coração que mente

Capítulo-89

Christopher Luis estava sentado na varanda da casa da família Bustamante, com os olhos fixos no horizonte. Ele segurava um copo de água, mas parecia distante, perdido em seus pensamentos. O silêncio ao seu redor só era interrompido pelo som suave do vento balançando as árvores. Era uma tarde calma, mas dentro de sua mente, uma tempestade se formava.

Diego aparece na porta, cruzando os braços enquanto observa o irmão mais novo. Ele conhecia aquele olhar, carregado de dúvidas e preocupação.

Diego: (se aproximando) Christopher Luis, o que está acontecendo? Você está assim há dias.

Christopher Luis suspira, sem desviar o olhar do horizonte.

Christopher Luis: (baixo) Só estou tentando entender o que devo fazer, Diego.

Diego: (sentando ao lado dele) Entender o quê? Somos irmãos, você pode falar comigo.

Christopher Luis finalmente olha para Diego, como se procurasse as palavras certas.

Christopher Luis: (hesitante) É sobre a faculdade. O pai quer que eu faça Direito, mas... Eu não sei se é isso que eu quero.

Diego: (arqueia uma sobrancelha) E o que você quer?

Christopher Luis: (passando a mão pelo cabelo) Eu não sei. Acho que é isso que me deixa tão confuso. Eu não quero decepcionar o pai, mas também não quero passar anos fazendo algo que não me faz feliz.

Diego respira fundo, lembrando-se de suas próprias batalhas com o pai.

Diego: (calmamente) Escuta, eu sei como é difícil lidar com as expectativas do pai. Mas, no final, quem vai viver essa vida é você, não ele.

Christopher Luis: (pensativo) Você acha que ele vai entender se eu decidir fazer outra coisa?

Diego: (sorrindo de leve) Sinceramente? Não. Ele vai surtar, como sempre. Mas, eventualmente, ele vai perceber que você tem o direito de escolher o seu próprio caminho.

Christopher Luis olha para o irmão, absorvendo suas palavras. Ele sabia que Diego tinha enfrentado muitas batalhas com o pai e, de certa forma, isso lhe dava esperança.

Christopher Luis: (sorrindo de leve) Obrigado, Diego. Eu precisava ouvir isso.

Diego: (dando um tapinha no ombro dele) Estamos juntos, irmão. E se precisar de ajuda para enfrentar o pai, você sabe onde me encontrar.

Christopher Luis sorri de verdade pela primeira vez em dias. Ele ainda não tinha todas as respostas, mas sabia que não estava sozinho. E isso já era um bom começo.