Isabel, uma jovem de 21 anos que tenta se encontrar em meio às dificuldades da vida, vê sua rotina virar de cabeça para baixo ao aceitar um emprego em uma empresa renomada. A oportunidade surge através de uma amiga, quando Isabel está no fundo do po...
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Na manhã seguinte, eu estava de volta à minha rotina. O escritório estava novamente cheio de vida, com as pessoas chegando e se acomodando, como se nada tivesse acontecido. Eu tentei me concentrar em minha mesa, em meus papéis, mas algo havia mudado. O olhar de Daniel na noite anterior, a proximidade, o sorriso sutil… tudo parecia tão… carregado de significado agora.
Eu não sabia o que pensar. Ele ainda não havia dito nada diretamente sobre o que acontecera entre nós dois, mas sua presença era inconfundível. De alguma forma, ele sabia como fazer com que eu me sentisse como se tudo o que eu fazia fosse uma preparação para o próximo passo. Eu não sabia se estava pronta para isso, mas, no fundo, sabia que não havia volta. Ele tinha plantado uma semente.
Eu estava tentando me manter ocupada, mas meu corpo estava em alerta, como se ele estivesse sempre por perto. E, claro, ele apareceu. Como se tivesse surgido do nada, ele estava ali, em minha mesa, observando o meu trabalho, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
“Você fez o relatório que pedi?” ele perguntou, os olhos fixos em mim. Não havia a mínima leveza em sua voz, mas algo mais pesado, quase como uma cobrança silenciosa.
“Sim, senhor,” respondi, tentando não deixar transparecer o nervosismo em minha voz. “Está tudo pronto.”
Ele não se movia, apenas me observava com uma expressão difícil de ler. Eu não sabia se ele estava satisfeito ou se me desafiava a fazer mais. Havia algo em seu olhar que me fazia sentir vulnerável, e eu não sabia como reagir a isso.
“Então venha até a minha sala. Quero dar uma olhada no que você fez.”
Eu me levantei sem pensar. Algo em seu tom me forçava a fazer o que ele dizia, como se fosse uma ordem, mesmo que velada. Caminhei até sua sala, e a tensão no ar era quase palpável. Quando ele fechou a porta atrás de nós, a sensação de estar sozinha com ele se tornou ainda mais intensa. Não era apenas a empresa que me sentia cercada, mas ele também.
Sentamos, e ele pegou o relatório, virando as páginas com um olhar crítico. Eu não ousava respirar muito alto. Cada movimento dele parecia medido, cuidadoso, como se ele estivesse decidindo o próximo passo em um jogo em que eu não sabia as regras.
“Você fez um bom trabalho, querida,” ele disse finalmente, com um sorriso que me fez perder um pouco a compostura. “Mas vejo que está cansada. A última noite foi um pouco longa para você, não foi?”
Eu olhei para ele, tentando manter a calma. Mas a verdade era que eu estava exausta. Eu sabia que ele não se referia apenas ao trabalho. Ele estava falando sobre a noite anterior, sobre a tensão entre nós, sobre algo que não conseguíamos mais ignorar.
“Estou bem,” respondi, tentando parecer convincente. “Só… tentando me ajustar à carga de trabalho.”
Ele inclinou-se para frente, colocando as mãos na mesa com um movimento que me fez prender a respiração. Eu não sabia o que ele ia dizer, mas sentia que era mais uma daquelas provocações disfarçadas de conversa casual.
“Eu sei que não é fácil, querida. Mas todos nós temos nossas maneiras de lidar com isso,” ele disse, os olhos nunca saindo dos meus. “Alguns têm o trabalho, outros… têm distrações.”
A palavra “distrações” caiu no ar, e eu sabia que ele estava se referindo a algo muito mais pessoal. Algo que envolvia mais do que relatórios e prazos. Algo que estava entre nós, como uma linha invisível que nunca tínhamos falado, mas que estava ali, entre cada troca de olhares e cada gesto que compartilhávamos.
Eu não sabia o que ele queria, e não tinha ideia de como reagir a isso. Eu queria sair dali, voltar ao meu trabalho e esquecer que essa conversa sequer existia. Mas, por alguma razão, eu não consegui. Algo em mim queria mais. Mais daquelas palavras, mais daquelas provocações, mais daquele calor que ele conseguia trazer para o ar.
Eu me levantei, tentando romper o clima carregado. “Vou voltar ao trabalho, senhor.”
Mas ele não deixou. Sem mais palavras, ele se levantou também, vindo até mim. Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, ele estava ao meu lado, tão perto que eu podia sentir seu calor, seu cheiro.
“Eu disse que você precisa relaxar, querida,” ele murmurou, e antes que eu pudesse reagir, ele me puxou para mais perto, sua mão deslizando para a minha cintura. O contato foi breve, mas intenso, e quando ele se afastou, eu estava tonta, sem saber o que fazer.
Eu não sabia o que estava acontecendo, mas uma coisa era certa: eu estava começando a me perder.
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