Isabel, uma jovem de 21 anos que tenta se encontrar em meio às dificuldades da vida, vê sua rotina virar de cabeça para baixo ao aceitar um emprego em uma empresa renomada. A oportunidade surge através de uma amiga, quando Isabel está no fundo do po...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Os dias seguintes passaram lentamente, mas de maneira insuportável. Tudo que acontecia parecia estar girando em torno de mim e de Daniel, como se o resto do mundo tivesse desaparecido. Eu não conseguia me concentrar em mais nada. O trabalho, que antes era minha única fuga, agora era apenas mais um lembrete do que acontecia entre nós. A tensão entre mim e ele, invisível para os outros, era palpável para nós dois.
Eu o via o tempo todo, não importa onde eu estivesse. Nos corredores, nos e-mails que trocávamos, nos sorrisos disfarçados que ele me dirigia quando passava pela minha mesa. Cada pequeno gesto dele me desestabilizava mais. Ele tinha essa maneira de fazer com que tudo ao meu redor perdesse a importância, como se o único foco fosse ele, e tudo o que ele queria.
Naquela tarde, ele apareceu na minha sala de novo, e logo percebi que algo estava diferente. Ele estava mais sério, mais intenso do que nunca. E, quando entrou, fechou a porta atrás de si com uma calma que me fez tremer.
“Isabel,” ele disse, sua voz carregada de algo que eu não soubera identificar. “Precisamos conversar.”
Eu parei o que estava fazendo e levantei os olhos para ele, sentindo o peso de suas palavras. O que ele queria agora? Já havia ficado claro para mim o que ele queria, mas algo em seu tom me fez pensar que as coisas estavam prestes a ficar mais intensas.
“Sobre o quê?” tentei parecer calma, mas minha voz traiu meu nervosismo.
Ele avançou até minha mesa, seu olhar fixo em mim, inquebrantável. “Sobre nós dois,” ele disse, com uma seriedade que me fez engolir em seco. “O que aconteceu entre nós não pode continuar como se fosse uma simples aventura. Eu não sou do tipo que fica jogando com coisas assim. E você também não é, Isabel. Eu sei que você sabe disso.”
Eu não sabia o que dizer. As palavras estavam presas na minha garganta. Eu sabia que não poderia mais negar o que havia entre nós, mas também sabia que não estava pronta para dar o passo que ele estava sugerindo. Eu estava em um campo minado, e cada passo que eu desse poderia ser o último.
“Eu não sei o que você espera de mim, Daniel,” finalmente falei, tentando me firmar. “Eu não sei o que é isso, ou o que você quer que seja.”
Ele deu um sorriso, mas não era um sorriso de quem estava se divertindo. Era um sorriso de alguém que já tinha tomado uma decisão. “Eu sei exatamente o que eu quero, Isabel. Eu quero você. Completamente. Não posso mais negar isso. E você também não pode.”
Eu senti uma onda de nervosismo tomar conta de mim. Ele estava falando sério. E, pela primeira vez, percebi que ele não estava mais brincando. Ele estava me envolvendo em algo que, embora eu soubesse ser perigoso, também me atraía como uma chama que consome.
“E sua esposa?” perguntei, a voz quase saindo num suspiro, sem querer realmente ouvir a resposta. “O que vai acontecer com ela?”
A expressão de Daniel se endureceu por um segundo. “Meu casamento está uma farsa, Isabel,” disse ele, com uma frieza que me fez estremecer. “Eu já te disse isso antes. Estou preso a ela por questões financeiras e de imagem. Não há mais nada entre nós. Nada real.”
Eu senti uma pontada de algo que eu não sabia identificar. Era uma mistura de alívio e raiva, talvez. Eu não queria que ele estivesse casado, mas, ao mesmo tempo, sabia que isso tornava tudo ainda mais errado. Eu não queria ser a mulher que destrói um casamento, mas ele me queria. E o pior de tudo: eu queria ser desejada por ele.
“Então o que você quer de mim?” perguntei, meu tom mais suave do que eu queria. “Você quer que eu seja parte disso? Que me envolva com você sabendo de tudo isso?”
Daniel se aproximou, e seu olhar não era mais de provocação, mas de uma intensidade que eu não sabia como lidar. Ele colocou uma das mãos sobre minha mesa, perto da minha, como se quisesse me tocar, mas não o fez.
“Eu quero você, Isabel. Não importa o que mais aconteça. O que você quer, querida?”
Eu estava ali, à beira do precipício, e sabia que dar um passo em sua direção significaria cair sem possibilidade de retorno. Mas o desejo estava tão forte dentro de mim que a decisão não parecia mais ser minha.
“Eu…” comecei, mas não consegui terminar a frase. O que eu queria era ceder, mas isso significava me perder. E a última coisa que eu queria era me perder de mim mesma.
Daniel não esperou pela minha resposta. Ele se inclinou para frente, seus lábios tocando suavemente os meus, e eu me entreguei ao beijo sem hesitar. Era como se tudo o que eu tinha tentado controlar tivesse desmoronado em um único gesto. Ele me possuía com um beijo, com um toque, e eu não sabia mais como escapar.
Eu sabia que as consequências seriam pesadas, que eu estava ultrapassando um limite que nunca deveria ter ultrapassado. Mas naquele momento, só havia uma coisa na minha mente: ele.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
