Filha dos jogadores ✨

Abel- Descobrindo que é avô do filho do Raphael Veiga

Jogador: Abel

Tema: Onde seu pai descobre que o seu filho de 1 ano é filho do Veiga

Idade: 19 anos

Pedido: silvabrx
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O sol brilhava forte sobre o quintal de Abel Ferreira, mas a tensão que pairava no ar parecia obscurecer o ambiente. Sn estava sentada na varanda, observando Matteo brincar com seus bloquinhos de madeira. Seu coração estava acelerado, e suas mãos tremiam levemente. Era o dia em que ela finalmente contaria a verdade ao pai.

— Sn, vem aqui. — A voz firme de Abel soou da sala, fazendo-a estremecer.

Ela sabia que ele desconfiava de algo. Desde que Matteo nascera, Abel percebia a hesitação da filha quando o assunto era o pai da criança. Agora, ele estava decidido a arrancar a verdade.

Sn se levantou devagar, pegou Matteo no colo e foi até a sala. Abel estava de pé, com os braços cruzados, o olhar sério.

— Sn, eu preciso saber. Quem é o pai do Matteo?

A pergunta direta atingiu Sn como um soco. Ela olhou para o filho, que brincava despreocupado em seus braços, e depois para o pai. Não havia mais como adiar.

— Pai… o Matteo é filho do Veiga.

O silêncio tomou conta do ambiente. Abel piscou algumas vezes, como se tentasse processar o que acabara de ouvir. Então, a explosão veio.

— O quê?! — Ele exclamou, a voz carregada de incredulidade e raiva. — Você está me dizendo que o Veiga, um dos jogadores do time que eu comando, é o pai do meu neto?

Sn engoliu em seco, sentindo as lágrimas se acumularem nos olhos.

— Pai, eu queria te contar antes, mas…

— Mas o quê, Sn? — Abel interrompeu, levantando a voz. — Você escondeu isso de mim por mais de um ano! Você tem ideia da gravidade disso?

— Eu tinha medo! — Sn retrucou, com a voz trêmula. — Medo de como você reagiria, medo de como o Veiga reagiria. Eu não queria complicar a vida de ninguém, só queria proteger o Matteo!

Abel passou as mãos pelos cabelos, claramente tentando controlar a raiva. Ele começou a andar de um lado para o outro, como fazia sempre que estava irritado.

— Você sabe o que isso significa, Sn? Como eu vou olhar para o Veiga agora? Como eu vou continuar sendo o técnico dele sabendo que ele é o pai do meu neto e que nem sequer sabia disso?

— Pai, eu sei que errei, mas… eu precisava de tempo para entender tudo isso.

Abel parou de andar e olhou diretamente para ela, os olhos brilhando de decepção.

— Você devia ter confiado em mim, Sn. Eu sou seu pai! Meu papel é te ajudar, mesmo nas situações mais difíceis.

As palavras dele cortaram como uma faca, e Sn não conseguiu segurar as lágrimas.

— Me desculpa, pai. Eu juro que não queria te magoar.

Abel respirou fundo, tentando se acalmar. Ele olhou para Matteo, que agora brincava no tapete, alheio à conversa.

— O Veiga sabe? — Abel perguntou, a voz mais controlada.

— Não. Ele não sabe.

Abel fechou os olhos por um momento, balançando a cabeça.

— Ele precisa saber, Sn. É o direito dele, e é o certo a fazer.

Sn assentiu, enxugando as lágrimas.

— Eu vou contar para ele, pai. Eu só preciso que você esteja comigo.

Abel ficou em silêncio por alguns segundos antes de finalmente colocar a mão no ombro da filha.

— Eu estou bravo, Sn. Muito bravo. Mas, acima de tudo, eu sou seu pai. Vou te apoiar, mesmo que não concorde com as suas decisões.

Sn o abraçou com força, sentindo o alívio de ser perdoada, mesmo que parcialmente.

— Obrigada, pai.

•••

Dois dias depois, Sn finalmente reuniu coragem para contar a verdade a Raphael Veiga. Eles se encontraram no centro de treinamento, num horário em que poucas pessoas estavam por perto. Abel a acompanhou, mas ficou à distância, observando com o olhar atento.

— Sn? O que houve? — Veiga perguntou, confuso, mas sorridente.

Sn respirou fundo, tentando manter a calma.

— Veiga, eu preciso te contar algo muito importante. Algo que vai mudar a sua vida.

O sorriso dele desapareceu, e ele ficou sério, claramente preocupado.

— O que foi?

Sn olhou para Matteo, que estava sentado no carrinho ao lado dela, brincando com um bichinho de pelúcia.

— Matteo… ele é seu filho, Veiga.

O silêncio foi absoluto. Veiga arregalou os olhos, olhando para Sn e depois para Matteo.

— O quê? — Ele finalmente conseguiu dizer, a voz baixa e cheia de incredulidade. — Ele… ele é meu filho?

— Sim. Eu descobri que estava grávida pouco depois de… — ela hesitou, sentindo a vergonha queimando seu rosto — …de tudo que aconteceu entre a gente.

Veiga passou as mãos pelos cabelos, claramente abalado.

— E você nunca me contou? Por quê, Sn? Por que você achou que tinha o direito de decidir isso por mim?

— Eu tive medo! — Sn exclamou, as lágrimas escorrendo. — Medo de como você reagiria, medo de como isso poderia afetar sua carreira. Eu só queria proteger o Matteo, Veiga.

— Proteger? — Veiga retrucou, sua voz subindo. — Você acha que esconder o meu filho de mim por um ano é proteger alguém?

— Eu sei que errei. Eu sei que devia ter contado antes, mas… eu não sabia como.

Veiga respirou fundo, tentando se acalmar. Ele olhou para Matteo novamente, que agora olhava para ele com curiosidade.

— Ele é mesmo meu filho? — perguntou, a voz mais baixa.

— Sim. Ele é seu filho.

Veiga deu um passo para trás, passando as mãos pelo rosto. Ele parecia perdido, lutando contra a raiva e a surpresa.

— Eu não sei o que dizer, Sn. Não sei como processar isso.

Sn olhou para ele, a voz quase um sussurro.

— Eu só quero que você saiba a verdade. E que o Matteo tenha o pai que ele merece.

Veiga ficou em silêncio por um longo momento, antes de finalmente falar.

— Eu preciso de um tempo para pensar. Mas uma coisa eu sei: eu quero conhecer meu filho.

As palavras dele trouxeram um alívio imediato para Sn.

— Obrigada, Veiga. Obrigada por tentar entender.

Ele assentiu, ainda confuso, mas determinado.

— A gente vai resolver isso, Sn. Pelo Matteo.

E, naquele momento, Sn soube que, apesar dos erros do passado, eles estavam no caminho certo para construir algo novo.

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1030 palavras