• Faye •
Todos esses dias que se passaram foram um saco. Lidar com o luto mais uma vez, e o pior é a culpa que me invade toda vez que deito a cabeça no travesseiro. A morte da Lua foi minha culpa, e tenho certeza de que, se ela estivesse aqui, estaria decepcionada comigo. Dói, mas é a verdade.
Eu poderia me afastar do trabalho e me afundar na cama por dias. Na verdade, fiz isso por duas semanas, mas depois decidi voltar ao trabalho e me afundar nos problemas da empresa. Quanto à fita, ainda estão investigando o que aconteceu com minha tia, e estou fugindo de saber sobre isso. Disse que só quero saber se encontrarem o culpado. Tenho que poupar um pouco minha saúde mental.
Entro no elevador e clico no botão do terceiro andar. Depois de alguns segundos, a porta se abre, e eu saio da caixa metálica, entrando no corredor silencioso, ouvindo somente meus passos.
Ao virar o corredor, vejo Rio entrando na minha sala e me aproximo devagar, entrando e fechando a porta atrás de mim. Ela me olha, mas não parece surpresa. Faz um bom tempo que não converso com ela.
— Bom dia. — Ela fala, desviando o olhar para a pasta em sua mão.
— Bom dia. — Me aproximo da mesa.
— Precisa de algo? — Pergunto.
Ela assente.
— É... eu sei que tá cheio de problemas e não quero ser um deles, então acho melhor me virar com isso.
— Isso o quê? — Falo, curiosa.
— Bom... no final do mês vai ter um desfile na faculdade, e eu fiquei responsável por organizar e achar modelos para as roupas dos alunos. — Ela fala sem me olhar.
— E... você quer ajuda com isso? — Pergunto, tentando entender.
Ela assente.
— Na verdade, pensei em você patrocinar o desfile. — Ela levanta.
— Mas não precisa aceitar agora, pense e depois me dá a resposta. — Ela deixa o envelope na mesa e se afasta para sair.
Encaro o envelope, sentindo que não iria conseguir negar isso.
— Rio. — A chamo antes de sair e ela me olha.
— Se eu for a patrocinadora do desfile e for um sucesso, você pode... mudar de vaga? — Pergunto, me aproximando mais dela.
Ela se aproxima novamente.
— Do que está falando?
— Você ser a estilista principal da minha marca de roupas. O que acha? — Falo, um pouco incomodada por ela não me olhar diretamente. Então pego o seu queixo levemente, fazendo-a me olhar.
— Por que está evitando me olhar?
— Porque quero acabar com esse sentimento... — Ela é direta, mas parece arrependida logo em seguida.
Penso: "Então vou fazer acabar com isso." Mas, é claro, não foi de propósito.
É, isso doeu,Mas apenas fico em silêncio. o que eu posso fazer? Rio tem o direito de seguir a vida dela. Mas só de pensar que outra pessoa pode entrar na sua vida e fazer o que eu deveria estar fazendo... sinto falta de ar.
— Eu... aceito! — Ela me pega de surpresa e sorri, estendendo a mão. Eu a pego, balançando lentamente para cima e para baixo. Dessa vez, ela me olhava nos olhos e eu juro que senti um choque quando nossas mãos se tocaram. Coisa de filme clichê? Talvez.
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Estou voltando aos poucos depois de uns dias de bloqueio criativo. Deixa estrelinha se querem ler até o final quem sabe eu animo?né
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MINHA AFILHADA IRRESISTÍVEL /LÉSBICA FAYE PERAYA
RomanceRio cresceu no orfanato lúpus,após viajar para Tailândia ela consegue alugar um quarto em uma casa de uma mulher muito atraente. Só não esperava que essa pessoa a conhecesse.