(❁'◡'❁) OII! Estou tão feliz em compartilha esse capítulo, ele tem um lugar especial no meu coração. Vou contar um segredo, chegue mais perto... Foi por conta de uma cena aqui que me fez continuar essa historia. Acho que entenderão.
A marca é um alvo.
— Concentre-se, Aster. — Walter diz, — seus sentidos são sua melhor arma.
Obedecendo-lhe, Aster respira fundo e visa ficar atento. Keyne é ligeiro e forte, ele ataca com precisão, mesmo que sua melhor habilidade não seja com a luta, o Príncipe ainda é obviamente melhor que Aster. Ele desvia desequilibrado do golpe. Seu braço indo ao encontro do de Keyne. Aster inclina o corpo para o lado acertando a lateral da barriga e ele se afasta. A respiração do Príncipe não está pesada, mas Aster sente seus batimentos acelerados, ouve o seu pé direito arrastando para trás e ele se inclina assim que Keyne chuta.
O príncipe não perde tempo em continuar atacando e Aster desvia-se o melhor que pode, porém, seus sentidos o atrapalham, ele aprendeu a ligá-los, mas não controlar ou fazer que parem. As abatidas dos corações, os sons de lutas ao redor e os odores de suor atrapalham seu foco. Ele pisca e Keyne acerta-lhe um soco bem no meio do rosto e então gira derrubando-o com o chute. Aster cai com um baque, ele tosse puxando o ar.
— Quem sabe na próxima Welin — Keyne zomba.
O príncipe paira sobre seu corpo com uma expressão presunçosa. Aster esfrega o nariz e a dor lhe faz gemer. Ele limpa o sangue em sua camisa e Keyne encolhe os ombros verificando o machucado que causou. E então, Aster aproveita sua distração e o derruba com uma rasteira e o príncipe cai ao seu lado a tempo de Aster girar posicionando-se em cima dele com o braço em sua garganta.
— Já marcando as datas alteza? Por acaso vai anotar na sua caderneta hoje como o dia em que quebrei sua cara?
— Engraçado por que o único com a fuça quebrada aqui é você.
Keyne tenta impulsionar seu corpo para que Aster cai, mas ele o segura firme dando-lhe uma cotovelada no rosto e a cabeça de Keyne pende para trás. Ele respira fundo, irritado. Uma das coisas que o príncipe mais odeia é perder. Keyne centraliza seu amakos na mão e acerta o estômago de Aster levantando-o com impulso. Aster sopra o ar irado, ele revida serpenteando uma corda e enrolando-a no pescoço do príncipe que luta no chão para se soltar. O rosto de Keyne fica vermelho com o esforço.
— Parem! — Walter ordena.
As palavras do general são jogadas ao vendo, pois entorpecidos eles continuam. O príncipe arfando chuta com o joelho o estômago de Aster repetidamente.
— PAREM! — Walter grita furioso — O que pensam que estão fazendo?
O grito do general faz eles estremecerem e se soltam em um estalar. Keyne tosse alisando sua garganta e Aster levanta a cabeça limpando o sangue que insiste em escorrer do seu nariz.
— O que lhes pedi para fazerem? — O general pergunta entredentes.
A raiva e desapontamento dele é evidente e os dois garotos desviam o olhar.
— Combate, corpo a corpo. — eles respondem.
— E o que significa?
— Nada de armas e nada de amakos. — Keyne lhe responde.
— Não sei qual as merdas que vocês têm entre si, mas se eu lhes dou um comando, eu quero que vocês obedeçam. — O general repreende. E eles arrumam suas posturas pondo-se em pé. — Vocês gostam de sangrar ou pensam serem bons o suficiente para não seguirem o treinamento? Querem lutas mais reais? Ótimo! É isso que terão. — ele conclui.
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Aster Furis: O receptáculo do dragão
FantasyO espirito do dragão nunca erra, é o que dizem, de geração a geração. Mas o que acontece quando um reino desestabilizado pelos maus tempos vê pela primeira vez a tradição quebrar? Quando invés do espírito escolher como receptáculo a herdeira, ele va...