Culpa Inocente - Bangpink

23 - Culpa e início da verdade

Vou deixar aqui o que estava escrito na folha que os meninos encontraram (cap 6 e 11) pois ao decorrer desse capítulo vai ser citado e isso vai ajudar vocês a lembrarem sem ter que voltar lá atrás.

"O que ele vai fazer comigo não é nada bom, mas não posso deixar que esse diário caia nas mãos dele de maneira nenhuma. Se ele descobrir que sei o nome, ele provavelmente vai matá-lo também. Tenho que mantê-lo acreditando que sei apenas poucas coisas e que eu não faço a menor ideia de que ele existe. Não posso mais escrever aqui, ele desconfia que tenho esse diário. Não sei mais em quem confiar. Se isso chegar aos ouvidos da pessoa errada, minha vida estará em perigo. Mas não posso mais suportar esse fardo sozinha."

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JIN

A sala luxuosa do apartamento de Rosé parecia pequena e sufocada com a presença de todos nós e sabe-se o que estava prestes a começar ali.

Olhei ao redor, tentando avaliar a situação. O ar estava carregado, uma mistura de desconfiança e nervosismo pairava entre os onze de nós. Rosé estava encostada no braço do sofá, os olhos fixos em seu celular, como se buscasse uma fuga momentânea da realidade. Namjoon, sentado próximo à lareira apagada, batia os dedos levemente na capa do diário de Miyeon — um sinal claro de seu incômodo e inquietação.

Eu sentia o mesmo. 

Ao meu lado, Lalisa, a líder de torcida, parecia desconfortável em meio a uma sala cheia de rostos que raramente ocupavam o mesmo espaço. Ela tamborilava as unhas impecavelmente pintadas na mesa de centro, o olhar oscilando entre Yoongi, que estava recostado na parede com os braços cruzados, e Taehyung, que parecia alheio a tudo, distraído com um chaveiro pendurado em sua mochila.

Do outro lado da sala, Hoseok, Jungkook e Jimin estavam sentados lado a lado, em silêncio, mas suas expressões entregavam que eles estavam tão perdidos quanto eu.

Namjoon havia me contado o básico — ou pelo menos o que ele achava ser o básico — sobre o que era esse encontro, mas ainda assim, nada disso fazia sentido para mim. Como minha história poderia se entrelaçar com a daquelas pessoas? Pessoas com quem, em sua maioria, eu nunca troquei mais do que palavras superficiais em corredores ou eventos.

No entanto, lá estávamos. Os onze de nós.

Um movimento discreto chamou minha atenção. Jennie, que até então estava próxima à janela, com os braços cruzados, finalmente se afastou do vidro, aproximando-se da irmã, Jisoo, que parecia encarar fixamente o caderno nas mãos de Namjoon.

— Vamos falar sobre o que tem que ser falado ou vamos continuar nesse silêncio? — Jennie faz a pergunta que todos tínhamos em mente, mas ninguém tinha coragem o suficiente para falar.

— Bom, acho que para começo de conversa, temos que contar ao Namjoon e Jin tudo que foi dito aqui nesse apartamento no outro dia. — Rosé opina e os demais que estavam presentes no dia concordam. Eram todos, menos Namjoon e eu.

Yoongi sai de onde estava, sentando-se na mesinha de centro de Rosé, que ou não dá a mínima para o ato ou finge muito bem.

— Bom, vocês têm muito para saber. — É a sua única declaração antes de despejar fatos e ocorridos. Desde ameaças que ele e Jisoo começaram a receber juntos, até a uma perseguição no estacionamento após um jogo de hóquei. Ele conta sobre e-mails do irmão com Miyeon e outro remetente misterioso.

Somos arrebatados por inúmeras informações ao mesmo tempo, ao ponto de eu não conseguir esboçar nenhuma reação. As outras pessoas apenas escutam o que imagino que eles já soubessem.