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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𓂀┊SARAH ON ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐄𝐕𝐈𝐋 𝐑𝐈𝐒𝐄𝐒 - استمر في البقاء ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ── ── ── (ぁべ) ── ── ──
Muitos me julgariam se eu contasse a verdade, se eu admitisse que nunca me esqueci. A verdade é que fui enviada ao labirinto com um propósito específico: era uma infiltrada, mas não por escolha própria. Eu precisava escapar, escapar de um lar que deveria ser seguro, mas se tornara um lugar de medo e dor.
Antes, eu era apenas uma criança. Eu via meu pai como um protetor, um herói. Mas isso mudou. Ele era respeitado e admirado por muitos, mas no fundo, eu sabia a verdade sobre quem ele realmente era. Percebi que estava vivendo sob o controle de alguém que não era o pai que eu achava conhecer.
A única saída que encontrei foi pedir ajuda à Dra. Ava. Implorei a ela que me deixasse ser enviada ao labirinto, fingindo uma missão de observação, de estudo. Isso era uma desculpa. No fundo, eu só queria um refúgio, qualquer lugar onde pudesse sentir que estava fora de alcance e pudesse ter algum controle sobre o meu próprio destino.
No CRUEL, havia outras crianças como eu, jovens trazidos para serem parte do projeto, cada um com uma história própria, buscando se adaptar ao que lhes era imposto. Entre elas, estavam Thomas e Teresa, com quem cresci, formando um trio inseparável. E havia Gally, alguém que me chamou a atenção desde o início. Ele era forte, confiante, mesmo quando tudo ao redor era incerto.
Meu pai me pedia que me aproximasse dos outros, que os conhecesse e tentasse transmitir segurança. Dizia que minha presença era importante para manter a calma entre as crianças. Com o tempo, fiz o que me foi pedido, tentando criar laços e conhecendo cada um deles. E foi assim que conheci todos — Newt e sua irmã Sonya, Winston, Alby. Cada um deles carregava uma história, uma luta.
Tudo o que fiz foi para sobreviver, para tentar encontrar um sentido em meio a tantas perdas e traumas.
Os abusos do meu pai foram algo constante, uma realidade que eu aprendi a temer desde muito jovem. Mas, com o tempo, encontrei uma forma de me proteger, uma forma de escapar, mesmo que por um breve momento. Quando comecei a me aproximar de Thomas, algo em mim finalmente se abriu. Eu me permiti confiar nele, contar tudo o que havia vivido, o que havia sofrido nas mãos de um monstro que deveria ser meu protetor. E Thomas, com toda a sua bondade, me acolheu. Ele me protegeu, me deu a segurança que eu nunca soubera que existia.
A sensação de alívio foi indescritível. Finalmente, alguém sabia da minha dor, alguém estava ao meu lado, alguém que eu sabia que não me deixaria na mão. Mas, apesar de toda essa segurança, ainda havia medo. O medo de que meu passado pudesse voltar, o medo de que nada fosse realmente suficiente para apagar o que meu pai me fizera passar. E, mesmo com Thomas ao meu lado, eu sentia que o peso de tudo ainda estava comigo.
O pior de tudo foi saber que Ava, mesmo sabendo da verdade sobre o que acontecia entre meu pai e eu, não fez nada. Ela estava lá, ela sabia o que acontecia, mas não moveu um dedo para me ajudar. Eu estava sozinha naquele sofrimento, mesmo quando todos ao meu redor pareciam ignorar ou se fazer de cegos.