Capítulo 95

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As nuvens escuras cobriam o céu, deixando o ambiente sombrio e melancólico. O som da chuva batendo contra as janelas ecoava pela casa, enquanto Anahí observava as gotas escorrerem pelo vidro. Havia algo de reconfortante e, ao mesmo tempo, desolador naquele som. Era como se a natureza estivesse compartilhando de sua própria inquietação.

Anahí: (pensativa) Dizem que depois da tormenta sempre chega a calma... mas, em épocas de chuva como essa, parece que tudo o que podemos fazer é esperar.

Ela suspirou, abraçando uma xícara de chá quente. Suas mãos estavam frias, apesar do calor da bebida. A tempestade lá fora parecia uma extensão de sua mente: confusa, cheia de trovões e raios de dúvidas que cortavam qualquer clareza.

No fundo, Anahí sabia que as tempestades, tanto as do céu quanto as do coração, tinham um propósito. Elas limpavam, transformavam e davam espaço para o novo. Mas, naquele momento, era difícil acreditar que a calma chegaria.

Christopher: (entrando na sala) Pensando demais de novo, não é?

Ela se virou, surpreendida. Ele sempre parecia saber quando ela precisava de companhia, mesmo que não pedisse. Christopher se aproximou e sentou ao seu lado no sofá, observando a chuva junto com ela.

Christopher: (com um leve sorriso) Sabe, eu gosto da chuva. Ela me lembra que, por mais longa que a tempestade pareça, ela sempre passa.

Anahí: (sussurrando) Mas e se não passar? E se a tempestade for tudo o que nos resta?

Christopher ficou em silêncio por um momento, pensando em como responder. Ele sabia que Anahí carregava muito mais em seu coração do que deixava transparecer.

Christopher: (olhando nos olhos dela) Mesmo nas épocas mais chuvosas, o sol sempre encontra uma forma de voltar. Pode demorar, mas ele volta.

As palavras dele ressoaram em seu coração. Ela queria acreditar, queria se agarrar à ideia de que a calma viria, mesmo que parecesse distante agora.

Anahí: (com um pequeno sorriso) Talvez você esteja certo. Talvez a gente só precise esperar... juntos.

Os dois continuaram ali, em silêncio, enquanto a chuva persistia. Mesmo com o som dos trovões lá fora, havia uma sensação de paz crescente entre eles. Às vezes, tudo o que era necessário para enfrentar a tempestade era uma presença ao lado.

E assim, enquanto a tempestade rugia lá fora, dentro daquela sala, o coração de Anahí começava a encontrar um pouco da calma que tanto desejava.

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