Imagines Jogadores

Erling Haaland

Erling Haaland caminhava pelo parque tranquilo de Manchester, mãos enfiadas nos bolsos, enquanto os primeiros flocos de neve começavam a cair. Ao seu lado, SN estava em silêncio, com o olhar perdido no chão. Ele sabia que havia algo pesado em sua mente, algo que a machucava, mesmo que ela insistisse em guardar para si mesma.

— SN... — Ele quebrou o silêncio, a voz baixa e hesitante. — Você sabe que pode me contar o que está sentindo, não sabe?

Ela ergueu os olhos, mas sua expressão permaneceu fechada.

— Não é tão simples, Erling. — respondeu, com um suspiro. — Há coisas que nem o tempo consegue consertar.

Ele parou de andar, pegando-a delicadamente pela mão, fazendo-a parar também. Seus olhos azuis a encaravam com uma intensidade que a desarmava.

— Talvez o tempo não conserte, mas isso não significa que você precisa lidar com tudo sozinha.

SN sentiu a sinceridade nas palavras dele, mas mesmo assim hesitou. As cicatrizes do passado eram profundas, marcas de um relacionamento que a quebrara de formas que ela ainda estava tentando entender.

— Eu só não quero que você ache que isso é sobre você, Erling. Não é. Você não fez nada de errado.

— E se eu te disser que não importa quem causou isso? Que eu estou aqui porque me importo? — Ele soltou um suspiro, sua mão apertando a dela com firmeza. — SN, eu quero ajudar a consertar essas feridas, mesmo que não tenha sido eu quem as fez.

Ela ficou em silêncio, olhando para ele como se estivesse tentando acreditar no que acabara de ouvir.

— Mas por quê? Por que você faria isso? — perguntou, sua voz embargada pela dúvida e pela emoção.

— Porque eu te amo. — respondeu ele, sem rodeios. — E amar alguém significa estar lá, mesmo quando as coisas não são perfeitas. Especialmente quando não são perfeitas.

SN sentiu as lágrimas brotarem, mas ela não tentou escondê-las. Pela primeira vez em muito tempo, ela não sentiu vergonha de estar vulnerável.

— Eu só tenho medo de te sobrecarregar, Erling. Você já tem tantas responsabilidades, tantas coisas grandes na sua vida...

Ele sorriu, aquele sorriso genuíno que parecia iluminar tudo ao redor.

— Nada na minha vida é maior do que você. O futebol, as vitórias, os troféus... Nada disso tem sentido se eu não puder compartilhar com quem eu amo.

SN respirou fundo, tentando processar tudo. Havia honestidade no olhar dele, uma promessa silenciosa de que ele estaria ali, mesmo nos dias ruins.

— Eu não sei se vou conseguir me curar tão rápido...

— Não precisa ser rápido. — Erling a interrompeu suavemente. — Eu vou estar aqui, no seu ritmo.

Ela sorriu, um sorriso tímido, mas sincero. Pela primeira vez, sentiu que poderia permitir que alguém a ajudasse a carregar o peso que a esmagava há tanto tempo.

— Obrigada, Erling.

Ele a puxou para um abraço, envolvendo-a com a segurança de seus braços.

— Sempre, SN. Sempre.