Capítulo XIII

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Depois de mandar fazer uma faxina na minha casa  instalei-me com Dianna.  Ele não tinha um quarto de princesa como em Londres, mas por agora era o que havia.

Pesquisei sobre escolas e lembrei-me de Juliette.   Lembro-me dela me falar que era professora, mas não me lembro se ela falou em que escola.

Decidi visitar a que ficava mais perto de casa e também passar num stand automóvel.   Precisava de um carro urgentemente.

Percorri a distância entre o portão e a secretária e fui logo conduzido à directoria.

- Entre.  Bom dia, sou a professora Dina, e sou também a directora.

- Muito gosto.  Rodolffo d'Orey e esta
é a minha filha Dianna.

- Olá Dianna.

- Olá

- E que o traz por cá?

- Regressámos recentemente do Reino Unido e pretendo encontrar uma escola para ela.

- Conversaram durante algum tempo e depois Dina disponibilizou-se para lhes mostrar as instalações.

Rodolffo gostou do que viu e achou Dina muito  simpática.

- A escola tem transporte de alunos.

- Sim.  Temos transporte para os alunos que o requererem.

Juliette estava na sala com os alunos e o seu olhar mirou na enorme  janela da sala. No pátio lado a lado seguia a directora Dina acompanhada de um homem  com uma criança pela mão.

Estavam de costas para ela, mas ela teve a certeza de conhecer a pessoa.

Esfregou os olhos e voltou a olhar, mas eles já tinham desaparecido do seu raio de visão.

- Deve ser ilusão minha. O Rodolffo aqui?

Continuou a aula e não  pensou mais nisso.

- Então  o que achou das instalações?

- Gostei.  Parece-me que ela ficará bem aqui.

- Se quiser podemos agilizar a matrícula.  O ano lectivo começou à cerca de um mês. É  necessário que entre no ritmo quanto antes.

Rodolffo preencheu vários formulários e no final recebeu a lista de materiais, tipo de uniforme e as regras da escola.

- Se esperar um pouco, como estamos quase no primeiro intervá-lo eu apresento-lhe a professora dela.

Conversaram um pouco mais e Dina mandou chamar Juliette.

Esta bateu à porta e foi mandada entrar.

- Entre Juliette.   Deixe-me apresentar-lhe...

- Pedro,  ou melhor Rodolffo!

- Como estás Juliette.   Prazer em rever-te.  Como está a tua mãe?

- Já se conhecem?

- Sim, mas há muitos anos que não tínhamos contacto.  Está bem, obrigada.

- Tem uma aluna nova.  A Dianna.

- Olá Dianna.  Podes chamar-me de tia Ju.

- Eu gostei daqui, tia Ju.

- Que bom.  Aqui vais ficar bem.

- Era só isso que queria de mim, Dina?

- Era sim.   Vá lá que o intervalo está no fim.

- Muito prazer Dianna.  Bom dia, Rodolffo.

- Bom dia Juliette.   Até um dia destes.

Rodolffo entendeu a frieza da parte dela.  Afinal tinha sido enganada por ele na questão da identidade. Despediu-se dizendo que traria a filha na semana seguinte após conseguir comprar o uniforme.

Não segurei meu beija-florOnde histórias criam vida. Descubra agora