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A kunoichi podia ouvir Naruto gritando ao fundo, mas suas palavras não conseguiam fazer sentido na mente da garota.
Seus pensamentos viajando de volta para o passado, de quando Sakura atendeu o telefonema que quase destruiu sua vida.
A adolescente estava arrumando mais uma prateleira, suas costas doíam pelo trabalho que tinha feito no dia anterior, mas ela não se arrependia, na verdade a jovem tinha um sorriso brilhante no rosto.
Ela estava feliz que finalmente seus esforços deram resultados, assim que recebesse hoje, ela teria o suficiente para pagar a cirurgia de sua mãe.
Mas então seu telefone tocou – ela não deveria usar no trabalho, mas seu gerente não precisava saber disso – o número da enfermeira Lucy (uma querida) no visor.
— Alô? — a voz de uma senhora mais velha podia ser ouvida do outro lado da linha.
— Bom dia, Lucy, o que foi? Mamãe não quer comer de novo? — A morena apoiou o celular no ouvido e ombro e continuou seu trabalho. — Fala pra ela que eu vou passar ai hoje, ela sempre come quando eu vou.
— Lindsey... sua mãe, ela... ela teve um complicação. — a voz de Lucy não passava de um sussurro.
A menina podia jurar que sentiu seu coração parar, o sangue em seu corpo gelando a cada palavra ouvida.
— Talvez você devesse vir pra o hospital, eu não acho que ela vai aguentar muito tempo.
Lindsey não se lembra bem, como chegou no hospital, ela largou tudo o que estava fazendo, segurou o celular fortemente na mão e correu.
Lindsey correu mais do que nunca, ignorando o quanto seus pulmões gritavam por socorro e a forma como vocês garganta queimava por água.
Ela passou direto pela recepcionista, que seguiu atrás tentando para-la, sua mente girando e seus movimentos quase automáticos.
— Senhora, você não pode ir por aí. — a recepcionista avisou apenas para ser ignorada.
— Tudo bem. — Lucy apareceu, dispensou a outra mulher e começou a guiar a jovem frágil para um quarto.
O coração de Sakura parecia bater mais rápido a cada passo que ela dava, os médicos e enfermeiros correndo para a sala que ela sabia que estava sua mãe, tudo ao seu redor passando em camera lenta.
— Afasta! — o médico gritou e deu uma descarga elétrica no peito da mulher deitada na maca.
— Sem pulso!
— Mais um! Afasta! — outro choque.
Mas nenhum sinal de que a mulher voltaria, Lindsey não sabe auanto tempo ficou ali, parada na porta e assistindo todos aqueles médicos tentar (inutilmente) salvar a pessoa mais importante da sua vida.
