•27•

9 0 0
                                    

Ana Luísa

Desci as escadas na maior naturalidade do mundo, e logo encontrei a Vic e o BH no final dela.

Vic: Tu ficou sumida, onde tu tava? Não vi você nem na contagem. – colocou as mãos na cintura com uma sobrancelha erguida.

Ana: É que eu dei esse momento pra vocês – sorri – mas eu tava pertinho, não te preocupa.

Porém, o meu karma não sabe ser natural e desceu topando em mim quase me fazendo cair.

Vic: E tu? Tava aonde MK? – ele me olhou, olhou pro BH e coçou a cabeça.

MK: Eu... Eu tava ali em cima. Passei mal. – colocou a mão na barriga. – Bagulho tava monstruoso.

Revirei os olhos colocando a mão na testa, não era possível.

BH começou a gargalhar, enquanto a Victoria olhava pra nos dois com cara de desconfiada.

Vic: E essa marca no teu pescoço é por conta que tu passou mal né? Preocupante, tu deveria ir no médico. – Sorriu pra ele, e me olhou pedindo pra eu explicar.

BH: Ai Ana Luísa, namoral, tu mente mal pra caralho cara.

Ana: Eu não sei do que você tá falando. – cruzei meus braços. – Eu nem sei onde essa peste tava, eu só estava no banheiro.

BH: Isso explica teu batom borrado e teu cabelo bagunçado loira. – Abraçou a Victoria por trás, e os dois sorriam olhando pra nós dois.

MK: Bagulho é que cada um tem sua vida pra ser cuidada. – saiu de perto da gente indo conversar com umas outras pessoas.

Eles me olharam, esperando o que eu falaria, mas fiquei olhando pra cima prendendo um sorriso.

Vic: Tu é muito cachorra mermo né, tu passou a virada transando Ana Luísa? – eu escondi meu rosto com as mãos, porque estava vermelha de vergonha. – Tem que ter vergonha mesmo, pilantra safada.

Ana: Para! As pessoas vão escutar. – olhei feio pra ela, que negava com a cabeça. – Se tu pudesse teria feito igual.

BH: Ah mas quase foi mesmo. – ela virou dando tapa no peito dele. – Ué, vou mentir pra quê gata?

Vic: Cala boca, sai daqui que vamos ter papo de meninas. – Ela cruzou meu braço no dela e me puxou pro sofá.

Ana: Fiz merda né? – Tentei achar decepção no seu rosto e mordi a boca.

Vic: Por que acha isso? – me olhou confusa.

Ana: Porque falei que não transaria com ele se ele não estivesse só comigo, e porque tô com o Falcão também.

Vic: Amiga, não tem nada de errado nisso. Você só tá vivendo sua vida.

Ana: Mas fiz com o Falcão a mesma coisa que o MK fez comigo, e eu sofri por conta das atitudes dele. Tenho medo de magoar o Tiago. – abaixei minha cabeça, enquanto a Vic passava a mão pelos meus braços, me tranquilizando.

Vic: Tudo vai se resolver, pode ter certeza. Mas quero saber, supriu suas expectativas?

Dei risada com as bochechas vermelhas, e concordei com a cabeça.

Ana: Foi muito bom, e até poderiam ter outras vezes, se eu não tivesse feito essa bagunça toda.

Vic: Bom, é só você parar pra analisar. Quem foi melhor? – pensei por um instante, mas não tinha como ser outro alguém. – Então pronto.

Ana: Relacionamentos não são só baseados em sexo tá, envolvem muitas outras coisas.

Vic: Tudo o que o MK já te apresentou. – bateu na minha testa. – Mas não se apressa pra decidir, você tem que seguir seu coração. Vem, vamos beber.

Pegamos um drink cada uma e fomos pra área externa. A maioria das pessoas já tinham ido embora, provavelmente em algum outro evento ou festa que normalmente tem após a meia noite. Já estava mais familiarizada com o pessoal que restou, então me senti bem a vontade.

Sinto um cutucão na minha cintura, e quando olho pra trás vejo uma menina branquinha de cabelos cacheados, toda meiga.

Xx: Oi, desculpa incomodar. Você sabe onde tá o Neguinho? – sentia ela com um pouco de vergonha, então decidi me apresentar e ser legal, pois sei o quanto as meninas daqui conseguem ser maldosas.

Ana: Oi, Ana Luísa, prazer – estiquei a mão pra ela, que agarrou me cumprimentando. – Essa é a Victoria – Vic abanou a mão pra ela com um sorriso. Passei os olhos pelo lugar não encontrando nem rastro do Neguinho. – Olha, eu não sei onde ele está. Mas se quiser pode esperar ele aqui com a gente.

Ela concordou ainda meio sem graça, então perguntei se ela queria beber e ela concordou.

Ana: MK! – Ele me olhou assustado e veio até mim. – Consegue trazer um copo pra... – dei brecha pra ela se apresentar.

Mel: Melissa! – deu uma risadinha.

Ana: Um copo pra Melissa? – Fiz carinha de cachorro pidão.

MK: Teu mal é que tu é muito mal acostumada Ana Luísa. Já volto.

Ri, contente, o que uma bela coça não faz pela gente né?

Loucura de Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora