•Faye•
— Então, na semana que vem, assim que as peças novas chegarem, eu mando as fotos para vocês, tá? Obrigada pela atenção, pessoal. Até logo. — Digo, acenando, e encerro a reunião.
Me espreguiço, levanto e pego minha bolsa. Ao abrir a porta, dou de cara com Cléo, que estava com a mão levantada e fechada, prestes a bater na porta.
— SURPRESA! — Ela diz, sorrindo. Nos abraçamos.
— Você voltou! Já estava com saudade. — Comento, enquanto saímos da sala.
— Voltei para ficar! — Ela responde, quase surtando.
— Sério? Vai morar comigo, né? — Pergunto, enquanto caminhamos até o elevador.
— Sim, se não for um incômodo.
— De jeito nenhum! Vai ser uma tentação morar só com a Rio. — Digo, rindo, enquanto entramos no elevador.
— Imagino. — Ela responde, e eu aperto o botão para o último andar.
— Aliás, vamos buscar ela, né?
— Ainda está mantendo distância?
— ... Um pouco. Na verdade, é bem difícil ignorar a presença dela. Não sei se gosto da ideia de ela ser minha afilhada.
— Ela é Faye, e está segura com você, mesmo que você não acredite nisso.
— Tenho outros problemas, Cléo. Mataram a pessoa preferida da Lua por minha culpa. Por causa daquela maldita fita. — Bufo, frustrada.
— Eu nunca vou saber quem fez aquilo comigo. — A porta se abre, e vejo Endi na nossa frente, esperando.
— Oi, gente. — Endi diz, sorrindo.
— Oi. — Cléo acena.
— Vai sair já, Faye? — Fah pergunta.
— Sim. Se precisar de algo, me liga. — Passo reto, com Cléo ao meu lado.
— Eu não sei... mas sempre fico com um pressentimento ruim quando vejo elas. — Cléo diz, quase como um sussurro.
— Você estava no dia do meu quase assassinato?
— Não. Cheguei bem no final, e não vi nada. — Ela fala, irritada por isso.
Suspiro, passando a mão pelo rosto.
— Ok, chega. Não quero mais pensar nisso. — Cléo apenas assente, e saímos do prédio.
Já no carro, seguimos para a faculdade. Faltavam dois minutos para chegar quando meu celular toca.
— Cléo, atende pra mim, por favor. — Ela abaixa o som e pega o celular.
— É sua mãe. — Ela atende e coloca no viva-voz.
— Oi, mãe. — Digo, parando no sinal vermelho.
— Filha, tenho péssimas notícias: o diabo está vivo.
— O quê? — Tento processar a informação.
— Vem para a minha casa, estou te esperando. — Ela desliga antes que eu possa dizer qualquer coisa.
— Agora, isso... — Suspiro, virando o quarteirão e parando em frente à faculdade.
Buzino ao ver o grupo de longe, e elas se aproximam.
— Carona! — Keneka diz, sorrindo.
— Eu... vou a pé. — Rio diz, se afastando.
Suspiro, desligo o carro e saio.
— Por que vai a pé? — Pergunto, me aproximando dela.
— Vou sair com uma pessoa. — Ela me entrega a bolsa.
— Vai vir te buscar? — Pergunto.
— Sim. — Ela assente.
— Tá. — Me viro para voltar ao carro.
— Vou chegar tarde. — Ela avisa, e eu sigo para o carro novamente.
Entro e coloco o cinto.
— Você conhece a pessoa com quem ela vai sair, Kene?
— Não, ela não me falou nada. — Diz, olhando para Rio, que mexia no celular.
Bufo e ligo o carro, dando partida.
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Endi
— Alô?
— Venha para a casa da Faye agora. — A voz feminina diz e desliga.
— Quem era? — Fah pergunta, tentando pegar meu celular, mas eu me afasto.
— Não sei. Parecia ser a mãe da Faye.
— Ah, tá.
— Eu vou lá. — Falo, apressada.
Pego a moto da Fah, já que ela estava de carro. Quando chego em frente à casa, vejo a senhora Ladda.
Estaciono a moto, tiro o capacete e o coloco no guidão. Desço da moto.
— Olá, senhora Ladda. — Sorrio.
— Endi, querida, quanto tempo. — Nos cumprimentamos com um abraço.
— Faye não sabe que você está aqui. Que bom que chegou primeiro. Preciso de ajuda.
— Pode falar, senhora.
— Quero que você ajude a Faye a descobrir quem tentou assassiná-la naquele dia. Sei que você sabe quem foi, Endi. Se você me ajudar, eu convenço ela a casar com você.
Sério? Não posso aceitar isso, Fah me mataria. Mas, ao mesmo tempo, quero muito voltar com a Faye. O que eu faço?
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Ainda estou com bloqueio criativo, mas se a história alcançar 100 curtidas e 800 visualizações, prometo postar todos os dias. Obrigada por ler!
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MINHA AFILHADA IRRESISTÍVEL /LÉSBICA FAYE PERAYA
RomansaRio cresceu no orfanato lúpus,após viajar para Tailândia ela consegue alugar um quarto em uma casa de uma mulher muito atraente. Só não esperava que essa pessoa a conhecesse.