27. Ela cedeu

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• Faye •
Eu olho para Endi com uma expressão desconfiada enquanto saio do carro, surpresa por vê-la ali. Aproximo-me de minha mãe, cruzando os braços.
— Quem voltou? — Pergunto diretamente.

— Calma, filha. Endi está aqui. Não vai cumprimentá-la?

Olho para Endi e, de forma breve, aceno com a cabeça.
— O que você está fazendo aqui?

— Sua mãe queria me ver. — Ela responde, abraçando Ladda.

— Pode ir agora. — Destranco o portão.

— Ela vai ficar. Tem algo importante que precisa me contar também.

Olho para Ladda, controlando a irritação. Assinto com a cabeça e abro o portão, entrando em casa. O som do portão se fechando atrás de mim ecoa enquanto sigo até a porta e a abro. Caminho até a sala, onde elas já se acomodam no sofá, sentando uma ao lado da outra.

— Então, eu consegui convencer a Endi a revelar quem mandou te assassinar. — Ladda diz, me encarando.

Olho para Endi, que parece hesitar, desviando o olhar para o chão.
— Então, quem foi? — Pergunto, chamando sua atenção.

— Eu só conto se... a gente voltar a namorar. — Endi se levanta e se senta ao meu lado. Fico imóvel, incrédula.

— Não acredito no que estou ouvindo. — Digo, minha voz saindo baixa e tensa.

— Eu sabia que havia algo errado com isso. A resposta, você já sabe, Endi. — Aponto para a porta.

— Calma, filha. Você precisa pensar com calma. Endi pode te ajudar, mas precisa casar com ela. Você prefere isso ou ver mais alguém morrer?

— Eu não vou cair nisso, mãe. Não vou. — Respiro fundo e volto meu olhar para Endi, ainda incrédula.

— Sempre estranhei o fato de Endi se recusar a me contar algo que parece ser para o meu bem. Não me surpreenderia se você estivesse por trás disso.

— Faye! Como você pode acusá-la assim?

— Porque está ao lado dela, mãe. — Respondo, irritada. — Eu não vou voltar com ela, não a amo mais. Na verdade, nunca a amei. Aquilo foi apenas uma desculpa para me livrar de você, Endi. Satisfeita? — Sorrio de forma sarcástica.

— Faye, o pai da Rio voltou. — Ladda diz, de repente. As palavras dela reverberam na minha mente como um eco: "O pai da Rio... ele voltou."

— Isso é outro assunto e Endi não tem nada a ver com isso.

— Eu sou hacker. Posso rastrear onde ele está. — Endi se oferece, aparentemente tentando ajudar.

— Filha, pensa bem. Você quer que tudo se resolva, não quer?

Respiro fundo, cansada da conversa.

— Tá, vocês venceram. — Digo, irritada, sem querer mais discutir.

— Mas não pense que isso vai fazer com que eu te ame, Endi. Eu tentei por anos... E adivinha? Foi impossível. — Dou uma última olhada em Endi antes de subir as escadas e me trancar no quarto.

De cabeça cheia, lanço alguns objetos sobre a mesa. Que droga!

•Endi•

— Meu Deus... Eu não acredito que ela cedeu! Finalmente, meu sonho vai se realizar, vamos nos casar!- Falo dando pulinhos.

— Já sabe o local que quer casar? — Ladda pergunta, sentando ao meu lado.

— Não... Vamos escolher juntas? — Respondo, com um sorriso nos lábios. Ela assente e eu pego o celular, já pensando nas possibilidades.

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MINHA AFILHADA IRRESISTÍVEL /LÉSBICA FAYE PERAYAOnde histórias criam vida. Descubra agora