O colapso

2 0 0
                                    

Capítulo 18 - O Colapso

Os dias seguintes foram um turbilhão de reações inesperadas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Os dias seguintes foram um turbilhão de reações inesperadas. Embora Daniel tivesse feito o que parecia ser o impensável — expor a nossa relação ao mundo, desafiando Clara e a todos que esperavam que ele se mantivesse fiel à sua imagem pública — a verdade é que as consequências começaram a se acumular de forma avassaladora. Eu não sabia o que esperar, mas o que eu vivi nas semanas seguintes foi algo que mudaria nossas vidas de maneira irreversível.

A notícia se espalhou rapidamente. Nos jornais, nas redes sociais, e até nos corredores da empresa, a história de Daniel e eu se tornou o tópico principal. Enquanto eu tentava me manter forte, a reação das pessoas em minha volta era o que me preocupava. Algumas falavam abertamente sobre nós, com olhos curiosos e sorrisos forçados, enquanto outras evitavam o contato. Nada estava mais no lugar. As conversas diminuíram, as risadas sumiram, e a tensão estava no ar, como uma sombra que nunca desaparecia.

Daniel, por outro lado, parecia mais determinado do que nunca. Ele estava lidando com os impactos da sua decisão, e eu sabia que ele estava preparado para qualquer coisa. Mas o que me assustava era o quanto ele estava se distanciando de tudo o que era antes. Ele estava afastando os amigos, ignorando os avisos e, por mais que quisesse que tudo fosse simples, as dificuldades pareciam se acumular cada vez mais.

Na manhã de um dia particularmente caótico, quando tudo parecia estar fora de controle, Daniel me chamou para conversar em seu escritório. Ele estava agitado, seus olhos carregados de uma frustração silenciosa que não se misturava com a imagem de confiança que ele sempre exibia.

“Isabel,” ele começou, passando as mãos pelos cabelos, “eu pensei que as coisas seriam difíceis, mas não assim. As pressões aumentaram. As pessoas estão falando, e o que me assusta é que estão começando a acreditar nas mentiras. Clara está fazendo de tudo para manipular a situação. Ela não vai parar. E tudo está desmoronando.”

Eu o ouvi, mas o medo começou a crescer dentro de mim. Eu sabia que o que ele estava dizendo não era só uma preocupação momentânea. Ele estava tentando me proteger, mas também estava se perdendo em um oceano de responsabilidades e escolhas.

“Então, o que vamos fazer agora?” perguntei, tentando manter a calma, embora a minha mente estivesse em frangalhos. “Não podemos voltar atrás, Daniel. E nem deveríamos, mas isso… isso está ficando cada vez mais complicado.”

Ele se levantou, a tensão visível em seus ombros, e caminhou até a janela de seu escritório. Olhava lá para fora como se a resposta estivesse em algum lugar no horizonte, como se alguma solução milagrosa surgisse do nada.

“Eu não sei,” ele disse finalmente, com a voz rouca. “Eu sabia que seria difícil, mas eu não pensei que fosse assim. Clara está atacando com tudo o que tem. Ela está usando a mídia contra nós, está tentando minar nossa reputação. Está fazendo com que todos se voltem contra mim.”

Eu senti a pressão dessa realidade tomando conta de mim também. Eu sabia o que ele estava enfrentando, e, de certa forma, eu me sentia responsável pela gravidade da situação. Não era só ele que estava sendo atacado. Eu também estava no centro do furacão.

“Eu não sou forte como você, Daniel,” confessei, minha voz quebrando. “Eu não sei como lidar com tudo isso. Eu estou te acompanhando, mas eu tenho medo. Medo de perder o que temos. Medo de que, ao final, tudo isso nos destrua.”

Ele se virou, e o olhar dele era carregado de uma compreensão profunda. Ele se aproximou e, sem dizer uma palavra, passou a mão pela minha face, como se tentasse me acalmar, tentando me lembrar de que não estávamos sozinhos nesse pesadelo.

“Eu sei,” ele disse suavemente. “Eu sei que você tem medo. Mas eu te prometo que não vamos deixar isso nos destruir. Não vamos perder o que construímos, Isabel. Eu estou disposto a lutar até o fim, por nós. Só por nós.”

Apesar de suas palavras, algo no fundo de minha alma me dizia que as coisas já estavam além do ponto de não retorno. O peso de todas as escolhas que fizemos já estava começando a desmoronar sobre nós, e eu não sabia se seríamos capazes de lidar com as consequências.

 O peso de todas as escolhas que fizemos já estava começando a desmoronar sobre nós, e eu não sabia se seríamos capazes de lidar com as consequências

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ao final daquele dia, quando voltei para minha casa, o ar estava pesado. A sensação de que tudo estava prestes a desmoronar me envolvia, e, por mais que tentasse me convencer de que estávamos fazendo a coisa certa, eu não conseguia tirar a sensação de que estávamos brincando com fogo.

Daniel estava começando a pagar o preço de sua decisão, e, de certa forma, eu também. Estávamos irremediavelmente ligados no meio desse caos. Clara, com suas mentiras e manipulações, havia iniciado o ataque, mas agora a batalha estava se tornando maior do que qualquer um de nós poderia imaginar.

E eu me perguntei, em silêncio, se conseguiríamos resistir ao colapso iminente ou se esse seria o fim do caminho para nós dois.

Doce Tentação Onde histórias criam vida. Descubra agora