Sophie Morgie é uma garota doce, curiosa, inteligente e de boa família. Após ser transferida para o novo internato, junto com seu irmão Jean, belas experiências surgem na vida dela. E situações inexplicáveis também.
Algo de estranho começou acontec...
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Depois da noite maravilhosa que tive ao lado de Thomas, ficamos quase toda manhã deitados na cama olhando para o outro. Os raios do sol iluminavam seu rosto fantasmagórico, eu gostava muito porque a luz não incomodava seus olhos, a cor azul parecia transbordar pelo quarto com sua beleza.
Meus devaneios foram embora quando ouvi Dylan me gritando no andar de baixo.
_ Preciso ir _ disse, dando um longo beijo em Thomas.
Me arrumei e desci as escadas correndo, suplicando por uma notícia do meu irmão.
Entretanto, o que eu encontrei não foi aquilo que buscava.
_ Quem é essa?
Havia uma garota parada ao seu lado. Era bem loirinha de cabelos curtos, com uma boina velha sobre a cabeça. Ela parecia tão tímida quanto Dylan na primeira vez em que nos conhecemos.
Dylan pigarreou e me olhou feio.
_ Me desculpe, não queria soar arrogante _ me corrigi.
_ Esta é a Theodora Hanser, ela é prima de uma conhecida sua, a senhorita Pearl.
_ Sério? Prazer conhecê-la _ disse, apertando sua mão. Ela deu um sorriso tímido e acenou com a cabeça.
_ O prazer é todo meu.
_ Não é por nada Theodora, mas poderia me dizer qual seria o motivo da honra de nos visitar?
O rosto de Dylan parecia ter perdido o brilho.
_ Troquei de quarto com o seu irmão.
_ Hã? Não. Deve ser um engano. _ Olhei para os dois mas nada me responderam. _ Que brincadeira de mal gosto é essa? Por que ele não vai continuar aqui?
_ Calma, Sophie. A senhorita Hanser não tem culpa de nada. Ela veio com o diretor, pelo o que sei Jean explicou que teve um desentendimento conosco e preferiu trocar de casa.
_ O quê? Como ele pôde? Como ele foi capaz?!
_ Eu não sei!
Dylan saiu da sala irritado e nos deixou sozinhas. Havia ficado tão preocupada com Jean mas quem deveria ter uma atenção maior seria Dylan. Qualquer coisa estava fazendo ele ficar de mal humor.
Suspirei chateada com tudo o que estava acontecendo. E a culpa era minha. Se eu soubesse de tudo, nada disso estaria acontecendo. Mas eles resolveram omitir, nem mesmo Tom havia me contado.
_ Ele está bem? _ Theodora perguntou.
_ Vai ficar _ disse. _ Então, Theodora, não é mesmo?
_ Sim.
_ Venha, vou te apresentar nosso quarto.
Eu sabia que mesmo agindo de forma histérica, as coisas não se resolveriam facilmente. Depois que Dylan sumiu da minha vista eu finalmente me conformei.
