Afterglow - Rafe Cameron.

012

Rafe enfiou os dedos entre os meus cabelos, puxando-os de forma prazerosa.

- o que foi que você falou? - perguntou, irritado, puxando meu cabelo com mais firmeza.

Eu mordi meu próprio lábio inferior, escondendo um sorriso.

- que o Barry até que é um traficante bonito. - respondi num tom provocativo.

Rafe travou a mandíbula, olhando no fundo dos meus olhos.

- o que foi, Rafe Cameron? - perguntei com um sorriso sacana.
- está com medo de me perder pro seu amiguinho? - aproximei mais ainda os nossos rostos, roçando nossos lábios.

Rafe me soltou de repente, me fazendo arquear a sobrancelha.

- eu vou embora. - murmurou.

- ficou tão bravo assim? - perguntei, segurando sua mão.

Rafe soltou sua mão da minha e me deu as costas, indo até a porta do quarto.

- qual é, Cameron! Você estava até agora me fazendo ciúmes! Eu só brinquei! - falei, entrando na sua frente.

- eu não falei que ninguém é bonita.

- é, eu sei. Você falou que iria ligar para a Sofia para ir ao baile com a gente! - retruquei, irritada.

- porque você não queria me dar amor e carinho! - Rafe contra-argumentou.

Eu saí da frente da porta.

- então vai! Faz o que você quiser! - perdi a paciência, saindo da sua frente.
- aproveita e leva a Sofia para o baile com você! - mandei, irritada.

Eu lhe dei as costas e me deitei na cama, abraçando o meu travesseiro.

- ah, não! Agora eu não vou mais, só porque você mandou! - Rafe respondeu, se jogando atrás de mim na cama.

- sai daqui! Você já me irritou demais hoje! - mandei, tentando empurrá-lo.

Rafe me agarrou pela cintura com firmeza.

- eu vou ficar aqui, sim! Você não manda em mim! - Rafe retrucou.

- me solta! Eu estou brava com você! Sai! - mandei, batendo em seus braços que estavam cada vez mais fortes ao meu redor.

- a Sofia não me trataria assim. - murmurou, provocativo.

Eu sei que Rafe falou aquilo só para me irritar mais. E conseguiu.

Eu o joguei para fora da cama usando toda a minha força.

- então enfia ela no centro do buraco do seu cu e some, filho da puta! - esbravejei, furiosa.
- eu não vou mais em lugar nenhum! Sai da minha casa e me deixa em paz! - mandei, levantando da cama e abrindo a porta do quarto.

- anjo! Era uma brincadeira! - Rafe riu.

- foda-se! Eu quero que você enfie essa brincadeira ridícula no centro do seu cu! - respondi, irritada até o talo.

- você ainda vai ao baile comigo, certo?

- errado! Erradissimo! Eu não vou em lugar nenhum!

- anjo, por que você está gritando assim comigo?

- porque você não saiu da porra do meu quarto! Some! - bati o pé no chão com força.

Rafe abaixou a cabeça e saiu do quarto feito um cachorrinho abandonado.

Eu bati a porta com força, desejando matá-lo enforcado!

Me joguei na cama, de bruços, e afundei o meu rosto no travesseiro com força.