Já passava das cinco da tarde quando os outros retornaram para a casa. Nuvens negras se formavam no céu, indicando que uma tempestade não demoraria a cair.

Eles encontraram Nely aflita. Sandra ainda não tinha retornado.

— Nós olhamos as trilhas lá em cima — explicou Nicolas —, mas não achamos sinal dela.

— Meu Deus! O que pode ter acontecido, Nicolas?

— Vamos dar uma batida na casa de novo. Quem sabe a gente a encontra.

— Acho que ela está nos pregando uma peça — opinou Darlene.

Nely a fitou incrédula.

— A Sandra não faria isso.

— E como você sabe?

— Eu sei!

— Eu não acho que ela esteja de brincadeira — disse Nicolas. — É mais provável que tenha se perdido em alguma trilha. Ela pode ter passado mal e desmaiado.

— Oh, meu Deus!

— Ei, não quero deixá-la ainda mais preocupada. Ela provavelmente está bem. Vamos procurar na casa de novo.

— Se ela está perdida no mato — disse William —, por que vamos procurar na casa?

— Procure logo e fique quieto.

Eles se dividiram pela casa e pelo terreno ao redor à procura de Sandra, mas não a encontraram em parte alguma.

Por volta das seis e meia da tarde, a chuva começou a cair forte, e a tarde se tornou um breu.

Nely deixou de estar preocupada e encontrava-se agora à beira do pânico. A certeza de que algo ruim havia acontecido à Sandra a consumia.

Nicolas foi ao seu quarto e retornou trazendo lanternas e capas de chuva.

— Nós vamos procurá-la perto do lago — disse ele, dirigindo-se aos homens.

— Eu vou com vocês — se ofereceu Nely.

— Nada disso. As mulheres vão ficar aqui e preparar o jantar. Nós vamos voltar logo.

Os homens vestiram as capas e sairam. As mulheres se entreolharam.

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