•Keneka•
Estou estudando porque terça-feira tenho prova. Fah não está em casa; ultimamente, ela tem saído muito, mas não me importo de ficar sozinha.
Bufando, viro a página do livro.
— Estudar na cama é desconfortável e acaba com a minha coluna — penso em voz alta, me espreguiçando.
— E se eu... — Sorrio, pego minhas coisas, levanto e saio do quarto. Paro em frente ao escritório da Fah e abro a porta.
— Uau, aqui é bem chique — comento, colocando os cadernos sobre a mesa. Sento na cadeira giratória e começo a rodar.
Olho para o computador dela e o ligo. Preciso fazer uma pesquisa, e meu celular está desligado. Assim que o computador liga completamente, vejo que ele tem senha.
— Tá, deve estar por aqui — digo, mexendo em alguns papéis que não me interessam. Pego uma agenda e abro.
— Será que estou sendo intrusa demais? — Penso, dando de ombros enquanto leio algumas anotações que não consigo entender.
— Senha do computador, cadê? Não é possível que ela não tenha escrito em lugar nenhum... — Deixo a agenda de volta, levanto para pegar meu celular e dou três passos até ouvir um barulho de algo caindo. Olho para trás e vejo um vaso muito chique agora despedaçado no chão.
— Se ela não ia me matar antes... vai me matar agora... droga! — Olho ao redor, desesperada, até meu olhar parar em um buraco na mesa, uma fechadura. Parece um compartimento secreto, algo que eu não deveria saber, mas agora sei. Mas o que ela poderia esconder aqui? Vou abrir só para dar uma espiadinha.
— ...a chave, claro. — Olho ao redor, pensando. Onde a Fah esconderia a chave? Seria coisa de filme se estivesse no vaso.
Me aproximo dos pedaços de vidro no chão e começo a mexer. Encontro algo. Bom, não sei o que é, mas vamos ver.
Pego a chave, coloco na fechadura e giro. A portinha abre praticamente sozinha, e eu vejo o que está dentro: uma fita?
— Tá, você já foi longe demais, Keneka. — Falo para mim mesma, fechando a porta e deixando a chave no chão. Ela não precisa saber que eu abri.
•Rio•
Estou no escritório da Faye durante o intervalo, ainda na missão de escolher os desenhos dos alunos, até ouvir alguém bater na porta.
— Pode entrar — falo, separando os papéis que foram aprovados.
Xxx: Olá... A Faye não chegou?
— Ela saiu para fazer algo lá embaixo — olho para a mulher.
Xxx: Ah, sim. Eu sou da área de estilo. Ela me pediu para te ajudar a escolher.
— Ah, claro. Qual é o seu nome?
— Ji-na — ela sorri.
— Ah, pode sentar aqui. — Retiro minha bolsa da cadeira ao meu lado e ela se senta.
Explico para ela quais peças vão para o desfile, as que são para a formatura e mostro as que ainda precisam ser decididas.
— Fique à vontade para decidir, e se tiver alguma dúvida, pode me falar, ok?
— Tá bom. — Ela acena com a cabeça e voltamos ao foco. Me levanto para pegar um copo d'água até ouvir a porta se abrir.
Xxx: O que estão fazendo aqui? — Olho e vejo uma mulher nos encarando.
— Conhece o "bater na porta" antes de entrar?
— A Faye não está aqui, e eu não preciso bater na porta.
Reviro os olhos e me sento, bebendo minha água.
— Aonde ela foi?
— Não sei — respondo, indiferente.
— Já não está na hora de voltar ao trabalho?
— Ah, está na hora de você cuidar do seu e me deixar em paz — falo, impaciente.
— Mal educada — ela resmunga, antes de sair rebolando.
— Eu acho que você está encrencada — Ji-na fala, balançando a cabeça.
— Ah, quem ela pensa que é? A dona da empresa... eu, hein. — Viro o copo de água e pego o controle do ar-condicionado, diminuindo a temperatura.
•Kel •
Estava mexendo no meu celular, vendo as fotos que tenho com minha mãe. Rorry saiu dizendo que tinha uma reunião para ir na delegacia. Essa é minha deixa para ligar para minha mãe.
Respiro fundo, já sentindo vontade de chorar, mas seguro porque preciso falar com ela.
Clico no contato dela e espero ela aparecer na chamada de video.
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Não vai quebrar o dedo se deixa uma estrelinha 🌟
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MINHA AFILHADA IRRESISTÍVEL /LÉSBICA FAYE PERAYA
RomanceRio cresceu no orfanato lúpus,após viajar para Tailândia ela consegue alugar um quarto em uma casa de uma mulher muito atraente. Só não esperava que essa pessoa a conhecesse.