𝗢𝗦 𝗤𝗨𝗔𝗧𝗥𝗢 𝗕𝗘𝗜𝗝𝗢𝗦

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𝗛𝗔𝗡'𝗦
𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐

Era tarde da noite quando Minho começou a chorar novamente

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Era tarde da noite quando Minho começou a chorar novamente. Não era mais aquele choro silencioso que ele costumava esconder, mas um choro profundo, dolorido, que parecia vir de um lugar tão sombrio que eu não sabia o que fazer. Eu o vi, sentado na beira da cama, as mãos cobrindo o rosto, como se ele tentasse se esconder de si mesmo.

Eu me aproximei, sem saber o que falar, e me agachei na frente dele. Não era a primeira vez que o via assim, mas algo estava diferente. Ele estava mais vulnerável, mais perdido.

- Meu bem... - minha voz saiu mais suave do que eu esperava, mas a dor que eu sentia ao vê-lo assim era esmagadora.

Ele ergueu o rosto, as lágrimas escorrendo livremente, e olhou para mim com uma intensidade que eu nunca tinha visto antes. Foi como se ele estivesse me vendo pela primeira vez, como se tudo o que ele queria tivesse se condensado naquele olhar.

- Han... - A voz dele estava rouca, frágil, e eu podia sentir o peso de tudo o que ele carregava. - Eu... não sei mais o que fazer. Eu estou perdido. Eu não sei lidar com isso tudo, e a única coisa que eu consigo pensar é que eu não quero te perder de novo. Não quero que você me deixe sozinho.

Eu respirei fundo, tentando segurar a onda de emoções que ameaçava me afogar também. Ele estava se entregando de uma maneira tão crua, tão exposta, que me cortava por dentro. Era difícil ver meu namorado assim, mas ao mesmo tempo, era quase como se ele estivesse finalmente se permitindo ser fraco, ser humano.

- Eu não vou te deixar, Minho. Eu 'tô aqui, com você - eu disse isso com toda a sinceridade que eu podia reunir, sem nenhuma dúvida, porque ele realmente precisava ouvir.

Ele deu um sorriso fraco, ainda com lágrimas nos olhos, e suas mãos começaram a tremer. Era como se ele estivesse tentando encontrar coragem para dizer algo, algo que ele havia guardado por tanto tempo.

E, de repente, sem nenhum aviso, ele olhou para mim com um olhar fixo e disse, num sussurro quase imperceptível:

- Han... você quer casar comigo?

O mundo ao redor pareceu parar naquele momento.

Eu congelei. O que ele havia acabado de dizer?

Lee Minho, meu Lee Minho, estava pedindo para eu casar com ele? Eu não sabia como reagir. Não conseguia processar as palavras dele, nem o olhar tão sério e vulnerável que ele me dirigia.

Eu me agachei mais perto dele, tentando entender se ele estava realmente falando sério. Ele, por sua vez, não se afastou, mas suas mãos estavam agora agarradas às minhas, como se elas fossem a única coisa que o mantinha em pé.

- Minho... - Minha voz saiu hesitante, mais confusa do que eu gostaria. - Você... 'tá falando sério? Agora, depois de tudo o que aconteceu?

Ele assentiu, os olhos ainda marejados de lágrimas, mas dessa vez havia uma determinação neles, uma sinceridade que eu não podia ignorar.

- Sim. Eu não sei o que o futuro espera de nós, mas eu sei o que eu quero. Eu quero você. E, se você aceitar, eu quero fazer isso direito. Eu não sei como, nem por onde começar, mas... você quer ser meu? Para sempre?

Eu fiquei em silêncio por um momento, completamente tomado pela surpresa e pela intensidade do que ele estava dizendo. Minho, com toda a dor que estava carregando, estava tentando se reconstruir, e ele me escolheu para isso.

Ele me escolheu.

Eu respirei fundo, tentando encontrar as palavras certas, mas o que mais poderia dizer além de:

- Sim, meu bem. Eu quero ser seu. Para sempre.

Naquele momento, parecia que o peso de tudo o que passamos, todas as dores e os medos, estavam sendo deixados para trás. Eu o via agora não só como o homem que estava quebrado, mas como aquele que estava disposto a lutar para recomeçar.

Ele sorriu, um sorriso suave e sincero, antes de me puxar para perto, colando nossas testas, como se ali, naquele instante, nós dois pudéssemos esquecer o resto do mundo.

- Eu te amo, Han. Eu amo você mais que qualquer outra coisa desse mundo.

Minho estava tão perto que eu podia sentir a intensidade de suas palavras ainda no ar. Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele se inclinou, pegando meu rosto entre as mãos, e me beijou.

O beijo foi suave, mas com uma urgência inesperada, como se ele tivesse esperado por muito tempo por esse momento. Quando nos afastamos, ele sorria de canto, os olhos ainda carregados de desejo.

- Isso... foi para selar o nosso compromisso, né? - ele murmurou, os lábios quase tocando os meus novamente.

Eu ri, sem conseguir esconder o quanto estava caindo ainda mais por ele.

- Se você acha que vai conseguir escapar de mim depois desse pedido, 'tá muito enganado.

Ele arqueou uma sobrancelha, aquele sorriso travesso que sempre me fazia perder a linha aparecendo nos seus lábios.

- Quem disse que eu quero escapar de você?

E, sem mais aviso, ele me beijou de novo, dessa vez mais profundo, os dedos passeando por minha nuca. Eu poderia passar horas naquele beijo, mas logo ele se afastou, ainda com o mesmo sorriso provocador.

- Você tem ideia do quanto está me deixando fraco? - ele disse com um sorriso satisfeito, quase debochado.

Antes que eu pudesse responder, ele me puxou para mais um beijo. Dessa vez, mais rápido, mais ardente, como se fosse um aviso de que ele não estava brincando. Quando nos afastamos, ele passou a língua nos lábios, como se estivesse provando o sabor da vitória.

- Você gosta disso, né? - eu disse, sentindo uma risada escapar de mim.

- Gosto o suficiente para querer mais, pequeno - Minho respondeu com a voz rouca, me beijando novamente, mas agora com mais intensidade, mais pressa. Eu podia sentir a pulsação no meu peito aumentar.

A cada beijo, eu me perdia um pouco mais nele. Não era só sobre o pedido, não era só sobre o casamento, era sobre a conexão, a paixão que sempre esteve lá, mas que agora parecia queimada em nossas almas.

Quando finalmente paramos, os dois ofegantes, ele me olhou com uma expressão entre satisfeita e atrevida.

- Então... o que você acha de tornarmos isso oficial de uma vez? - ele perguntou, a provocação no olhar.

Eu ri, sentindo um calor subir pelo corpo.

- Acho que você vai ter que me convencer mais um pouco, Minho. - E, antes que ele pudesse responder, eu o beijei mais uma vez, com a certeza de que, por mais que as palavras fossem importantes, os nossos beijos eram a melhor forma de prometer tudo o que ainda viria.

𝗆𝖾𝗋𝖽𝖺! 𝖿𝗂𝗓 𝖺𝗆𝗈𝗋 𝖼𝗈𝗆 𝗈 𝖢𝖤𝖮 ◞ 𝗺𝗶𝗻𝘀𝘂𝗻𝗴Onde histórias criam vida. Descubra agora