Show de horrores - dark romance

capítulo 55

   A tensão estava no ar, eu podia sentir... Confesso se estivesse no lugar de mafiosa eu também me sentiria tensa e olha que nem se quer entramos nesse "baile".

-Por favor Mia, não seja imprudente hoje, ok?- Eros falou sério, ele estava com a postura rígida, maxilar travado e testa franzida. Ah se eu pudesse relaxar ele, se bem que ele fica sexy desse jeito.

-Eu nunca sou imprudente - falei com um ar descontraído, quem sou eu para deixá-lo mais nervoso ainda né?se bem que seria divertido fazer isso.

Ele suspirou rendido e assentiu como se estivesse concordando com ele mesmo, colocou sua mão em minhas costas quase chegando ao começo da minha bunda e começou a me guiar até a porta do grande salão.
Havia um arco de rosas vermelhas que enfeitavam o caminho até a entrada, no chão haviam pequenos brilhos dourados, tão brilhantes quanto ouro, a luzes amarelas sob o arco de flores o que fazia tudo ficar encantadoramente lindo.
Ao entrar no salão de baile posso ver o ambiente com luzes brancas, paredes de cores brancas e creme, com riscos dourados, pilastras de pedra parecendo as que tinham o Egito em eras antigas. Dava o contraste de classe.

Logo na entrada avistei os cabelos ruivos de Alan, ele olhou para nós e veio ao nosso encontro.

- Eita que o cachorro está de coleira- falou animado para Eros, que tinha a sombra de um sorriso para seu amigo.

- E aí Ares - Ares... Deus da guerra? Era a primeira vez que ouvia o "codinome" de Alan. Mas a citação do Deus da guerra me fez ficar curiosa. Virando para mim ele diz.

- Olá tampinha, como está? Você realmente colocou o cachorro na coleira não é?- seu entusiasmo era contagiante.

- coloquei, estou ótima e você? Está bem?- perguntei a ele que sinalizou que sim.

- Bom ao que parece, o Hades quer fechar um acordo com você e eu não deixaria a tampinha a solta por aqui, fiz uma pequena varredura enquanto não chegavam e com o tanto de bebida alcoólica, pra ser mais específico, o tanto de whisky que tem aqui vai fazê-la quer tirar proveito do meu lindo corpinho novamente- ele falou tirando sarro e lembrando da minha vingança anterior. Revirei os olhos e vi Eros dar um sorrisinho de canto.

- Acho perigoso ela tentar se desfrutar de mim, por que convenhamos, entre eu e você, ela sempre vai me preferir.- ele falou e o sorriso que antes era angelical se transformou em um sorriso de canto infernal, por que puta que pariu que sorriso gostoso.

- Obrigada por ser educado em me chamar de tapa buraco, filho da puta- ele falou ainda sendo brincalhão.

- Se a carapuça serve, use-a -

- Vou enfiar a carapuça dentro do olho do seu c...- foi interrompido quando um homem que aparentava ter 45 anos, com traços asiáticos, 1,79, gordinho chegou, vestindo um smoking preto básico.

- Não era para ela estar de coleira Khaus?- o homem falou em tom de advertência. Quero só ver onde vai dar, eu iria me irritar muito se tivesse que interromper para me defender.

- Não, se ela não quiser, ela não fará- ele falou mudando seu tom sínico pela conversa com o Alan para um tom sério e firme.

- Essas não são as regras e você sabe muito bem disso-

- E quem se importa? Minha mulher faz o que quiser e não será você a mudar isso-

- Eu quem fiz esse baile, eu quero ser obedecido pelo menos aqui.-

- Não devo obediência a ninguém, esse baile só está funcionando ainda por que eu quero, se eu não quisesse nada disso estaria aqui, nem mesmo você, você só está respirando ainda porque eu quero, não seja inconveniente.- Eros falava em tom ríspido, vejo o velho que segurava uma lufada de ar durante a fala de Eros arregalar os olhos e soltar a lufada pesadamente.

- Eu só...- foi interrompido dessa vez por Alan.

- acho melhor você ir viajante- Alan que até agora só olhava falou.

O homem não disse nada apenas se foi, depois desse acaso, Alan apontou para um homem e falou que era o tal de Hades, eu levei Eros pela coleira até ele e comecei a prestar atenção ao baile, sem me importar com quais assuntos os dois tratavam.

  Isso está muito estranho...