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Ana Luísa
31 de dezembro de 2023

Finalmente o ano tinha terminado. Eu sentia uma gratidão por tudo, e pelo ano incrível que se passou, mas não via a hora de chegar as festas de final de ano.

Estava terminando de colocar o meu vestido quando a Vic entrou no meu quarto me procurando.

Vic: Esse vestido ficou tão lindo em você. – sorri – Como você tá?

Era meu primeiro ano novo sem a minha mãe. Ela tinha passado o natal aqui com a gente, mas logo teve que voltar pra São Paulo por conta da agenda do salão, e dessa vez disse que não tinha previsão de volta.

Ana: Tô bem, única coisa é que vou passar a virada sem ninguém – fiz um bico e ela apertou minhas bochechas.

Vic: Queria falar sobre isso com você mesmo. BH disse que um tempo atrás conversou com o MK e ele tava morrendo de ciúmes de você.

Ana: Ah sim, super acredito. – revirei os olhos – Pra falar a verdade, tô muito bem com o Tiago. Não vejo necessidade de ficar pensando mais nele.

Vic: É, mas pensa que hoje é ano novo, e que tem alguém te querendo. Não só ele né mor, mas você banca uma de difícil que ninguém chega em você.

Ana: Isso é medo ou respeito?

Vic: A questão é, se caso você sentir vontade de ficar com ele hoje, se permite. Falcão não tá aqui pra você se sentir travada.

Ana: Não sei, agora que eu superei?

Ela balançou os ombros. – Não custa tentar né? Se apressa que já tá na hora da gente ir.

Íamos passar a virada na casa do Kaue. Iria ser um churrasco na área externa da casa dele, que era super bonita. A Vic tava tão animada que seria o primeiro ano novo dela e do BH juntos, que ficou responsável pela decoração.

Eu até gostaria de ter ajudado, se não tivesse ficado preocupada o suficiente com a segunda fase da OAB. Eu não via a hora de sair o resultado pra esse sofrimento finalmente acabar.

Dei uma última olhada no espelho, desamassando o meu vestido prateado. Nos pés usava um salto da mesma cor, e de contraste usei alguns acessórios dourados. Passei perfume e desci, onde meu casal preferido estava a minha espera.

BH: Arrasou cunha, gostou do meu vestido? – Deu uma voltinha me fazendo rir, e a Victoria a revirar os olhos.

Vic: Vamos logo, para de enrolar. – Em menos de 5 minutos nós já estávamos na porta da casa dele, parei um pouco atrás deles e dei um suspiro longo. Não sei por qual motivo eu estava nervosa, talvez seja o fato de que desde a última vez que nos beijamos eu não tinha nem se quer falado com ele. Não sabia nem se ele me queria aqui.

Entrei na casa e já via alguns rostos conhecidos, cumprimentei algumas pessoas e fiquei atrás da Vic e do BH como se eu fosse filha deles.

Vic: Quem é esse tanto de gente desconhecida? Nunca vi aqui no morro – virou pra mim, e eu somente dei de ombros, porque se ela não sabia amor, quem dirá eu.

Parei pra pegar uma bebida, e nesse momento acabei me esbarrando com a Tainá, que me olhou com desdém e saiu rebolando.

Vic: Piranha vagabunda, eu tenho uma vontade de catar essa menina.

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