Como pode uma discussão acalorada virar uma briga de línguas tão rapidamente? Continuamos em duelo, mas agora com línguas e mãos voando para todo lado, nossos corpos brigando para ver quem comanda a luta, quem vai cair primeiro nesse ringue. Sufoco cada um dos meus gemidos, não querendo dar o gostinho dele se sentir vitorioso e creio que ele esteja fazendo o mesmo. Afinal, quem quer perder uma luta?
Ele me joga na porta com um baque surdo, o tempo todo me apertando tão forte, enchendo suas mãos com cada parte do meu corpo, principalmente meus seios, que parecem ser sua perdição.
– Gostou? – Digo com pouquíssimo fôlego recuperado, após a quebra do beijo. – Compro um pra você depois. – Solto uma risada quando ele para de acariciar meu peito, como se meu sutiã de renda queimasse suas mãos. Quando foi que ele abaixou as alças do meu vestido?
– Hélia... – Meu nome sai num rosnado, o que me excita mais ainda. Mais do que achei que fosse possível. – Não me provoca. – Diz entre os dentes, apertando minha coxa direita, através da generosa fenda do meu vestido, com tanta força que sei que já está marcada, enquanto segurava firme meu queixo.
– Não fiz nada... – Baixo minhas mãos, arranhando cada parte que toco, afinal, dois podem brincar. Se ele vai me marcar, nada mais justo que eu o faça também. – Ainda. – Aperto sua ereção sem muita delicadeza, mas sem machucar, fazendo-o arfar e soltar um gemido gutural no meu ouvido, enquanto se esfregava em minha mão, querendo que a fricção o aliviasse um pouco.
Não temos muito tempo, logo notarão nosso sumiço, mas a briga de gato e rato é boa demais para deixar passar. É isso que alimenta este fogo em nós. Só pode ser isso. Quem em sã consciência gosta de voltar para ex? De ter recaídas... Puta que pariu! Ele sabe o que fazer com a língua. Mas como ele desceu tão rápido? E minha... Mas que prazer em rasgar minhas calcinhas! Sinto minha visão ficar turva, mas o pouco que direciono meu olhar para ele, não posso deixar de ficar em êxtase a visão maravilhosa de vê-lo nos meio das minhas pernas, me fodendo tão bem com sua língua e seus dedos.
Agarro seus cabelos, levando-o mais a fundo de mim, enquanto sinto meu corpo se curvar. Estou perto, tão malditamente perto que minhas pernas já não me sustentam e eu seguro o gancho do castiçal que tem perto da porta, tentando manter com muita dificuldade meu parco equilíbrio. Aperto o gancho com força enquanto sou invadida com um orgasmo maravilhoso e com ele sugando cada gota, como se minha alma fosse junto.
Sem tempo para raciocinar, ele me vira bruscamente, meus seios nus encontrando a porta, enquanto ele me inclinava e entrava em mim de uma única vez. Deus! Eu não sabia que seria tão bom tê-lo me fodendo desse jeito, puxando meu cabelo, mordiscando meu pescoço... Se eu soubesse teria iniciado essa provocação muito antes... Teria desafiado antes, teria gritado mais alto naquele elevador, que eu jamais seria sua novamente, se ele voltasse a se comportar como um homem das cavernas comigo de novo. Me sinto fraca mais uma vez, outro orgasmo vindo forte e sei que ele também já não aguenta mais. E, por fim, como se o universo decidisse por nós, explodimos juntos.
E, Deus, foi glorioso!
Trocamos de posição e ele me fez sentar em seu colo, ainda estamos encostados na porta. Rimos desse pequeno detalhe. Conforme a risada morria, crescia as carícias, os beijos, cada gesto reverenciando meu corpo, nosso novo relacionamento. O jeito que suas mãos pareciam plumas na minha pele, mesmo com a aspereza de alguém que trabalhou a vida inteira. Cada parte calejada de sua mão conta uma estória e eu adoro me perder nelas. Reinventá-las. Conectá-las a momentos vivido em conjunto.
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Tempos Modernos - A Volta
FanfictionDepois de um longo tempo fora, o amor ainda estaria intacto? Ou algo havia mudado? Mudanças, crescimento, retorno a si e a espaços que antes pareciam impossíveis. A vida seguiu, mas um "e se?" ainda está nas entrelinhas, esperando o momento em que s...