Capítulo 97

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O céu estava limpo naquela noite, mas no coração de Anahí uma tempestade se formava. Sentada no banco do parque onde tantas vezes estivera com Christopher, ela segurava o celular, olhando para a tela vazia. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Apenas o silêncio, que agora parecia gritar verdades que ela não queria aceitar.

Anahí: (pensativa) Conhecer você foi a melhor coisa que me aconteceu... mas também a mais dolorosa.

Ela fechou os olhos, lembrando-se de cada momento com ele. As risadas, os olhares, os abraços que faziam seu coração disparar. Mas, por trás de tudo isso, havia uma dúvida que nunca desaparecia: será que ele sentia o mesmo?

No fundo, Anahí já sabia a resposta. Ela sabia que para Christopher, ela era apenas uma amiga. Alguém especial, sim, mas não no mesmo sentido que ele era para ela.

Anahí: (sussurrando para si mesma) Você me faz pensar que me ama... mas eu já comprovei que não é bem assim.

Ela lembrou-se das vezes em que ele a olhava com carinho, mas logo desviava o olhar. Das palavras gentis que ele dizia, mas que nunca passavam de amizade. Ele não a via como ela o via. Para ele, ela era apenas uma amiga. Mas para ela, ele era tudo.

Uma lágrima escorreu por seu rosto, mas ela rapidamente a enxugou. Não queria chorar por algo que, no fundo, sabia que não podia mudar.

Anahí: (determinada) Eu te amo, Christopher. Te amo como nunca amei ninguém. Mas isso não é suficiente, não é? Porque você não me vê como sua namorada. Só como uma amiga.

Ela se levantou, respirando fundo. Era difícil aceitar, mas sabia que precisava seguir em frente. Amar alguém que não a amava da mesma forma era como correr atrás de um horizonte que nunca poderia alcançar.

Enquanto caminhava de volta para casa, Anahí olhou para o céu estrelado. Talvez, em algum lugar, estivesse o amor que ela merecia. E talvez, apenas talvez, um dia Christopher percebesse o que perdeu.

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