A invasão

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Capítulo 16 - A Invasão

A semana seguinte foi um mar de tensões e pequenos detalhes que se acumulavam, como se o destino estivesse preparando um palco para o maior espetáculo de nossas vidas

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A semana seguinte foi um mar de tensões e pequenos detalhes que se acumulavam, como se o destino estivesse preparando um palco para o maior espetáculo de nossas vidas. Clara não havia desistido. Ela usou todos os recursos que tinha à disposição para tentar forçar Daniel a voltar atrás, mas ele não se deixou abalar. Para ele, a luta estava apenas começando, e não importava o quanto ela tentasse, ele sabia o que queria: a liberdade. E eu.

Mas as ameaças de Clara começaram a se materializar de maneira mais concreta. Um dia, ao chegar ao escritório, fui recebida por uma atmosfera estranha. As pessoas ao meu redor falavam em sussurros, lançando olhares furtivos em minha direção. O clima havia mudado. Algo estava prestes a acontecer.

Quando entrei em minha sala, encontrei um envelope sobre a mesa. Era um envelope simples, sem nome, mas com uma sensação de urgência em seu formato. Eu sabia que não era uma correspondência comum, e, ao abrir, meu estômago se revirou. Dentro do envelope, havia uma foto. Uma foto minha e de Daniel. Uma foto tirada em um dos nossos encontros secretos.

A foto era clara: nós dois, em um restaurante, visivelmente íntimos, com Daniel me olhando de uma maneira que só ele poderia olhar. A tensão entre nós na imagem era palpável. Eu sabia que, se aquela foto caísse nas mãos de alguém errado, nossas vidas seriam destruídas. Clara sabia disso também. Ela estava jogando o seu jogo sujo, e a guerra estava oficialmente declarada.

Eu senti meu corpo se esticar, e uma onda de pânico tomou conta de mim. Como ela conseguiu essa foto? Quem mais sabia? Uma coisa era certa: Clara não estava mais disposta a perder Daniel sem lutar até o fim. E eu era o alvo.

Respirei fundo e, em um impulso, peguei o telefone. Não havia mais como esconder a verdade, e a única pessoa que poderia me ajudar naquele momento era ele.

"Daniel," falei, minha voz tremendo, "você precisa vir aqui agora."

Do outro lado da linha, a voz dele soou grave, sem dúvida sentindo a tensão em minha voz. "O que aconteceu, Isabel? Está tudo bem?"

"Não," respirei fundo, tentando controlar a ansiedade. "Olha o que ela fez. Ela tem uma foto nossa. Uma foto que pode destruir tudo. Ela sabe, Daniel. Ela sabe de nós."

Houve um silêncio por um longo momento. Quando ele falou, a voz estava mais dura, mais decidida.

"Eu vou para aí agora. Não se preocupe, Isabel. Isso não vai sair do controle. Eu vou dar um jeito nisso."

Desliguei, e minha mente começou a girar em torno das consequências. A foto era uma ameaça visível, mas não era só isso. Era a prova de que a nossa relação estava prestes a ser exposta, e quando isso acontecesse, não haveria mais volta.

Minutos depois, Daniel entrou no meu escritório. Ele estava visivelmente irritado, mas ao mesmo tempo, o olhar que me dirigiu era de proteção, como se ele quisesse me dizer que tudo ficaria bem, mesmo que soubéssemos que nada mais seria fácil.

"Eu sabia que ela não ia desistir," disse ele, pegando a foto de minha mão e olhando com uma expressão de desprezo. "Ela pensa que pode nos destruir com isso. Mas, acredite, Isabel, ela está apenas começando a perder o controle."

Eu tentei respirar profundamente, mas a ansiedade ainda me dominava. "O que vamos fazer, Daniel? Ela não vai deixar barato. Isso vai se espalhar rapidamente."

Daniel olhou para mim com um olhar penetrante, e sua presença parecia me acalmar, mas ao mesmo tempo, me dava um alerta de que tudo havia mudado. Ele estava resoluto, mais do que nunca.

"Agora, é o momento de jogar o nosso jogo," disse ele. "Se ela quer jogar sujo, vamos jogar mais sujo ainda. Vamos controlar essa situação, e, ao invés de recuar, vamos atacar."

Eu o olhei, sem saber se estava preparada para o que ele estava propondo. "Atacar como?"

"Vamos tirar o controle da mão dela," disse ele, com um sorriso frio. "Vamos colocar a nossa história na frente de todos. Não vai haver mais segredos. Se ela quiser brigar com a gente, vamos fazer com que todo o mundo saiba a verdade. Vamos expor tudo."

Eu sabia que Daniel estava tomando uma decisão arriscada, uma decisão que mudaria para sempre a dinâmica da nossa relação, da nossa carreira e, possivelmente, da forma como as pessoas nos veriam. Mas ele estava decidido, e, no fundo, eu sabia que não havia mais como voltar atrás.

"Está pronto para isso?" perguntei, a voz baixa, mais do que um questionamento, era uma tentativa de entender até onde ele estava disposto a ir.

"Sim," disse ele, com a certeza de quem já havia aceitado as consequências. "Porque agora não há mais volta. Ou ela nos derrota, ou nós derrotamos ela."

E, com isso, a linha entre o certo e o errado, o amor e o medo, começou a se dissipar. Não estávamos mais no controle de nossas vidas. Estávamos em um jogo onde as regras mudavam a cada minuto, e quem decidisse ser mais ousado, mais determinado, venceria.

Eu olhei para Daniel, e pela primeira vez, entendi que, no final, essa escolha nos consumiria de formas que nem ele nem eu poderíamos prever.

Eu olhei para Daniel, e pela primeira vez, entendi que, no final, essa escolha nos consumiria de formas que nem ele nem eu poderíamos prever

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