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Ultimamente, Rattikarn e eu temos nos revezado para nos visitar. Alguns dias, ela fica na minha casa; nos dias em que ela está ocupada, acabo ficando com ela porque não suporto sentir sua falta. Quando ela está trabalhando, ela se concentra intensamente, e nenhum barulho é permitido. Então, eu deito silenciosamente ao lado dela em um colchão. Às vezes, eu a sinto se inclinando para me beijar, pensando que eu já estou dormindo.

Estamos realmente juntas, sem necessidade de rótulos ou definições. Mesmo que ela viva por regras rígidas, eles são apenas muros que ela ergue. Ela é uma mulher com amor, pequenos mau humores e, às vezes, um pouco brincalhona quando quer afeição.

— O que há de errado?

— Me abrace.

Rattikarn subiu na cama, aninhando-se contra mim. Seu corpo quente era um sinal claro de que ela estava entrando no clima. Para mim, apenas o cheiro de seu perfume me excita instantaneamente, e eu nunca consigo dizer não.

— Hm?  O que é isso... Ah... você...

Eu a surpreendi com um pequeno brinquedo que eu tinha comprado secretamente. Parecia um pequeno chaveiro, mas vibrava como um mini massageador. No momento em que liguei e mirei em seu ponto sensível, seu lindo rosto corou, suas pernas se separaram e seus quadris se levantaram enquanto ela agarrava a cama com força. Ela não resistiu — na verdade, ela pareceu adorar, como seus gemidos abafados indicavam, pressionando seu rosto no colchão para ficar quieta.

— É uma sensação boa, não é, minha garotinha? — Eu a provoquei de brincadeira. — Se você não me disser se gostou, eu paro.

Ela agarrou meu pulso com um olhar que poderia matar.

— Se você tirar, eu vou te deixar.

— Tão assustador — Eu ri, agarrando seu cabelo e mordendo sua orelha para aumentar sua excitação, sabendo exatamente do que ela gostava. — Você não poderia me deixar, você é muito selvagem.

— Sim... Eu sou selvagem — Ela sussurrou, pressionando-se firmemente contra o brinquedo. Temendo que ela chegasse ao clímax muito cedo, eu o puxei para longe e a virei de costas. — Por que você tirou isso? — Ela choramingou.

— Ainda não terminei.

— Idiota!

— Você vai se sentir melhor quando vir o que eu faço a seguir.

Eu me posicionei sobre ela, nossas pernas entrelaçadas como tesouras. Ela olhou para cima com conhecimento de causa, pressionando-se contra mim. Uma mão entrelaçou-se com a minha, e começamos a nos mover juntas, buscando o prazer que ambas ansiávamos.

— Tão bom... tão bom, meu amor — Ela sussurrou sem fôlego. Toda vez que ela perde o controle, ela me chama assim, e isso me deixa louca.

— Quão bom?

— Eu morreria aos seus pés.

Mordi meu lábio, mal coerente, mas tive que testar algo sussurrando suavemente.

— Eu te amo.

"..."

— Eu te amo, Dao.

O som dos nossos corpos juntos e a umidade que compartilhamos só amplificaram a intensidade do momento. O cheiro do nosso amor encheu o quarto enquanto os lençóis se desfizeram com nossos corpos entrelaçados. Terminei primeiro, seguido por ela, e ficamos deitadas lado a lado, olhando para o teto, sem saber quem estava acima ou abaixo.

— Sabe, eu perdi peso. Eu me pesei na frente do 7-Eleven.

— Em uma dessas máquinas de moedas? — Rattikarn se mexeu, pegando seu vaporizador na mesa. Ela clicou algumas vezes, inalando o aroma fresco de menta que brevemente substituiu o aroma da nossa paixão. — Dizem que sexo queima muitas calorias.

No5: Quando sinto seu cheiro (Série Perfumes Vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora