Ela se aproximou de agatha - Achei que a única coisa que precisasse de atenção fosse você. Eu consigo ser o seus sentimentos por mim.- A voz de Rio era um murmúrio envolvente, suas palavras acariciando o ar com provocação.

Agatha soltou uma risada baixa, sem desviar o olhar. - Você continua encantada com a própria audácia, não é? - Seu tom era gélido, mas havia um lampejo de algo mais profundo, um fio tênue de fascinação que ela não podia esconder. - Veio me levar ou só veio alimentar sua vaidade?

Os olhos de Rio se estreitaram com deleite. - Quem sabe as duas coisas? - Sua magia começou a se manifestar, um verde perigoso que serpenteava ao redor de seus dedos. - Mas antes, gostaria de ver se a morte te deixou enferrujada ou se ainda é digna de me enfrentar

O sorriso de Agatha se alargou, e uma rajada de energia púrpura ondulou de suas mãos, vibrando com um poder recém-renascido. - É melhor não subestimar quem já caminhou com a morte lado a lado. - advertiu ela, antes de lançar um feitiço que obrigou Rio a desviar rapidamente, uma expressão de prazer doentio iluminando o rosto da bruxa verde.

- Impressionante - Rio admitiu, os lábios se curvando num sorriso desafiador. - Parece que estamos em pé de igualdade.

Sem hesitar, Rio conjurou um feitiço que atingiu Agatha com força, arremessando-a contra a mesa de vidro no centro da sala. Os estilhaços se espalharam pelo chão, brilhando como cristais sob a luz suave das orquídeas do jardim. Agatha mal teve tempo de reagir antes que Rio, foi ágil e escalasse sobre ela, prendendo-a contra os cacos. Sentou-se com firmeza em sua cintura, os olhos faiscando com uma perigosa mistura de desejo e hostilidade.

- Você não pode me matar de novo - Agatha provocou, um sorriso insolente dançando em seus lábios, mesmo quando a mão de Rio se fechou em seu pescoço, apertando com uma força ameaçadora. - A menos, é claro, que eu me entregue. - As palavras saíram com dificuldade, mas o tom de Agatha permanecia carregado de uma audácia quase perversa. - Está com... desejo reprimido, Rio? - Ela sussurrou, a respiração entrecortada, mas os olhos brilhando com desafio.

Rio apertou mais o pescoço de Agatha, os dedos perfumados de magia verde pressionando sua pele pálida. - Sempre tão atrevida, mesmo no perigo - murmurou, um sorriso selvagem surgindo em seu rosto.

Agatha não se deixou intimidar. Num movimento rápido e certeiro, ela agarrou o pulso de Rio, usando sua própria força e um pouco de magia roxa para se impulsionar. Em um giro brusco e habilidoso, ela inverteu as posições, jogando Rio no chão com uma força que fez a madeira tremer.

- Agora, quem está em desvantagem? - Agatha arqueou uma sobrancelha, sua expressão dividida entre a satisfação da vitória e uma excitação que não se podia negar. As duas bruxas se encaravam, respirações ofegantes, com faíscas invisíveis dançando no ar entre elas.

A sala parecia prestes a se desintegrar, carregada não só pela batalha de feitiços, mas pela tensão latente que havia desde o momento em que se reencontraram. Era um jogo perigoso.

Agatha saiu de cima de Rio, levantando-se com elegância, apesar do cenário caótico de vidro quebrado e energia ainda vibrando no ar. Ela ajeitou o cabelo, lançando um último olhar provocador para Rio antes de começar a subir as escadas que levavam ao andar de cima.

- Não vá embora tão cedo, querida - Agatha comentou por cima do ombro, o tom carregado de ironia. - arrume a bagunça.

Rio, ainda caída no chão, deixou escapar um suspiro exasperado, mas um sorriso traiçoeiro brincou em seus lábios. Com um movimento fluido, ela se pôs de pé, seguindo Agatha com passos firmes, a intensidade nos olhos só aumentando enquanto atravessava a casa até o quarto.

Agatha entrou em seu quarto, o espaço decorado com tons roxo e toques de veludo que refletiam sua essência. Sem perder tempo, ela começou a tirar a capa e as joias, se dirigindo ao banheiro anexo. Rio parou à porta, observando enquanto Agatha deixava as roupas caírem no chão, entrando no boxe de vidro onde a água quente começou a correr, cobrindo sua pele pálida com uma cortina de vapor.

Rio se encostou à pia, os braços cruzados, seu olhar fixo em Agatha. - Sabe, não é tão simples quanto você pensa. - Sua voz era mais séria agora, quase vulnerável, algo raro para alguém como Rio. - Para mim, foi uma eternidade. Décadas se arrastando sem você. Não apenas anos.

Agatha jogou a cabeça para trás, deixando a água escorrer por seu rosto e cabelos antes de abrir os olhos. Ela riu, um som desdenhoso que ecoou no banheiro. - Décadas, você diz? - Seu tom estava impregnado de sarcasmo. - E você acha que a ausência foi mais gentil comigo? - Ela se virou levemente, o vidro embaçado distorcendo seu corpo como uma miragem. - Se sentiu falta, que bom para você. Mas sabemos que seu orgulho sempre vem em primeiro lugar.

Rio estreitou os olhos, os dedos apertando a borda da pia. - Não se trata de orgulho, Agatha. - Havia um peso em sua voz, uma sinceridade que se infiltrava mesmo contra sua vontade. - Eu realmente senti sua falta.

Sob o véu da morte-AgatharioOnde histórias criam vida. Descubra agora