Acordo com um peso em minha cintura, olho para o lado e vejo que o mesmo estava com o braço apoiado em minha cintura, sorrio com a cena.
Noah - Nick. - o chamo, mas o mesmo nem se move. - Nick. - o chamo novamente, mas nada. - NICHOLAS. - grito perto do seu ouvido. -
Nick - O quê? O que foi? - ele se levanta num pulo, me fazendo rir. - O que é?
Noah - Te chamei duas vezes, mas você não acordou, então tive que gritar.
Nick - Idiota. - ele se deita pra voltar a dormir, mas seu celular começa a tocar. - Alô. - ele diz atendendo o celular. - Sim. Houve algum problema?... Tá certo, vou resolver isso... Mais tarde eu ligo pra dar informações. - ele desliga o celular. -
Noah - O que houve?
Nick - Meu pai me pediu pra resolver um assunto da empresa, e deve ser muito urgente pra ele me pedir enquanto estou aqui com você. Vou ter que ir em alguns lugares. Até te chamaria pra ir junto, mas vai ser extremamente chato, não acho que gostaria.
Noah - Tudo bem, mais tarde fazemos algo.
Nick - Tudo bem então?
Noah - Claro, seu pai pediu sua ajuda, você tem que ajudar.
Nick - Tá bom, vou me arrumar. Te adoro. - ele me dá um beijo na bochecha e sai pra se arrumar. -*
Já passava das duas horas da tarde, e eu estava completamente entediada de estar ali sozinha e entediada. Então decido me arrumar pra sair e fazer alguma coisa.
Tomo um banho, coloco uma calça jeans preta e um suéter azul, pego minha bolsa e logo saio do hotel.
Passo primeiro em um restaurante, já que não havia almoçado. Quando vou pegar minha carteira pra pagar, vejo que meu celular não estava na bolsa, e como já estava longe do hotel, não iria voltar só pra pegar u celular. Pago minha conta e saio do restaurante. Saio dali, pego um táxi, e após quarenta e cinco minutos chego no shopping.
Ao entrar no shopping, dou de cara com uma loja de brinquedos, e na vitrine vários carrinhos de brinquedo, decido entrar.*
Já passava das oito da noite, e tinha que ir embora. Não havia comprado muita coisa, mas fiquei andando pelo shopping, que era enorme, que nem vi a hora passar.
Saio do shopping e chamo um táxi, e após alguns minutos começa a chover.
- Moça, iremos pegar um pouco de fila por conta da chuva.
Noah - Tudo bem, sem problemas.
Me encosto no vidro do carro, e fico olhando a chuva, enquanto os minutos se passam.Nick
Chego no hotel morto de cansado, já era oito horas da noite, e a única coisa que eu queria era tomar um banho, e me aconchegar na Noah.
Entro no elevador e subo para nosso quarto.
Nick - Não vejo a hora de me deitar. - digo para mim mesmo enquanto me encosto na parede do elevador e fecho os olhos. -
Ao ouvir o elevador se abrir em meu andar, abro os olhos e vou em direção ao quarto. Entro e fecho a porta logo em seguida.
Nick - Noah? - a chamo, mas não tenho resposta. - Noah? - a chamo novamente, enquanto a procuro pela suíte. - Meu Deus, onde essa menina se meteu.
Coloco minha mão no bolso e tiro o celular de lá, para ligar pra Noah. Procuro o seu contato e a ligo. Escuto algo vibrar no quarto, e começo a procurar o que era, até encontrar o celular da Noah em cima da cômoda.
Nick - Ah não, ela não saiu do hotel sem o celular né?
Começo a me desesperar. Ela não sairia do hotel sem celular, e já são quase nove horas da noite.
Ligo para a polícia.
Nick - Atende logo. - digo para o celular. - Alô? Por favor, preciso que encontrem uma pessoa, ela sumiu do hotel que estamos hospedados, eu estou desesperado. - digo tudo apressado, sem pausa para respirar, e sem deixar a pessoa do outro lado da linha falar. -
- Primeiramente, preciso que se acalme. Qual seu nome?
Nick - Nicholas, Nicholas Leister.
- Tudo bem Nicholas, e quem sumiu?
Nick - É um pouco complicado, mas resumidamente, é a filha da mulher do meu pai.
- Sua irmã então?
Nick - Não, não é minha irmã.
- Tudo bem. Precisamos do nome dela, e preciso também que fale como ela é.
Nick - Noah, o nome dela é Noah. Seu cabelo é num tom de loiro escuro, e seus olhos azuis.
- Ok, consegue me contar o que aconteceu?
Nick - Eu saí do hotel e fui em alguns lugares para resolver uns assuntos da empresa do meu pai, e cheguei agora a pouco no hotel, e quando entrei na suíte ela não estava aqui.
- Tentou ligar pra ela?
Nick - Tá brincando? Foi a primeira coisa que fiz quando vi que ela não estava no hotel.
- Tudo bem, consegue nos deixar seu número para contato?
Nick - Claro. - digo meu número. -
- Ok, qualquer pista ligaremos.
Nick - Tá certo, obrigado.
Não vou esperar pelos policiais, vou ter que encontrar ela de outro jeito. Ligo para alguns contatos de confiança que são bons em rastrear pessoas, mesmo ela estando sem o celular.
Noah, Noah. Espero que esteja bem.Noah
Estávamos quase chegando no hotel, mais uns três minutos, se não fosse por esse trânsito, mas o carro não saía do lugar por conta da chuva. Não aguento mais esperar e decido que vou andando mesmo.
Noah - Moço, eu vou andando a partir daqui.
- Tem certeza moça? Está chovendo muito, você vai pegar muita chuva.
Noah - Não tem problema, acho que seu eu for a pé chego mais rápido. - pago a corrida, agradeço e saio do carro. -
Após 30 segundos me arrependo imensamente por ter saído daquele carro, pois depois de 10 segundos estava completamente encharcada. Após uns cinco minutos, chego na entrada do hotel.
- Senhorita Noah?
Noah - Sim, eu mesma. - digo para uma atendente do hotel que havia chegado perto de mim, com um expressão desesperada, mas logo de aliviada ao me ver.
- Graças a Deus. O moço que está com você na suíte estava desesperado atrás de você, vou ligar agora mesmo para... - a corto, sem prestar atenção no que ela havia dito, pois estava procurando minha carteira, que não estava na bolsa. -
Noah - Onde está minha carteira? - sussurro para mim mesma. -
- Perdão, senhorita?
Noah - Já volto, acho que perdi minha carteira lá fora. - digo para a moça, e saio do hotel, indo procurar minha carteira.
Noah - Onde foi que eu perdi, hein? - digo para mim mesma após ter andado uns 30 segundos e não ter achado nada, até ver algo brilhando no chão, e ao chegar mais perto, vejo o zíper da minha carteira. - Ah, está aqui. -
- NOAH. - alguém grita meu nome de longe, e quando viro para trás vejo Nick em pé, a alguns metros de distância de mim, no meio da rua, e em baixo de chuva, com os olhos vermelhos e inchados. -
Ele dá um sorriso aliviado ao me ver, e começa a correr em minha direção.
Noah - O que faz aqui debaixo de chuva, e com os olhos... - ele me interrompe se jogando em meus braços, me envolvendo em um abraço, soluçando de chorar. - Nick, o que aconteceu? Por quê está chorando tanto assim? - digo ainda o abraçando. -
Ele desfaz o abraço, mas não me solta. Me olha por alguns segundos, e dá um sorriso sem mostrar os dentes, um sorriso de alívio.
Nick - Por favor, nunca mais faz isso.
Noah - Isso o quê?
Nick - Sumir sem me falar nada, e sem celular também.
Noah - Me desculpa, é que... - ele me interrompe novamente. -
Nick - Tudo bem, agora está tudo bem. - ele me abraça novamente. -
Ele me solta, e se afasta um pouco de mim, e fica apenas me olhando, me deixando confusa.
Noah - Melhor irmos né, está chovendo muito, e estamos... - novamente me interrompe. -
Nick - Não estraga esse momento, por favor, só isso que te peço.
Noah - Tá, agora eu tô mais confusa ainda. De que momento você está... - me interrompo, não terminando a frase. -
Eu sentia os cabelos grudando em meu rosto, a roupa ensopada moldando-se ao meu corpo, mas nada disso importava. Tudo o que importava estava ali, parado à minha frente.
Cada vez que ele ia se aproximando, meu coração errava uma batida. E quando finalmente parou em minha frente, eu soltei o ar que nem sabia que estava segurando.
Sua mão foi para meu pescoço, e do meu rosto ele tirou uma mecha que estava em meu olhos, por conta da chuva.
Quando ele se aproximou, meu olhos instintivamente se fecharam, apenas sentindo sua aproximação e seu toque.
No momento em que seus lábios frios pela chuva, tocaram os meus lábios que estranhamente estavam quente, foi como se eu tivesse levado um choque, mas um choque bom, um choque muito bom.
Nick aprofundou o beijo, fazendo uma perfeita sincronia se formar entre nós dois. Quando nossos lábios se separaram, estávamos ofegantes. Ele me deu alguns selinhos, e sorriu durante eles.
Nos beijamos novamente, e dessa vez ele me segurou pela cintura, como se não quisesse me perder, como se eu tivesse que estar ali com ele, para sempre
E ali, naquele momento, debaixo da chuva, percebi que estava completamente apaixonada por Nicholas Leister.
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Culpa Mía
Science FictionNoah tem uma vida boa aparentemente, até que recebe a notícia que sua mãe vai se casar, e elas vão ter que ir morar com o marido de sua mãe, e o filho dele "perfeito", tendo que ir morar longe de seu namorado e sua melhor amiga. O que Noah não sabia...