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Não vou mais testar nada. Ter você é o suficiente. Se você não quer ouvir 'eu te amo', eu não vou dizer. Não vou esperar nada. Deixe tudo fluir naturalmente. No final, se eu não aguentar mais, vou embora facilmente.

Mas não posso te culpar. Fui eu quem quebrou a regra que você estabeleceu desde o começo. Você não gosta de ser amarrada. Até mesmo ouvir 'eu te amo' pode fazer você se sentir confinada e sufocada. Desde o dia em que eu disse que não te amaria mais — mesmo que não seja tão fácil quanto eu fiz parecer — eu resolvi fazer isso. Ou mesmo se eu ainda te amar tanto quanto sempre, não vou dizer isso de novo.

— Já é amanhã que você tem o treinamento? Isso surgiu rápido.

Falei enquanto olhava minha agenda para verificar minha agenda e vi que amanhã Rattikarn daria uma sessão de treinamento. Nunca a vi trabalhar com um grupo grande de pessoas antes. Pensando nisso, fiquei um pouco animada por ela.

— Não há como recuar agora, há?

— Por que você iria querer? — Eu ri e olhei para ela enquanto ela fechava seu laptop, tirava os óculos e os colocava na mesa, esfregando seus olhos cansados com uma pitada de preocupação.

— Não estou acostumada a falar na frente de uma grande multidão. A maior parte do meu trabalho é apenas com uma pequena equipe de quatro ou cinco pessoas. Desta vez, são mais de vinte. E se eu não me sair bem?

Ela olhou para mim com um rosto que parecia à beira das lágrimas. Rattikarn, que normalmente nunca vacila, parecia genuinamente nervosa, me fazendo rir afetuosamente.

— Você sempre se saiu bem. Desta vez não será diferente.

— Dê um tapinha na minha cabeça.

Ela se arrastou para fora da mesa como um gatinho, pedindo conforto de brincadeira. Às vezes, ela é adorável demais. Isso me deixa um pouco brava porque parece que ela está fazendo isso para me impedir de seguir em frente. Dei um tapinha gentil em sua cabeça e a abracei forte.

— Você vai se sair bem, como se estivesse dando uma apresentação em sala de aula.

— Eu não era tão boa em apresentações naquela época. O que me fez aceitar esse emprego?

— Hmm... talvez Nui?

Rattikarn olhou para cima com um beicinho.

— Você já sabe. Não aja como se não soubesse.

— Você está dizendo que pegou por minha causa? — Fingi surpresa.

— Se não fosse por você, então por quem mais?

— Uau, me sinto tão especial.

— O que te fez pensar que não foi por sua causa? — Rattikarn se deitou em cima de mim, apoiando o queixo nas mãos enquanto falava.

— Oh, eu não ouso ser tão cheia de mim mesma.

Ela abriu a boca para dizer algo, então fechou, sua expressão mudando quando ela se inclinou para mais perto. Eu podia sentir o que ela estava planejando, então a deixei liderar, até mesmo perguntando de brincadeira.

— A propósito, você terminou seu trabalho?

— Mesmo que não tenha, prefiro estar com você primeiro.

— Uau, agora sou mais importante do que o trabalho?

Nossas roupas começaram a sair até que ficamos apenas com nossas roupas íntimas.  Quando Rattikarn levantou os braços para tirar o sutiã, meu telefone tocou, me fazendo pular um pouco, e eu estendi a mão para dar uma olhada, tentando agir casualmente.

No5: Quando sinto seu cheiro (Série Perfumes Vol.1)Onde histórias criam vida. Descubra agora