Domingo, 04 de julho

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Por volta das nove da manhã, Sandra entrou no quarto de Nely e a encontrou sentada na cama, segurando o revólver.

— Nely. Tudo bem?

Nely olhou para Sandra e sorriu. Sandra sentou-se ao lado dela e colocou a mão nas suas costas.

— Vai levar essa coisa?

Nely pegou o papel que tinha encontrado no envelope pardo e o entregou a Sandra. Ela leu e olhou para Nely, abismada.

— Mas o que é isso, Nely?!

— É ele, não é? É o Codder?

— Você acha que é?

— Quem mais poderia ser?

— Não devíamos...

— Ir à polícia? O que a polícia fez até agora?

— Nely, isso é sério. Se o Codder está...

Nely se levantou.

— Eu vou ficar bem. Eu tenho isso e sei atirar.

— Eu sei, mas... mas eu fico preocupada.

— Não precisa. — Nely suspirou. — Está tudo pronto?

— Está, só falta você.

— E o Márcio não veio?

Sandra sorriu.

— Infelizmente, eu acho que ele não vai.

Nely suspirou e sorriu. Sandra a abraçou, e Nely começou a chorar. As duas ficaram ali por alguns segundos. Nely se recompôs e enxugou as lágrimas.

— Vamos nessa merda de viagem, e seja o que Deus quiser.

Nely enfiou a arma na bolsa.

— Me ajuda com essa tralha?

— É claro.

Eu ainda sei onde você está Onde histórias criam vida. Descubra agora