Capítulo-118

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Aquela tarde parecia silenciosa, com um vento suave soprando pelas janelas da casa. Dulce estava sozinha em seu quarto, olhando pela janela, perdida em pensamentos. O tempo havia passado, mas a dor ainda estava viva dentro de seu coração. Ela sabia que, embora o mundo continuasse, algumas feridas não se fechavam facilmente.

Dulce (pensando, com a voz baixa): "El tiempo ha borrado todo en mi corazón... Cada recuerdo que dejó el desamor."

Lá fora, o sol estava começando a se pôr, tingindo o céu de tons dourados e laranjas. Dulce não podia deixar de se lembrar de todas as promessas que foram feitas, das palavras ditas e depois esquecidas. O amor que um dia a fazia sorrir agora era apenas uma lembrança distante, e com ela, um vazio inexplicável.

Dulce (com os olhos marejados): "Por que os amores passam e a dor permanece?"

Ela se levantou e caminhou até a mesinha onde estava uma foto antiga de Christopher Luis e ela. O sorriso deles naquela foto parecia de outro tempo, de uma outra Dulce.

Dulce (com a voz embargada): "Eu nunca imaginei que chegaria a esse ponto... Que o amor se tornaria algo que não poderia mais tocar."

Ela sentou na beira da cama, sentindo o peso de tudo o que havia vivido. Os erros, os arrependimentos, e as promessas não cumpridas. A saudade de um tempo em que as coisas pareciam mais simples, mais puras.

Dulce (sussurrando): "O amor era tão lindo, tão forte... Mas também tão frágil. Não consegui segurar o que mais amava, e agora... O que restou?"

Ela fechou os olhos por um momento, tentando buscar dentro de si alguma resposta, algum consolo. Mas as palavras, as memórias, e os sentimentos de dor estavam tão presentes que parecia impossível superar tudo aquilo.

Dulce (com um suspiro profundo): "Quem sou eu agora? Depois de tanto tempo, ainda carrego as marcas do que vivi... O tempo pode até ter apagado as memórias, mas o que sinto aqui dentro ainda está vivo. Talvez o amor não seja algo que se apague facilmente."

Com uma sensação de vazio, mas também de esperança, ela se levantou e foi até a janela. Olhou para o horizonte, como se procurasse algo que pudesse dar sentido àquela dor. Ela sabia que o caminho não seria fácil, mas algo dentro dela dizia que o tempo poderia curar até as feridas mais profundas.

Dulce (falando consigo mesma): "Talvez, algum dia, eu consiga deixar o passado para trás. Mas por enquanto, só me resta aceitar que o desamor também faz parte da minha história. E quem sabe, o tempo me ensine a seguir em frente."

Ela fechou os olhos e respirou fundo, deixando o vento acariciar seu rosto. Sabia que a dor ainda estava presente, mas também sabia que o futuro guardava algo que ela ainda não podia ver — algo que, com o tempo, poderia trazer de volta a luz que agora parecia apagada em seu coração.

Dulce (com um sorriso tímido, olhando para o céu): "A vida continua... E talvez o amanhã me mostre algo novo. O tempo tem suas razões."

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