27 Capítulo: BENJAMIN

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Parecia que o universo inteiro estava conspirando contra mim.

Primeiro Mônica, que resolveu me ligar do nada insinuando uma intimidade que não tínhamos a anos, apenas para pedir algo que um office boy da empresa poderia muito bem fazer, e sua atitude despertou no meu imprinting uma crise de ciúmes infundável. Pois para mim, não havia outra mulher, só existia Melissa.

Ela sempre seria única pra mim, a única que me completava e que me faria feliz, a única que via no meio de todas as outras mulheres que existiam no mundo, porque Melissa Hastings havia sido escolhida pela magia Quileute para me completar, para ser meu porto seguro nos momentos mais difícil, para estar ao meu lado me ajudando a tomar as decisões que influenciaram na vida do nosso povo, pois agora tudo o que eu tinha era dela.

Desde os bens materiais que possuía até o mais importante, o meu coração. Nossa.

Nossa fêmea.

Nosso imprinting.

Sim, ela era nossa.

Nosso amor de uma vida inteira... A razão da minha existência...

Que por causa de um mal-entendido, estava se afastando de nós e não suportaria perde- la de novo, não quando estávamos progredindo em nossa relação.

-Melissa, por favor, olhe pra mim...Eu te amo mais do que tudo nesse mundo...Por favor, não se afaste de mim...- solucei com dor assim que ela virou para a sua janela, evitando me ver e sua atitude quebrou meu coração, pois não suportaria ser separado dela.

"Por favor, não nos deixe..." -meu lobo interior implorou com dor em minha mente, tentando em vão fazê-la nos ouvir.

Como se tivesse nos ouvido, Melissa desviou os olhos da sua janela e virou para nos ver, quando achei que tudo o que estávamos construindo houvesse sido destruído por um simples telefonema, ela me surpreendeu ao me abraçar de forma terna enquanto acariciava minhas costas com carinho, tentando me tranquilizar o que só me deixou ainda mais apaixonado por ela.

E a partir daquele gesto decidi ser o mais sincero possível, escolhi confessar tudo o que estava se passando dentro de mim desde que a vi pela primeira vez. Uma decisão da qual jamais irei me arrepender, pois nunca havia imaginado que Melissa, que sempre se mostrou tão insegura em relação ao que sentia, estava apaixonada por mim.

Jamais iria esquecer a forma como ela me olhava enquanto dizia que a amava, ou como meu coração disparou ao ouvi-la confessar que também me amava, ou a sensação da sua pele se arrepiando com os meus beijos e meus toques. Quando finalmente achei que iria beijá-la até esquecer meu nome, fomos interrompidos por uma batida em minha janela que nos assustou, provocando nosso afastamento prematuro.

-Não acredito que você ganhou uma multa por minha causa. - Mel disse corada de vergonha assim que o guarda de trânsito se afastou de nós, após me dar uma multa por ficar parado por muito tempo em local inapropriado. -Isso só pode ser praga do meu pai e dos meus irmãos.

E foi impossível não rir da sua conclusão, enquanto dirigia em direção a sede de distribuição dos medicamentos. Sabia por meio das memórias de Melissa, das quais tive acesso por causa do imprinting, que seu pai e seus irmãos além de serem ciumentos haviam frustrado todas as chances dela de beijar alguém ou ter um namorado, mas achar que eles haviam jogado uma praga para que isso nunca acontecesse, era algo inconcebível.

-Ria senhor Thompson, quero ver até quando achará engraçado quando todas as vezes que tentar me beijar alguma coisa atrapalhar. - ela disse séria e sorri feliz por saber que Melissa, ansiava por meus beijos assim como eu pelos seus.

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