009. troca de olhares

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Rio segurou a taça, mas não desviou o olhar de Agatha, deixando o vinho intocado. — E eu nunca fui uma pessoa muito virtuosa, sabe bem disso, — respondeu, sua voz baixa e carregada de desejo, cada palavra pesando no ar entre elas. Ela deu um passo à frente, invadindo o espaço de Agatha de uma forma que misturava provocação e promessa.

Agatha inclinou a cabeça, observando-a com um brilho desafiador nos olhos. — Será que você aguenta esperar, então? — perguntou, dando um pequeno gole no vinho, sem nunca tirar os olhos de Rio.

A tensão se intensificou, e Rio, impaciente, sorriu com um toque de audácia. — Não vejo motivo para tanta demora... — Ela levou a taça aos lábios, mas sua atenção estava completamente focada em Agatha, estudando cada gesto, cada sorriso, cada provocação.

Agatha deixou sua taça na bancada, aproximando-se novamente, dessa vez mais devagar, quase como uma predadora cercando sua presa. — Talvez eu só esteja testando o quanto você me quer... — sussurrou ela, sua voz um sussurro hipnotizante. Ela ergueu uma mão, traçando com leveza a linha do queixo de Rio até chegar aos lábios dela. — Será que vai me passar no teste?

Rio riu, mas o som foi abafado, como se estivesse quase sem fôlego. — Ah, eu vou, my lady... — respondeu, segurando a mão de Agatha e aproximando-a mais uma vez. — Não importa quantos testes você tenha em mente.

O sorriso de Agatha se intensificou, mas, em vez de ceder ao momento, ela se afastou mais uma vez, pegando sua taça e saindo lentamente da cozinha. Ela deu um último olhar para Rio, a mensagem clara. — Se você realmente quer me provar, vai ter que vir atrás de mim.

Rio a seguiu, o olhar fixo, determinado.

A cada passo, a distância entre elas parecia se encolher e crescer ao mesmo tempo, uma dança de caça e presa que fazia o ar vibrar de expectativa. Agatha entrou em seu quarto, a penumbra iluminada apenas pela luz suave que vinha da janela, projetando sombras que dançavam nas paredes. Ela se virou de costas para Rio, mas seu sorriso misterioso era visível no reflexo do espelho.

Rio fechou a porta atrás de si com um clique sutil, a expressão faminta enquanto a observava. — Achei que a caçada acabaria mais cedo, — murmurou, dando um passo à frente, quase encostando nela.

Agatha virou-se para encará-la, os olhos brilhando como se contivessem um segredo. — É que você ainda não provou estar à altura, — provocou, com o sorriso afiado e a voz suave. Ela deslizou os dedos pelo pescoço de Rio, descendo até a curva de seu ombro, seus toques leves o suficiente para provocar arrepios.

Rio cerrou os dentes, deixando escapar um suspiro tenso. — Talvez esteja na hora de você parar de testar minha paciência, Agatha, — respondeu, segurando o pulso dela e puxando-a mais perto. Seus olhos se encontraram, e por um momento, as palavras ficaram suspensas entre elas.

Agatha riu suavemente, uma risada que parecia envolver a sala. — Será? — Ela inclinou-se, seus lábios a milímetros dos de Rio, mas desviou outra vez, levando sua boca ao ouvido dela. — Quero ver até onde você vai por mim.

Foi o suficiente para fazer Rio perder o controle. Ela a puxou de volta, pressionando seus lábios nos de Agatha em um beijo cheio de urgência, os dedos entrelaçados nos cabelos dela. Agatha respondeu com o mesmo ímpeto, segurando-a pela cintura e encostando-a contra a parede.

Rio beijou os lábios de Agatha com urgência, sentindo cada vez mais o fogo da atração crescer. Agatha sorriu entre os beijos, os olhos brilhando de diversão e desejo. De repente, Rio a empurrou para a cama, fazendo o corpo de Agatha se chocar contra a firmeza do colchão. Em um movimento decidido, Rio subiu sobre ela, sentando-se em sua barriga.

Agatha levou a mão por baixo da blusa larga que Rio usava, as pontas dos dedos explorando as coxas dela, dando leves apertadas provocativas. Suas mãos deslizaram até a cintura de Rio e, com um toque experiente, alcançaram seus seios, que já estavam sensíveis ao menor toque. Agatha deu um leve beliscão, provocando um arfar de Rio, que instintivamente pressionou as coxas.

— Ah, minha querida, — murmurou Agatha, com um sorriso satisfeito. — Tão sensível...

Rio mordeu o lábio, o olhar fixo no dela. — Não brinque comigo, Agatha, — sussurrou, mal conseguindo controlar a voz.

— E por que não? — respondeu Agatha, puxando-a pela gola da blusa para um beijo feroz. Com a outra mão, ela começou a massagear o clitóris inchado de Rio, arrancando dela um gemido entre os beijos.

Rio jogou a cabeça para trás, os olhos revirando quando sentiu os dedos de Agatha invadirem seu corpo. Sem hesitar, Rio puxou a blusa sobre a cabeça, revelando seu corpo nu e entregue. Agatha continuou a penetrá-la, enquanto o polegar fazia círculos lentos em seu clitóris, pressionando os pontos que ela sabia que faziam Rio estremecer.

Rio, suando levemente, apoiou as mãos nas coxas de Agatha, expondo ainda mais sua intimidade. Seus cabelos estavam úmidos, grudados na testa, o corpo ardendo de desejo enquanto Agatha a explorava. Cada toque era uma promessa não dita, uma lembrança da intensidade que ambas sentiam. O ritmo dos dedos de Agatha aumentou, e Rio deixou-se ir, o corpo relaxando, enquanto uma onda de prazer tomava conta dela. Ela finalmente cedeu, gemendo alto, até que a respiração acalmou.

Agatha observava com um sorriso triunfante, até que Rio, ainda respirando fundo, deitou ao lado dela. Os olhares se encontraram, uma cumplicidade silenciosa preenchendo o quarto.

— Minha vez de retribuir, my lady, — sussurrou Rio, com um sorriso provocador. Ela fez uma leve pausa, os olhos brilhando. — Tenho permissão?

Agatha riu baixinho, os olhos cheios de expectativa. — Desde que você faça valer a pena, querida.

Sob o véu da morte-AgatharioOnde histórias criam vida. Descubra agora