Consequências

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Capítulo 9 - Consequências

A manhã seguinte foi um borrão de sentimentos contraditórios

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A manhã seguinte foi um borrão de sentimentos contraditórios. Eu acordei em minha cama, mas minha mente estava distante, vagando pelo que havia acontecido entre mim e Daniel. A lembrança do beijo, da intensidade que nos consumiu, ainda estava fresca em meus lábios. Eu queria esquecer, queria voltar atrás, mas sabia que isso não seria possível. Havia cruzado uma linha, e agora não sabia como voltar ao ponto de partida.

Eu me levantei da cama, tentando me concentrar em algo simples, algo que me fizesse esquecer o que acontecera. O trabalho era a única coisa que ainda me dava algum sentido. Mas, como sempre, Daniel estava lá, invisível, pairando sobre tudo o que eu fazia, como uma sombra inescapável.

No escritório, a sensação era ainda mais sufocante. O olhar de Daniel parecia estar em todos os lugares, mesmo quando ele não estava presente. E quando ele finalmente apareceu naquela tarde, eu soube que ele estava me observando, aguardando minha reação.

“Bom dia, Isabel,” ele disse com aquela voz suave, mas que tinha algo de autoritário, como se ele já soubesse o que acontecera durante a noite. Ele estava ciente de tudo. E eu sabia que ele sabia.

“Bom dia, Daniel,” respondi, tentando soar normal, mas minha voz estava carregada de um nervosismo que eu não conseguia esconder. Eu queria parecer calma, mas era impossível. Havia uma tensão no ar, uma expectativa que pairava entre nós, esperando para explodir.

Ele se aproximou de minha mesa, e seu olhar fixo em mim fez meu coração acelerar. Eu sabia que ele estava esperando por algo, por uma reação minha. Ele queria que eu falasse, que eu me entregasse ao que havia acontecido, mas eu não sabia o que dizer. Como eu poderia explicar o que tinha acontecido, se eu mesma não entendia completamente?

“Isabel,” ele começou, com um tom mais sério agora. “O que aconteceu entre nós ontem à noite não foi apenas um acidente. Eu sei o que você está sentindo, e sei que você também está se questionando. Mas não há mais volta. Você sabia disso quando me deixou te beijar.”

Eu tentei manter a calma, mas cada palavra dele parecia me desestruturar ainda mais. Ele estava certo, eu sabia que não havia mais volta. Mas isso não significava que eu estivesse pronta para lidar com as consequências de nossos atos.

“Eu… não sei o que aconteceu,” comecei, minha voz quase falhando. “Eu não planejei isso. Não era o que eu queria.”

Ele sorriu, mas não de uma maneira que fosse reconfortante. Era um sorriso sabendo, como se ele já soubesse o que se passava em minha mente, como se ele tivesse o controle de tudo.

“Você não está mais no controle, Isabel. E é isso que você tem que aceitar. Eu sei o que você quer. E você sabe o que eu quero.”

Eu tentei afastar os pensamentos que estavam me consumindo. O que ele estava dizendo fazia sentido, mas eu não sabia como lidar com isso. Como eu deveria agir agora? Estávamos em um ponto sem retorno, mas a ideia de nos envolvermos ainda parecia perigosa, arriscada, e eu não sabia até onde eu seria capaz de ir.

“Daniel…” comecei, mas ele me interrompeu antes que eu pudesse continuar.

“Não diga mais nada, querida,” ele disse, com uma suavidade na voz que me desconcertou. “Você não precisa dizer nada. Eu sei que você está com medo, e sei que isso te assusta. Mas não se preocupe. Eu não vou te forçar a nada.”

Eu o encarei, tentando entender o que ele queria dizer com aquelas palavras. Eu estava em um turbilhão de emoções. Medo. Desejo. Culpa. Tudo misturado, e eu não sabia como lidar com isso.

Ele se inclinou um pouco para frente, seus olhos fixos nos meus. “Você é minha, Isabel. Não importa o que aconteça, eu vou ter você. E você vai se acostumar com isso.”

A maneira como ele disse aquilo me fez tremer. Era como se ele tivesse marcado um território, algo que já me pertencia. Eu não sabia se era uma promessa ou uma ameaça, mas de alguma forma, aquilo me fazia sentir mais fraca.

E ali, naquele momento, em meio a todos os nossos jogos de poder, eu sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. As consequências de nossas ações estavam se desenrolando diante de mim, e eu já não sabia mais como sair dessa.

 As consequências de nossas ações estavam se desenrolando diante de mim, e eu já não sabia mais como sair dessa

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