Sophie Morgie é uma garota doce, curiosa, inteligente e de boa família. Após ser transferida para o novo internato, junto com seu irmão Jean, belas experiências surgem na vida dela. E situações inexplicáveis também.
Algo de estranho começou acontec...
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_ Senhor Thomas?
Andei em passos lentos em sua direção. Meu corpo tinha sido tomado pela adrenalina, eu não pensei direito quando fiquei de frente para ele.
_ Senhor Thomas, é o senhor? _ Ele não me respondeu, como da última vez. Observava sua fisionomia: era bem alto, os fios loiros iguais do diretor Antony, a única diferença era no corte e tamanho. E os olhos... Eram frios e penetrantes azuis como todos os homens da família Hiddleston.
Pensava que apenas Damian e Antony teriam essa característica sombria, mas ali estava Tom me encarando como um caçador atrás da presa.
_ Estúpida. Você é uma criança estúpida! _ Parecia furioso. Andei para trás, talvez um pouco arrependida do que tinha feito. _ Eu fiz de tudo para você cair na real, mas faz o quê? Volta para se intrometer onde não é chamada.
_ Eu só queria ajudar! Ai céus, eu estou falando com um fantasma. _ Coloquei as mãos sobre as laterais do rosto, girando meu corpo sem compreender mais nada.
_ Então, você pode me ver. _ Ele já havia percebido pois eu estava com os olhos arregalados anteriormente em sua direção.
_ Você parece tão real. _ Quando me virei, ele estava mais ou menos dez centímetros de distância. Pulei de susto.
_ Antes tivesse ficado em sua imaginação. Por que estava me chamando?
_ Eu sei quem é você. Mas não entendo o que aconteceu. Eu só queria descobrir a verdade e você me retribuiu com um susto terrível. Passei dois dias sem dormir direito.
_ Era para seu próprio bem, não tive escolha _ disse, cerrando os dentes com a raiva contida nas palavras.
_ Por que era para meu próprio bem? Seu irmão já morreu, não tem mais com o que se preocupar. As pessoas... Elas acham que o senhor se suicidou. É verdade? _ Ele ficou calado. _ Não é. Eu sabia!
_ Eu não confirmei nada. Fique fora disso!
_ Eu não terminei o diário, eu sei que o pegou. Onde ele está?
_ Na sua casa. Ele nunca saiu de lá desde quando você o levou.
_ Mas aonde? Por favor, me conte _ pedi.
_ Garota, mesmo que saiba da verdade, ela não precisa ser descoberta pelos demais. Não pense que eu tentei, eu fiz isso várias vezes. É difícil encontrar pessoas que me vejam, dei inúmeras dicas para aqueles que não me viam também. Todo mundo falhou. Talvez seja um aviso para mim e para você, que deveria aprender a não se meter onde não lhe cabe.
_ Por acaso, a última moça que se envolveu nessa história foi uma que parou no manicômio? _ Lembrei do que Dylan me disse. _ Meu amigo me contou naquele dia. _ Thomas deu uma curta risada.
_ Não foi seu amigo. Ainda pode chamá-lo dessa forma depois de não reparar no comportamento dele quando estavam sozinhos?
_ Você o possuiu para me alertar? _ Entendia porque ele estava agindo como um velho rabugento. _ Tinha medo que eu ficasse obcecada pelo caso.
