Capítulo 103

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Dulce Maria olhava pela janela, observando a chuva que caía suavemente sobre a cidade. A tempestade dentro de seu coração parecia ainda mais forte do que as gotas de água que batiam contra o vidro. O vazio que ela sentia era inconfundível, e as palavras que ecoavam em sua mente eram como um grito mudo: "Se um dia você voltar, só vai achar as ruínas de um amor que abandonou ainda com vida."

Dulce Maria (pensando): "O que restou de tudo que vivi contigo? Será que algum dia você se lembra das promessas que fizemos? Do amor que juramos ser eterno? Agora, tudo o que me resta são as lembranças, e até elas estão se desfazendo como a poeira no vento."

Ela sentia o peso da ausência, mas também a força de um amor que, embora abandonado, ainda insistia em existir dentro dela. O amor que sentia por Christopher Luis nunca deixou de estar vivo, mas ele não estava mais ali para acolhê-lo. Ele se foi, e o que ficou foi o eco de um passado que a perseguia, sempre lembrando-a do que poderia ter sido.

Dulce Maria (pensando): "Eu ainda te amo, mas você se foi. E agora, o que sobra é uma saudade que só aumenta com o tempo. Se um dia você voltar, vai encontrar um coração destruído, um coração que ainda vive, mas que foi abandonado. Talvez, seja tarde demais para nós."

Mas, mesmo assim, ela se negava a desistir daquilo que sentia. O amor que ela guardava dentro de si era como uma chama frágil, ainda brilhando na escuridão, mas à mercê de ser apagada. Dulce Maria sabia que, se Christopher Luis algum dia voltasse, ele não encontraria o mesmo amor que havia deixado. Encontraria as ruínas de algo que já não podia ser reconstruído.

Ela respirou fundo, sentindo o peso das palavras em seu peito, e, com uma lágrima escorrendo pelo rosto, sussurrou para si mesma:

Dulce Maria (sussurrando): "Se um dia você voltar, só vai achar as ruínas de um amor que ainda vive dentro de mim, mas que já não pode mais ser o que era."

coração que menteOnde histórias criam vida. Descubra agora