Sophie Morgie é uma garota doce, curiosa, inteligente e de boa família. Após ser transferida para o novo internato, junto com seu irmão Jean, belas experiências surgem na vida dela. E situações inexplicáveis também.
Algo de estranho começou acontec...
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Fiquei parada no caminho entre os dois sem saber o que falar e como se andava. Virei a cabeça lentamente para olhar Thomas, ele parecia da mesma forma que eu. Depois voltei meu olhar para o diretor novamente, esperando que ele desse a primeira palavra.
Mas, o diretor Antony nos olhava de forma curiosa com suas sobrancelhas erguidas. Fingi não entender a tensão ao redor, olhando diretamente para o cabelo loiro escuro perfeitamente alinhado com gel.
_ Querem me dizer alguma coisa? _ perguntou, ainda sem entender nada do que estava acontecendo.
_ Diretor, não queria ser tão rude mas... o senhor está interferindo o caminho para o senhor Floch passar _ disse. Me perguntava de onde havia tirado tanta coragem.
_ Ah... me desculpem. Eu não fazia ideia. _ Senti sua ironia nas palavras. _ Também já estava de passagem, então não seria um problema passar depois que eu tivesse saído.
_ Sem problemas. _ O diretor estendeu o braço em direção à porta para que "Dylan" passasse. Thomas saiu de seu transe, parando ao lado de Antony. Notei tão rapidamente que ele travou o maxilar quando olhou para mim.
_ Te vejo mais tarde. _ E fechou a porta.
Quando o encontrasse no intervalo, iria dar um belo de um sermão em Thomas, foi o que primeiro havia pensado. Porém, quando olhei o diretor seguindo seu caminho comecei cair na real.
Aquele homem era uma grande lembrança de sua antiga vida, e ainda por cima, seu sobrinho.
Senti uma raiva subir no peito como nunca senti antes por alguém. Então pude sentir o mesmo sentimento que Thomas sentiu quando o viu ali agindo como se não soubesse do crime que o próprio pai cometera com seu tio. Um tio que o amava como se fosse seu próprio filho.
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O refeitório era apenas utilizado em horários do lanche e do almoço. No entanto, era um dos horários em que eu mais via os alunos todos reunidos.
As mesas bem próximas das outras ajudava o contato com os alunos do lado. Muita conversa e brincadeira, como qualquer colégio acadêmico. Eu gostava do contato humano, de observar o comportamento das pessoas. Dylan uma vez me disse que eu era apta para exercer a psicanálise.
