Capítulo 2: Novos Começos e Velhas Inimizades

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Lucyane, narrando...

Acordei com uma dor de cabeça horrível. Não me lembrava de nada da noite anterior, mas percebi que a Victória estava ao meu lado, dormindo. Resolvi acordá-la.

— Victória, acorda! — chamei.

— Ah, mãe, deixa eu dormir mais um pouquinho... — murmurou ela.

— VICTÓRIA, ACORDA! EU NÃO SOU SUA MÃE, NÃO!

Victoria pulou da cama, assustada com o meu grito.

— Qual é, Lucy? Precisava gritar? Eu não sou surda, não! Aliás, o que eu tô fazendo aqui? — perguntou, ainda meio atordoada.

— Também não me lembro de nada — respondi.

— Eu também não lembro de nada. Só lembro que fomos beber e, depois, deu um branco na minha cabeça.

— Olha, eu vou tomar um banho rápido. Depois você entra e, então, vamos perguntar pro Eduardo o que aconteceu. Ele deve saber, ok?

— Ok — concordou Victória.

Entrei no banheiro, fiz minha higiene e tomei um banho rápido. Em seguida, Victóriaentrou. Quando ela terminou, descemos as escadas e encontramos Eduardo almoçando.

— As belas adormecidas acordaram! — disse ele com um sorriso malicioso.

— Que horas são? — perguntei.

— São 13h30 — respondeu.

— O QUÊ?! — exclamamos em uníssono.

— É impossível que a gente tenha dormido tanto! — disse Victória, chocada.

— Acreditem, vocês dormiram tudo isso. Aliás, apagaram depois da bebedeira de ontem — explicou Eduardo.

— Como assim, bebedeira? — perguntei, confusa.

— Falando nisso, por que a gente não lembra de nada? — indagou Victoria.

— Bem, vocês beberam muito e ficaram descontroladas. Por isso não se lembram de nada — respondeu ele, rindo.

— E você deixou? — questionei, indignada.

— Olha, eu estava ocupado com uma loira muito gata, mas tive que parar porque... "certas pessoas" estavam dançando feito loucas e quase ficaram nuas na frente de todo mundo — contou ele, sarcasticamente.

— Como assim? Explica direito — insisti, ainda mais preocupada.

— Como eu disse, estava com a loira. Então o Leo e o Gus apareceram para falar comigo, e, de repente, ouvi uma gritaria vinda da pista de dança. Quando olhei, vi vocês duas tirando a roupa. Mas o Leo impediu você, Lucy, e o Gus impediu a Victória. Vocês estavam tão descontroladas que eles tiveram que ir junto para garantir que não pulassem do carro. Acabei ficando sem a gata e tive que voltar pra cá. Agora você me deve uma loira — completou Eduardo, rindo.

Enquanto ele contava a história, senti meu corpo congelar. Como assim o Leo me ajudou? Foi por culpa dele e do Gus que nós nos embebedamos. Senti o sangue fervendo de raiva; queria encontrar esse tal de Leo e dar um soco na cara dele. Odeio esse garoto. Victoria parecia tão furiosa quanto eu, em choque.

— Merda! Vou pensar duas vezes antes de ir pra uma festa dessas — disse ela, furiosa.

— Qual é, que culpa o Leo tem? — Eduardo tentou defender.

Nós duas lançamos um olhar fulminante para ele.

— Olha, deixa isso pra lá. Dá licença que eu e a Victoria vamos comer — finalizei, encerrando o assunto.

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