Capítulo Dezoito - O Baile (parte dois) 🌒

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n/a: oioi, sumi pq to meio desanimada kkkk

por favor votem e comentem.

boa leitura.

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É só encenação.

A resposta ecoou na mente de Jimin, acompanhada da voz casual de Jungkook. Ele ainda dançava, os movimentos fluindo em perfeita sintonia com o corpo curvilíneo da mulher à sua frente. Apesar de ser visivelmente mais velha que o rei, ela exalava uma beleza que não passava despercebida, cada detalhe irradiando elegância.

Jimin observava de longe, incapaz de desviar o olhar, até que os seios da mulher roçaram contra o peito firme de Jungkook. O toque foi a gota d'água. Uma onda de ciúme, quente e descontrolada, atravessou Jimin, e ele sentiu o ímpeto quase irresistível de interromper a dança — ou de fazer algo muito pior.

Mas ao invés disso, ele se virou abruptamente e saiu do salão, os passos duros denunciando seu estado de espírito. Refugiou-se na biblioteca, onde a privacidade o permitiu retomar sua forma verdadeira. Com movimentos bruscos, vestiu suas roupas, cada nó apertado na blusa trazendo uma nova pontada de irritação. Ele bufava a cada tentativa frustrada, como se o tecido estivesse conspirando contra ele.

Quando finalmente estava pronto, Jimin voltou para o salão com a determinação de um furacão. Seu olhar vasculhou a multidão até encontrar o casal. Eles ainda dançavam, os rostos próximos demais para a sua própria sanidade. A visão fez algo se romper dentro dele.

Jimin cometeria um crime naquela noite.

Sem tempo para ponderar as consequências, ele agiu por impulso. Avistou uma jovem atraente à margem da pista de dança, os olhos dela brilhando de curiosidade e surpresa ao vê-lo se aproximar. Jimin ofereceu a mão, um sorriso charmoso curvando os lábios.

— Quer dançar? —  perguntou, a voz baixa e sedutora.

A moça corou instantaneamente, as bochechas tingidas de um tom rosado que Jimin mal registrou. Ela aceitou sem hesitar, deslizando a mão na dele, encantada pelo convite inesperado.

Enquanto a puxava para a pista, Jimin não podia negar: aquilo não era sobre ela. Era sobre ele. E, principalmente, sobre Jungkook.

Jimin se aproximou dos casais que dançavam no centro e, com um movimento confiante, rodopiou a moça bonita algumas vezes. Seus corpos se ajustaram em uma dança tão próxima quanto a do casal real. Talvez até mais.

O que está fazendo?

A voz de Jungkook soou em sua mente, carregada de raiva. O sentimento flutuava entre eles como espadas em um combate invisível.

Encenação, meu rei. Assim como você e essa... puta.

A resposta de Jimin veio rápida, envenenada de sarcasmo.

Jungkook riu baixo, mesmo com a irritação evidente. Ainda segurava a noiva com firmeza, mas seus olhos pareciam fulminar Jimin de longe.

Não sabia que você era misógino. Devolveu o rei, a provocação ressoando com um sorriso irônico.

Não sou. Mato todos com a mesma crueldade. Jimin rebateu, sussurrando a resposta direto na mente de Jungkook, cada palavra gélida e cortante.

A tensão entre eles pairava no ar, invisível para os outros, mas avassaladora para os dois. Jungkook continuou a dançar, os movimentos rígidos agora denunciando sua raiva. E Jimin, como se alimentando disso, apertou ainda mais o ritmo com sua parceira, o desafio silencioso em cada passo.

Uma música animada começou a tocar, arrancando gritos entusiasmados da multidão. O rei rodopiou Aitana, conduzindo-a em uma dança provocativa. A cada aperto na cintura maleável de sua noiva, seus olhos se desviavam, inevitavelmente, para Jimin, que também dançava.

Teruel - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora